terça-feira, 30 de junho de 2009

Suingando, suingando!

Uma levada de samba que é pouco agraciada neste blog é o samba rock. O estilo que consagrou Trio Mocotó, Jorge Ben, Bebeto e outros ícones da nossa música tem um suingue que encanta qualquer um que já tenha alguma afeição pela música brasileira. É por isso vale a pena destacar este documentário com o pessoal do Clube do Balanço e dirigido por Tocha Alves e Daniel Lieff: Clube do Balanço, Swing e Samba-rock. Confira.



segunda-feira, 29 de junho de 2009

Promoção: Ganhe o CD "Serestando" de João Macacão

A gravadora Pôr do Som, nos cedeu uma cópia do CD "Serestando" de João Macacão para sortearmos entre os leitores do Vermute. Para concorrer é fácil:
* Envie uma frase pelo twitter respondendo a pergunta: Porque devo ganhar o Cd do João Macacão?
*As mensagens devem ser enviadas como post para @vermute.
*As frases serão recebidas até o dia 13 de julho
*Ao vencedor serão pedidos os dados para o envio do CD


Ouça no myspace de João algumas músicas deste disco.

A seresta de João Macacão


João Macacão é velho conhecido das noites paulistanas. Seja em rodas de choro ou de samba o violão de 7 cordas de João sempre foi muito bem chegado. Como se só a noite não lhe fosse o bastante, João ainda acompanhou, por mais de 20 anos, o caboclinho querido Silvio Caldas. Além disso, também tocou ao lado de nomes como: Orlando Silva, João Dias, Gilberto Alves, Altamiro Carrilho, Paulo Vanzolini etc.

Até o ano de 2002, quando participou como intérprete da coletânea "O acerto de contas de Paulo Vanzolini", Macacão limitava-se a acompanhar os cantores com seu 7 cordas. "Serestando" é seu primeiro trabalho solo. E que bela estreia. A começar pela escolha do repertório, que contempla nomes como: Noel Rosa, Ary Barroso, Hervê Cordovil, Chico Buarque, Monsueto, Herivelto Martins, Adelino Moreira, Sinhô e outros. Os músicos também são de primeira. Entre eles estão os velhos amigos do Conjunto Paulistano, que é formado pelo próprio, Milton Mori, João Wertchko e Tigrão.


João possui um cantar sóbrio, sem frescura. Em determinados momentos lembra até o saudoso Nelson Gonçalves. Além disso, as interpretações de Macacão possuem algo imprescindível para o sucesso do estilo em que aposta: a emoção. Talvez pelo fato de sua criação musical ter sido marjoritariamente pela noite, onde tal atributo é fundamental para o sucesso. Vale ressaltar também a versatilidade do repertório do disco, choro, seresta, maxixe e samba, todos belamente executados.


Músicas:
01- A volta do boêmio (Adelino Moreira)
02- Pra machucar meu coração (Ary Barroso)
03- Me deixa em paz (Ayrton Amorim / Monsueto Menezes)
04- Perfil de São Paulo (Bezerra de Menezes)
05- Jangada (Hervê Cordovil / Vicente Leporace)
06- Cabeça chata (Eratóstenes Frazão)
07- Gosto que me enrosco (Sinhô)
08- Conceição (Jair Amorim / Dunga)
09- Felicidade (Miltom da Silva)
10- Ela me beijou (Herivelto Martins / Arthur Costa)
11- Velhas cartas de amor (Klécius Calda)
12- Meu caro amigo (Chico Buarque / Francis Hime)
13- Quando o samba acabou (Noel Rosa)
14- E os outros que se danem football club (Antonio de Almeida)


Ouça no myspace de João algumas músicas deste disco.

Disco da semana: As forças da natureza - Clara Nunes


Taí um bom disco para quem quer se iniciar na vasta discografia de Clara Nunes. Digo isso porque é um disco recheado de músicas bastante conhecidas.

Sambas como "As forças da natureza" (João Nogueira / Paulo César Pinheiro), "Coisa da antiga" (Wilson Moreira / Nei Lopes), "Coração leviano" (Paulinho da Viola) e Palhaço (Nelson Cavaquinho / Washingnton / Oswaldo Martins) se dividem com outros menos conhecidos, mas não menores. É o caso de "Perdão" (Mauro Duarte / Maurício Tapajós / Paulo César Pinheiro), "Rancho da primavera" (Monarco), e outros.

