quarta-feira, 27 de julho de 2011

Anhanguera dá Samba com Ary do Cavaco


Carioca de São João de Meriti, Ary ingressou na Ala dos Compositores da Portela em 62 e, em 71, compôs o histórico samba enredo Lapa em Três Tempos, gravado no ano seguinte por ninguém menos que Paulinho da Viola. Ary foi cantado por vários grandes nomes, entre eles Elizeth Cardoso, Bezerra da Silva, Jair Rodrigues, Zeca Pagodinho, Almir Guineto e Originais do Samba.

Embora seja um sambista completo, Ary do Cavaco destila maestria impactante no partido alto! Nas décadas de 70 e 80 encabeçou vários discos especificamente de partido, que fizeram grande sucesso. Algumas de suas músicas que caíram na boca do povo são Na Beira do Mangue, Mordomia, Batido na Palma da Mão, Malandro Rife e Reunião de Bacana

Reunião de Bacana

quarta-feira, 20 de julho de 2011

terça-feira, 19 de julho de 2011

Ginga do Mané - Lançamento

Podem até achar que só se faz choro no Rio ou em São Paulo. Podem pensar que os outros estados não mantém a mesma relação com a música brasileira que, querendo ou não, ganhou corpo no Sudeste. Podem até pensar. Mas nosso emissário do samba em Floripa, Artur de Bem, manda notícias. E elas dão conta do lançamento do primeiro Cd de um dos principais grupos de choro de Florianópolis, o Ginga do Mané.

Um álbum de choros autorais, chorados em Santa Catarina. O nome do grupo faz uma alusão dúbia a uma das mais famosas composições de Jacob do Bandolim, A Ginga do Mané, e ao apelido dos nascidos na ilha de Florianópolis, os manezinhos.



Ernesto chorando na Polca


Ginga do Mané - Lançamento do primeiro CD
Dia 21 de julho, quinta-feira, às 21h
Teatro Álvaro de Carvalho

Dia 22, sexta, às 21h
Mercado Público de Itajaí.

Entrada: R$ 10
Os ingressos podem ser adquiridos no Empório Mineiro (Lagoa da Conceição), no TAC, com Raphael Galcer (48.9904-2281) ou Cristovam Thiago (48.9948-6832).

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Disco da semana: Conjunto Baluartes - Nira Gongo


Olha só os cobras que integram o Conjunto Baluartes, que lançou o disco Nira Gongo em 1976: Eliseu, Luna, Mestre Marçal, Dotô, Marçalzinho e Toninho. Esse disco é realmente uma aula do que é uma boa cozinha de samba.


Músicas:
1 - Por favor (J. Ananias - José Bispo ''Jamelão'')
2 - Sai encosto (Marimbondo - J. Canseira)
3 - Nira Gongo (Os Baluartes)
4 - Quando eu me lembro (Hélio Nascimento)
5 - Andarilho (Padeirinho)
6 - Não é não é (Walter Rosa - Redvaldo)
7 - Ausência de paz (Pequeno Tony - Gugu)
8 - Tiradentes (Mano Décio da Viola - Penteado - Estanislau Silva)
9 - Samba do trabalhador (Darci da Mangueira)
Chegou mais um (Darci da Mangueira)
10 - Conflito (Pedro Santos)
11 - A nova Mangueira (Padeirinho)

Baixe esse disco no Prato e Faca.

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Noel Rosa na animação

Fiquem com a abertura do Prêmio da Música Brasileira 2011. A animação foi feita por Valu Animation Studios para o homenageado da noite, o primeiro da lista na minha opinião, Noel Rosa.


O samba, Malandro Medroso, é de 1930 e foi gravado pelo próprio Noel no lado B de um disco de 78 rotações.

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Cd´s do Pitanga em Pé de Amora

Olha aí pessoal, depois de muito tempo vem aí mais uma promoção do Vermute. Eis que temos três CD´S do "Pitanga em Pé de Amora".

Um será para os seguidores do twitter, um para quem curte a página do Vermute no Facebook e, finalmente, um para os leitores do blog.
Vejam as regras:

- Para o Twitter (entre os dias 13 e 15) :
Basta dar um RT no tweet referente à promoção.

"O vai sortear 3 Cd´s do . Para concorrer ao primeiro, basta dar RT! "

- Para o Facebook (entre os dias 18 e 20):
Basta curtir a página e o post referente à promoção.


- Para o blog (até o dia 22):
Basta comentar com seu nome e e-mail neste tópico.

É isso aí simples assim.

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Disco da Semana: Áurea Martins - De Ponta Cabeça


Descuido! Essa é palavra certa para justificar a ausência de um grande nome da nossa música neste blog. Mas em tempo, nos redimimos, e damos o merecido destaque a cantora Áurea Martins.

E também não era para menos. Em "De Ponta Cabeça", Áurea é a voz de ninguém menos que Hermínio Bello de Carvalho. Dele e de seus variados parceiros. Aos 70 anos, este é apenas o quarto disco desta cantora firme, de voz característica e afinada. Áurea mostra que além de tudo é versátil, vai do samba ao bolero sem titubear em uma só nota.

