
A música é datada do ano de 1951 e tem história verdadeira por trás. A canção conta a história de um homem traído que fica sabendo que sua mulher está na pior,chorando e bebendo em um botequim. A reação do ex-amante é inesperada: gostou tanto da notícia que tem que fazer esforço para ninguém notar.
A vingança foi do próprio Lupicínio Rodrigues, que viveu um tempo com uma pequena chamada Mercedes (conhecida por Carioca). A moça tentou trair Lupicínio com um empregado seu, mas se deu mal. A fidelidade do empregado fez com que ele denunciasse Carioca, que acabou sendo abandonada.
Tempos depois ficou sabendo do rumo da moça, triste e bebendo no bar. Lupicínio, então continuou sua vingança e escreveu o ácido samba. O primeiro a cantá-lo foi Jorge Goulart, na noite carioca. Acontece que Jorge não podia gravar o samba porque era artista da Continental, enquanto Lupicínio era da RCA. A música foi parar nas mãos de Herivelto Martins, que gravou junto com o Trio de Ouro.
Mas fez sucesso mesmo com Linda Batista (foto), que a gravou duas vezes. A primeira com o conjunto do violonista Fafá Lemos, que estourou nas paradas de sucesso. E a segunda, com uma orquestra de cordas, que ficou pouco conhecida e só saiu em elepê. A música, porém, será ouvida na voz de Jamelão, aquele que Lupicínio considerava seu melhor intérprete.
Em 1963, no jornal Última Hora, o compositor afirmou a veracidade dos versos: “Nunca se está livre de ter, num momento de rancor, algum desejo de vingança”.Mais no Vermute
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2 comentários:
Se vocês não tivessem escrito no texto que a mulher da foto é a Linda Baptista eu pensaria que é a "tal" da Mercedes que tentou engambelar o grande Lupicínio. Bela música! sem dúvida! Mas eu não gosto dos ataques por demais agressivos dos metais da Orquestra Tabajara.
Abraços ao pessoal do Vermute
Olha, eu acho que a Orquestra às vezes exagera nas notas altas, mas tem bons arranjos.
Quanto a foto, pensei que pudesse causar esse efeito mesmo.
Abraços,
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