As orquestrações e regências ficaram por conta de um time de primeira, saca só: Ivan Paulo, Gaya, Sivuca e Radamés Gnattali. Entre alguns músicos participantes do disco, encontramos Hélio Delmiro, Dino Sete Cordas, Netinho, Copinha, Zé Menezes e Raul de Barros. Enfim, uma cantora excepcional, acompanhada de músicos de primeira, cantando os melhores compositores do país e com gente por trás que entende do riscado.

O resultado não podia ser outro, senão um belíssimo disco de música brasileira.

1.As forças da natureza (Paulo César Pinheiro - João Nogueira)
2.PCJ (Partido da Clementina de Jesus)
(Candeia)
Participação: Clementina de Jesus
3.Senhora das Candeias (Toninho - Romildo)
4.Perdão (Paulo César Pinheiro - Maurício Tapajós - Mauro Duarte)
5.Homenagem à Velha Guarda (Paulo César Pinheiro - Sivuca)
6.Rancho da Primavera (Monarco)
7.Coisa da antiga (Wilson Moreira - Nei Lopes)
8.Coração leviano (Paulinho da Viola)
9.Sagarana (Paulo César Pinheiro - João de Aquino)
10.À flor da pele (Clara Nunes - Paulo César Pinheiro - Maurício Tapajós)
11.Palhaço (Oswaldo Martins - Washington - Nelson Cavaquinho)
12.Fado tropical (Ruy Guerra - Chico Buarque)


Baixe esse disco no Prato e Faca.

E o vencedor é...

Depois de muitas frases que aportaram no nosso e-mail, finalmente escolhemos uma para ganhar o CD do Dani Turcheto:

"Tomo um vermute, com amendoim. Goiabada para sobremesa!"

A frase timmaiana foi enviada pelo internauta paulistano Juliano Coelho. Parabéns, Juliano!

sexta-feira, 26 de junho de 2009

Baden Powel e Márcia

Que Ivete Sangalo, que nada! Uma das maiores cantoras do Brasil atende pela simples alcunha de Márcia:

quarta-feira, 24 de junho de 2009

Terreiro Grande na telona

Muito em breve ocorrerá as primeiras exibições do documentário feito sobre o pessoal do Terreiro Grande. A reprodução do filme faz parte do primeira edição no Brasil do Festival Internacional de Documentários Musicais - IN-EDIT Brasil, um evento que promete. Quem assina o filme é Zeca Ferreira. Segue os locais e as datas:

São Paulo
30.06.09 – 14:00h – MIS
01.07.09 – 14.00h – HSBC Belas Artes
02.07.09 – 17.00h – Olido

Rio de Janeiro
12.07.09 - 19.00h - Cine Santa Teresa

Pelo vídeo já dá para sentir um gostinho.


Veja aqui os outros filmes participante do festival.

terça-feira, 23 de junho de 2009

Música boa e de graça!

Acabo de receber da Roberta Zerbini, a vocalista do Benzambado, uma dica preciosa:

Trata-se de um ensaio-show de Ilana Volcov. Dona de uma voz belíssima, Ilana mostrará seus dotes nesta quarta, no Centro Cultural Rio Verde, às 20h30. Ela cantará o repertório do seu primeiro Cd solo. A entrada é gratuita!

Ah, quer ver a moça cantarolando?

Artista é artista e mané é mané

A pedrada de hoje vai quebrar muitos telhados de vidro. Intitulada "Dicionário", o samba foi composto por Everson Pessoa e Nei Lopes e figura na terceira faixa do mais novo Cd do Nei, "Chutando o Balde". Uma pérola. E com esse título não se podia esperar outra coisa, se não músicas ácidas para Jota Canalha nenhum botar defeito.



Dicionário é uma delas, mas talvez a pancada mais forte. Escuta só:




No meu dicionário roqueiro é aquilo
Que fica lá em cima da rocha
E fanqueiro é o cara
Que vende tecido
De linho e algodão
Pra mim sertanejo
É antes de tudo um forte
E axé é força e boa sorte
No meu dicionário
Galera é apenas uma embarcação

Pois é
É preciso cuidado com o que a gente fala
A boca mais sábia é aquela que cala
E que pensa bastante antes da canção
Porque um poder bem mais alto sempre baixa a crista
Do crente que abafa, pensando que artista
É só quem se avista na televisão

Artista foi quem decorou a Capela Sistina
Quem edificou a Muralha da China
Quem moldou os bronzes de Benim, Ilê Ifé
Artista, em meu ponto de vista, é quem cria e conquista
E que sabe que, mesmo em capa de revista,
Artista é artista e mané é mané


Só acho que o Nei esqueceu de dizer que o significado de pagode é reunião festiva. E tenho dito.