Isso que é viver (Pixinguinha / Hermínio Bello de Carvalho)


Músicas:
1. Me diz, ó Deus (Moacyr Luz / Hermínio Bello de Carvalho)
2. Judiarias (Vital Lima / Hermínio Bello de Carvalho)
3. Sete Dias ( Moacyr Luz / Hermínio Bello de Carvalho)
4. Acho que é você ( Paulo Valdez / Hermínio Bello de Carvalho)
5. Bola no bola (Vidal Assis / Hermínio Bello de Carvalho)
6. Isso que é viver (Pixinguinha / Hermínio Bello de Carvalho)
7. Era o fim (Fernando Temporão / Hermínio Bello de Carvalho)
8. Quando o amor acaba (Moacyr Luz / Hermínio Bello de Carvalho)
Só o amor constrói (Moacyr Luz / Hermínio Bello de Carvalho)
9. Zoeira (Moacyr Luz / Hermínio Bello de Carvalho)
10. Cobras e lagartos (Sueli Costa / Hermínio Bello de Carvalho)
11. Desapreço (Cláudio Jorge / Hermínio Bello de Carvalho)
12. Via Crucis (Vidal Assis / Lucas Porto / Hermínio Bello de Carvalho)
13. Penúltimo desejo (Vidal Assis / Hermínio Bello de Carvalho)
14. Pressentimento (Elton Medeiros / Hermínio Bello de Carvalho)
Mas quem disse que eu te esqueço (Ivone Lara / Hermínio Bello de Carvalho)

Baixe aqui.

A melhor canção de 2010

Quem não viu o Prêmio da Música Brasileira de 2011, poderá conhecer um pouco mais dos ganhadores aqui no Vermute com Amendoim. Quem já viu, pode se deliciar novamente com as coisas boas que foram premiadas.

A primeira delas é a melhor canção. Composta dor Mauro Diniz e Monarco e interpretada por Zeca Pagodinho, o samba "Dolores e Suas Desiluções" desbancou "Baila no Ar" de Dona Ivone Lara, Délcio Carvalho e André Lara, gravada no disco Bodas de Coral no Samba Brasileiro e "Procissão da Padroeira", de Guinga e Paulo César Pinheiro, cantada por Ilana Volcov no disco Bangüê.

Dolores e Suas Desiluções


Para ouvir Ainda Baila no Ar, clique aqui

Procissão da Padroeira


E aí, na sua opinião o Prêmio foi bem dado?

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Amigo é pra essas coisas

A correria está muita, mas ainda há tempo para compartilhar este lindo vídeo que vi há pouco. João Nogueira e Emilio Santiago cantando "Amigo é pra essas coisas"

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Vale e Noel Rosa

Veja este comercial da Vale exaltando o primeiro grande gênio da nossa música popular: Noel Rosa



E aí, vale?

quarta-feira, 6 de julho de 2011

O samba hoje

Hoje, li um texto que é quase que um documento sobre a história recente do samba. Principalmente aqui em São Paulo. Saiu no O Couro do Cabrito, do amigo Piruca. É de emocionar!

O samba hoje
Por André Carvalho

Quem são estes sambistas que fazem de seus cavacos, violões e pandeiros, suas próprias vidas? O passado de glória do samba brasileiro ilumina, o presente se enfeita de melodias e um ritmo pulsante e o futuro promete cada vez mais luz à nossa maior manifestação artística e cultural.

Estamos no início da década de 10 do século XXI. Lá se vão muitas décadas desde que a turma do Estácio de Sá resolveu sincopar ainda mais o ritmo sincopado que já esquentava os bailes da cidade do Rio de Janeiro. Era maxixe, música com forte herança europeia. Era música de salão, tocada com piano e muitos instrumentos de sopro. Era um samba muito branco, europeu. Com a batucada africana, as cordas ibéricas, o pandeiro árabe e os chocalhos indígenas, um novo samba se fez. Até hoje, é esse samba que sambamos.

Veio a Era de Ouro do rádio, os instrumentos de batucada invadiram os estúdios e as rádios. Os conjuntos regionais, muitas vezes com uma batucada de Escola de Samba cheio de peso conquistou o Brasil. O tempo passou, veio o bolero, a bossa nova, o rock e o ieieiê. O samba saiu da mídia. Mas permaneceu sendo feito nos lares, bares e esquinas. Nos vagões de trem, ao voltar do batente, muitos sambistas fizeram grandes páginas de nosso cancioneiro.

Nunca morreu, nem tampouco agonizou, como certa vez se cantou. Nos anos 60, valorizou-se o sambista novamente. Foi com Martinho, Paulinho e Clara que voltou às paradas de sucesso. Altos e baixos nas décadas seguintes. Anos 80 e 90 foram de sombra para o sambista que almejava seguir a linha de um samba estaciano, com as características que foram moldadas ao longo de algumas décadas.