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Fala, Turcheto!

A promoção da vez no Vermute é do artista Dani Turcheto. Para quem ainda não se convenceu, segue uma pequena entrevista, na qual Dani fala do começo, das influências, do albúm de estreia e do projeto "Quanto vale", que tem como proposta de você só pagar o show depois que assiste, e quanto achar justo. Confira:

Quais as suas atividades antes do envolvimento com a música?
Olha, eu sempre toquei, música sempre esteve na minha vida, desde bem criança. Toquei em banda de rock quando era moleque, mas profissionalmente sempre fiz outras coisas. Sou meio empreendedor. Já tive casa noturna, tive restaurante e tem a empresa da minha família que eu trabalhei por quinze anos como diretor comercial. Há quatro ou cinco anos eu saí , a gente profissionalizou e eu coloquei um cara no meu lugar. Aí eu caí de cabeça na música.

No seu MySpace você diz que sua influência é o samba dos anos 70. Quais, especficamente, são suas influências?
Principal para mim é aquele quarteto que acompanhava a Elis e o César Camargo Mariano nos anos 70. Era o César Camargo Mariano, Paulinho Braga na bateria, Luizão Maia no baixo. Djavan dos anos 70 e João Bosco.

Como foi a escolha do repertório pro disco?
São todas músicas minhas, eu compus todas. Eu tenho mais de cinquenta sambas, aí selecionei dez de acordo com o que eu mais gostava e também com dinâmica para formar um álbum.

Você afirma que desde pequeno que você acompanha rodas de samba que acontecem na sua casa. Porque há somente uma música com roupagem de "roda da samba", de fato?
Na hora em que você vai produzir um disco, você tem que fazer escolhas da roupagem. Apesar de ter uma com uma com roda de samba... Na verdade tem duas. Tem "O Tempo Nos Ensina a Jardinar" ali, que é uma roda um pouco mais louca, mas é uma roda. Na verdade, é isso, é que eu gosto muito de samba-jazz, eu gosto desses arranjos um pouco mais sofisticados. Tem muito metal, "metaleira". Talvez o motivo seja porque, quando eu componho eu ouço muito os metais, eu ouço a linha de metais. Tanto que uma parte dos metais do disco são minhas mesmo. Tem um arranjador de metal, mas acho que ele fez metade, metade fui eu que fiz, porque saiu junto com a composição. Então, acho que é por isso que no arranjo eu precisei cair para isso mesmo, porque roda de samba não ia dar pra por metal, não ia dar para por nada.

Qual o saldo do projeto "Quanto vale"?
Na verdade são dois projetos. Uma coisa é meu disco, e outra coisa é o projeto "Quanto vale". O projeto é meu também. Na verdade é de um coletivo meu, que chama "Navegantes". A ideia é minha, que eu levei para dentro do coletivo. Eu resolvi juntar os projetos. Então eu pensei: "Já que eu vou lançar o disco, eu preciso legitimar isso. Pois não adianta ficar falando isso, e não por na sua vida". Então eu resolvi jogar esse projeto dentro da minha carreira artística, até para legitimar tudo que eu estou falando. Então nos meus shows, a entrada é livre. O cara entra, assiste ao meu show e saída ele paga o quanto ele acha que vale.

Mas você considera que o saldo tem sido positivo?
Ah, a bilheteria média tem sido de R$ 10,00. Eu acho que é bom para um artista desconhecido, como eu, acho que está legal.

Saiba como ganhar o CD de Dani Turcheto.
foto: Daniela Toviansky

Disco da semana: Canto pra viver - Velha Guarda Musical do Camisa Verde e Branco

O disco desta semana é daqueles que é recheado de pedradas. "Canto pra viver" é o primeiro e único disco da Velha Guarda Musical do Camisa Verde e Branco. A Velha Guarda Musical é formada por Paulo Henrique, Dadinho, Nelson Primo, Hailtinho, Airton Santa Maria, Melão e Mario Luiz.

Entre as faixas do disco, destaco duas. A primeira, que leva o nome do disco "Canto pra viver" (Dadinho/Melão), possui belos que diz:

"É para cantar que eu vivo
Canto pra viver muito bem
Tenho a canção correndo nas veias
Seja erudíto ou popular
Gosto de dar vida a poesia
Em harmonia ritmada pra cantar"

Chamo também a atenção para a faixa que traz um pout-porri de sambas ("Maria e João / Tem pó não tem açúcar / Rosa") de Tio Mário, patrimônio histórico do bairro da Barra Funda. O disco conta com arranjos e direção musical de Edimilson Capeluppi, Mauro Diniz, Luizinho Sete Cordas e Quinteto em Branco e Preto.

Baixe esse disco no Um Que Tenha.

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Um preto velho chamado Catoni

Catoni é natural de Ouro Preto, e chegou em Jacarepaguá com 13 anos de idade. No Rio fez parte de várias escolas de samba, entre elas, a Vai Se Quiser e a Portela. Neste trecho do documentário "Um preto velho chamado Catoni", o artista fala da infância e de costumes da terra natal da época. Confira:

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Sob o olhar do franco-brasileiro

Marcel André Félix Gautherot nasceu em Paris, em 1910. Com 30 anos, inspirado após ler o romance Jubiabá, de Jorge Amado, veio para o Brasil. Aqui, Gautherot ajudou a fotografar a história.
A festa do carnaval baiano em 1966

Na década de 1940, viajou pelo país registrando os tipos humanos e as festas populares. Sua lente não deixa de demonstrar certo estranhamento pelo que nós, brasileiros, consideraríamos corriqueiro. Mas Gautherot passa longe do etnocentrismo.

Baianos arrebentando no agogô. Bahia, 1966

Depois de se mudar definitivamente para o Rio de Janeiro, Gautherot fez amizade com uma série de intelectuais da época, como Carlos Drummond de Andrade, Mário de Andrade, Burle Marx e outros.
Carnaval na Bahia, em 1966

Ele trabalhou para o Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, o SPHAN, o Museu do Folclore e para a revista O Cruzeiro.
Capoeira na praia, em 1941
Entre os grandes eventos fotografados pelo franco-brasileiro, está a construção de Brasília. Para quem só viu a cidade depois de pronta, chega a ser impressionante ver aqueles esqueletos sendo montados.
Capoeirista baiano em 1941

Marcel André Félix Gautherot morreu em 1996, com oitenta anos de idade.
Baianas em Maceió, 1955

Em 1999, três anos após sua morte, o acervo de cerca de 25 mil imagens do fotógrafo é adquirido pelo Instituto Moreira Salles - IMS, no Rio de Janeiro. Veja mais fotos.

terça-feira, 16 de junho de 2009

Bing Crosby e Bob Hope a caminho do Rio


Em 1947, foi lancado o filme "Road to Rio" (A Caminho do Rio). Dirigido por Norman McLeod, o filme contava com a famosa dupla de comédia, Bing Crosby e Bob Hope. Na história, Scat Sweeney (Bing Crosby) e Hot Lips Barton (Bob Hope) chegam ao Brasil de maneira clandestina, depois de ter incendiado um circo.

Durante a viagem conhecem Lucia Maria de Andrade (Dorothy Lamour), que está vindo ao Rio realizar um casamento de interesse. Os dois ao descobrirem, fazem de tudo para evitar o casório.

Em uma das cenas do filme, a música que serve de pano de fundo, é "Apanhei-te Cavaquinho" de Ernesto Nazareth


Outra música que fez parte do filme foi o samba "Batuque no Morro", de Russo do Pandeiro e Sá Roris
Neste vídeo há uma apresentação de Bing e Bob que cantam:

"Everybody here likes Chicken Cacciatore
and there's a few like chopped chicken liver"

Algo como:

"Todo mundo aqui gosta de frango à cacciatore
e alguns de fígado de frango picado"

Vale dizer também que o filme recebeu uma indicação de melhor trilha sonora para o Oscar.

segunda-feira, 15 de junho de 2009

A caderneta do Kid Morengueira

Adoniran Barbosa já foi garoto-propaganda do Unibanco. Desta vez Moreira da Silva é quem atrela sua imagem à caderneta de poupança. Dá só uma olhada:



Eu sempre ataquei de equilibrista
De pedreiro à massagista eu corri a lista inteira sem parar
Cansado de pular de galho em galho
Procurei um bom trabalho que já vou me aposentar

Se der um breque eu brinco
Se der um branco, eu me manco
Se a coisa aperta eu tenho onde segurar
Na caderneta de poupança Unibanco
Tem uma nota certa que jamais vai me faltar