Se o Cacique de Ramos introduziu novos instrumentos, alterou a síncope e apresentou novos nomes, isso é uma outra história. Afinal, o samba é dinâmico e flexível. O que é importante ressaltar é que o samba "velho", "duro", carioca do Estácio de Sá, sobreviveu às modernidades. Não, ele não foi substituído pelo samba do Cacique, coexistiu, sobreviveu e hoje está aí, mais firme que qualquer o "outro", moda nos anos 80. A moda passa.

Nos anos 90, a agonia ocorria nos meios fonográficos, mas em São Paulo se iniciou a retomada. "Mutirão do Samba", "Projeto Nosso Samba", "Samba da Vela"... Depois o "Morro das Pedras" e tantas coisas boas que vieram na esteira. Na roda de samba, o ritmo vivia.

Era o samba, novamente esquentando corações. Melodias ricas como as de portelenses como Paulo da Portela, Alcides, Aniceto, Manacéa, Mijinha, Alvaiade. Cartola, Carlos Cachaça, Zé Ramos, Nelson Cavaquinho, Nelson Sargento da Mangueira. Silas, Mano Décio e Mestre Fuleiro. Anescar, Noel Rosa de Oliveira (não confundir com o xará de Vila Isabel). Os professores Edgar, Rubens, Ismael, Nilton e Noel da Vila.

Eram eles que voltavam à boca do povo. E no Rio, o processo acontecia com o renascimento da Lapa, ainda que lá envolvesse dinheiro, bares descolados e uma aparelhagem técnica à la Woodstock. A "nova Lapa", no entanto, apesar de renascer assim, nos trouxe ótimos nomes: Teresa Cristina, Alfredo Del Penho, Pedro Paulo Malta, Pedro Amorim, Pedro Miranda, entre outros.

Mas foi em São Paulo, no ano de 2007, que tudo mudou. O ano começou com um show no Teatro Fecap. Li no jornal: "Terreiro Grande, grupo formado por ex-integrantes do Grêmio Recreativo de Pesquisa e Tradição Morro das Pedras, acompanha Cristina Buarque neste espetáculo do Teatro Fecap". Tomei um susto. Não sabia que o Morro tinha acabada, não sabia que o Terreiro seria a semente das mudanças que viriam daí pra frente.

O show, divinal. O disco, aquele de capa azul com um tamborim, de foramato francamente anticomercial, despertou paixão Brasil afora. Em várias cidades, o "samba de terreiro" (algo ainda mais restrito e específico que o "samba de raiz") ganhou força: Porto Alegre, Uberlândia, Santos, Rio e claro, São Paulo em suas dezenas de quebradas.

Era a era romântica. Presenciar uma roda do Terreiro Grande era uma delícia, algo mágico que levarei em minha mente até o fim de meus dias. São Paulo pulsava samba. Surgiram os @migos do samba.com, grande e representativa agremiação de sambistas de vários costados da capital paulista, que luta pela valorização do samba. Me orgulho de pertencer a este celeiro de bambas.

Foi-se o Terreiro Grande, surgiu o Batalhão de Sambistas, capitaneado pelo gogó dourado Tuco. E o samba seguia conquistando corações, mentes e almas. O disco "Peso é Peso", joia rara, que beleza!, é ouro só. Bem como seu lançamento, num sítio em Atibaia repleto de sambistas, que fim de semana histórico.

E vieram as homenagens a Chico Santana, e surgiu o Programa É Batucada!, o Bloco de Samba Pega o Lenço e Vai. Nasceu o jornal "O Amigo do Samba"...

Minhas armas foram se tornando cada vez mais letais. Colaborando com a revista Carta Capital, pude levar aos mais distantes rincões do Brasil informações sobre o disco do Tuco, do Wilson das Neves, do livro sobre o Estácio de Sá... Mais armas vieram às minhas mãos. Editando a Agenda São Paulo, no site Catraca Livre, é mais espaço pro samba!

E seguimos resistindo, na trincheira. Compondo, cantando, versando, louvando.

E salve Tia Cida, Cebola, Paulão, Laurinha, Seu Mangueira, Seu Jair e tantos bambas das antigas. E salve a nova geração, que batalha tanto! Favela e seu Anhanguera, Bigode, Timor, rapaziada de Mauá, Terra Brasileira, Glória ao Samba, Samba na Feira, Resgate, Uberlândia e todos que batalham pelo samba. Alexandre do Morro e todos aqueles que participaram deste movimento. Careca, pessoal do Batalhão de Sambistas, Douglas Germano... Aos não citados, mas não olvidados, também dou meu salve.

E avante na luta!!

terça-feira, 5 de julho de 2011

Vale do Jucá

Faz tempo que estamos querendo abrir uma seção de clipes aqui no Vermute com Amendoim. Até que encontramos um novinho, ainda quente do forno, que nos motivou a dar logo vida a mais uma das intermináveis seções deste blog sambístico.

O clipe é da música Vale do Jucá, que está no disco "Metá-Metá", de Thiago França, Kiko Dinucci e Jussara Marçal. Essa baita combinação não tinha como resultar nada diferente de muito bom. E, claro, o clipe, feito por Fernando Velázquez, veio a contento também. Vê só:

Vale do Jucá by Siba Veloso from Fernando Velazquez on Vimeo.

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