Disco da semana: Os Duetos de Francisco Alves e Mario Reis


Um LP que reúne os melhores registros da dupla Mario Reis e Francisco Alves. Lançado em 1955, o disco é inteiramente composto por gravações dos anos de 1930 a 1932. Como se a potência vocal dos dois canores não fosse suficiente, a Odeon ainda montou um time de músicos de primeira. Veja o que disse Lúcio Rangel na contracapa do disco:

"[...]todos eles constituídos pelos mesmos músicos, alguns dos melhores da época: o pistonista Djalma, o trombonista Ismerino Cardoso, o pianista Romualdo Peixoto [Nonô], o baterista Walfrido Silva, o violonista Arthur Nascimento [Tute] e Luperce Miranda, mestre do cavaquinho e do bandolin. Outros instrumentistas estão presentes mas os que enumeramos eram constantes em todos os conjuntos que acompanhavam a dupla. O discófilo de ouvido apurado poderá reconhecer no côro, em diversos números, as vozes de Noel Rosa, Ismael Silva e Nilton Bastos.”

Músicas:
01 - Marchinha do Amor (Lamartine Babo)
02 - Fita Amarela (Noel Rosa)
03 - Formosa (Nássara / J. Ruy)
04 - Se Você Jurar (Francisco Alves / Ismael Silva / Nilton Bastos)
05 - Mas Como... Outra Vez? (Francisco Alves / Noel Rosa)
06 - Arrependido (Francisco Alves / Ismael Silva / Nilton Bastos)
07 - Estamos Esperando (Noel Rosa)
08 - Tudo Que Você Diz (Noel Rosa)
09 - Não Há (Francisco Alves / Ismael Silva / Nilton Bastos)

Baixe esse disco no Bossa Brasileira.

sábado, 13 de junho de 2009

Zé Barbeiro Convida



Ainda dá tempo para acompanhar a roda de samba que Zé Barbeiro, um dos melhores violonistas do país, promove neste domingo no Auditório do Ibirapuera. O talentoso violonista sete cordas convida Alexandre Ribeiro (clarinete), Rodrigo Y Castro (flauta), Fabrício Rosil (cavaquinho) e Leo Rodrigues (pandeiro), para acompanhá-lo em um repertório que transita entre o choro contemporâneo e o tradicional. Com seu estilo brincalhão, Zé Brabeiro propõe em cada composição um desafio rítmico. São frases modificadas e convenções que exigem grande agilidade e improvisação dos instrumentistas.

Ao longo de sua carreira, Zé Barbeiro acompanhou nomes como Leci Brandão, Zeca Pagodinho, Elizeth Cardoso, e dividiu o palco com instrumentistas de primeira como Altamiro Carrilho, Yamandu Costa e Dominguinhos. Depois de dirigir e desenvolver os arranjos do primeiro CD de Dona Inah - “Divino Samba meu”- acompanhou a cantora em turnê fora do Brasil.

A alcunha do músico vem do fato de que foi entre um corte de cabelo e outro, que aprendeu os acordes do violão. Na barbearia do pai, o garoto aproveitava vez ou outra para pegar uma dica com músicos que passavam para acertar a barba e o bigode.

Zé Barbeiro aprimorou sua “pegada” nas rodas de samba, na década de 70. E então tocar na noite paulistana foi um pulo.

O músico tem quatro CD´s lançados: “Nosso Choro” e “Primeira Classe”, com o grupo que deu nome ao primeiro disco; “Baba de Calango”, com o Grupo Choro Rasgado (excelente!)e “Segura a Bucha”, o primeiro álbum totalmente autoral que se originou do projeto Pixinguinha, do qual foi vencedor em 2008.

É uma pena que Zé Barbeiro, um dos melhores violonistas do país, ainda permaneça desconhecido para o público geral.

Data: 14 de Junho de 2009, Domingo, 19h
Local: Auditório Ibirapuera, Av. Pedro Álvares Cabral, s/ n° -
Tel.: (11) 5908-4299
Entrada: R$ 30 e R$ 15 (meia-entrada)

sexta-feira, 12 de junho de 2009

Dani Turcheto: Conheça e concorra!

Uma levada que dá vontade de sair dançando. É essa a primeira impressão que se tem quando começa a tocar do disco de estreia do paulistano Dani Turcheto. "Sobremesa" acaba de chegar ao mercado com 10 faixas que podem muito bem embalar uma festa.

Acompanhando a batucada, um eficiente naipe de metais, uma cuíca, piano elétrio e na primeira faixa, que leva o nome do disco, se escuta até um Space Echo lááá no fundo, repare:

Sobremesa


A faixa 3, "Olho pro céu" traz elementos dos tempos áureos do Farofa Carioca, com Seu Jorge no comando. Os metais pedem licença, e o cavaco sai trilhando o caminho para a voz de Dani, que começa: "Olho pro céu...".

Olho pro céu


Outra que vale a pena destacar é a quinta música. Chamada de "Vigia a Porta", a letra fala sobre um casal que se desencaminhou. Os cinco primeiros versos, na minha opinião, são o grande achado da letra
"Então tá bem, você vigia a porta
Enquanto eu procuro
O que a gente perdeu
Não deixa outra vida entrar pois
Saiba que ainda eu vou pedir perdão"

Vigia a Porta


Para finalizar a apresentação de Dani Turcheto, ouça "A vida nos ensina a jardinar", a sétima faixa do disco.

A vida nos ensina a jardinar


Gostou? Pois este é justamente a segunda promoção do Vermute! Se você quiser ganhar um disco do Dani Turcheto, mande uma frase combinando as palavras "Sobremesa", "Vermute" e "Amendoim" para o email vermutecomamendoim@gmail.com. A frase mais criativa leva!

Regras:
*No assunto do e-mail coloque Promoção #2
*No e-mail, além da frase, complete a ficha:
Nome:
Idade:
Telefone:
*As frases serão recebidas impreterivelmente até o dia 27 de junho

quarta-feira, 10 de junho de 2009

Os indicados

Quase que o prêmio Tim de Música Brasileira não rola este ano. Justamente porque não será mais patrocinado pela Tim, que abandonou o projeto com o objetivo de cortar custos. Mas mesmo assim a festa está confirmada para 1º de julho. Entre os sambistas que estão concorrendo a um prêmio estão Zeca Pagodinho, Nelson Sargento e Luiz Melodia (mesmo não sendo um nome típico do gênero).


O sambista Zeca, líder em indicações, concorre com obras do seu disco "Uma prova de amor". Além de Melhor Disco de Samba, Zeca batalha por uma estatueta nas categorias Melhor Cantor de Samba e Melhor Canção, com "Então Leva" (de Bira da Vila e Luiz Carlos da Vila) e "Uma prova de amor" (composta por Nelson Rufino e Toniho Geraes). O disco de Zeca concorre ainda na categoria de Melhor Arranjador.

Graças ao lançamento do seu disco "Versátil", Nelson Sargento concorre em três categorias: Melhor Disco, Melhor Cantor de Samba e Melhor Canção, com "Acabou meu sossego", uma parceria com Agenor de Oliveira. Já Melodia concorre com seu disco "Estação Melodia ao Vivo" nas categorias Melhor Disco de Samba e Melhor Cantor de Samba.

E aí, pra quem você torçe?
Se quiser saber mais, veja aqui

Dicas para os namorados

O dia dos namorados está chegando. Se você não sabe o que comprar, veja algumas dicas que não tem como dar errado.

R$ 23,99













Segundo CD da cantora paulista. Nele, ela presta uma bela homenagem ao também paulistano, Eduardo Gudin.

R$ 30,81














Edição revista e ampliada. Contém a musicografia e discografia completa do sambista. Além disso, acompanha um CD com 23 músicas inéditas recolhidas do acervo do autor, João Baptista M. Vargens.

Livro Pascalingundum: Os Eternos Demônios da Garoa
R$ 40,00












Biografia lançada recentemente sobre o grupo a mais tempo em atividade no mundo. Escrito pelo jornalista Assis Ângelo.

R$ 49,80














Documentário sobre a Velha Guarda da Portela, com making-off e cenas inéditas.

R$ 99,00














"Arrasta a sandália aí morena"

R$ 23,00













Cachaça mineira, medalha de prata no Festival da Cachaça de Belo Horizonte de 1995, ano em que teve sua produção encerrada. Envelhecida em carvalho por 10 anos.

terça-feira, 9 de junho de 2009

Elas são as cantoras do rádio...

Estivemos fora por dois dias, mas o Vermute volta com toda força nessa semaninha curta.

A dica desta terça-feira é pra ser aproveitada em instantes. Hoje, às 20h, a Folha de S.Paulo e o Cine Bombril promovem pré-estreia gratuita do documentário "Cantoras do Rádio". Dirigido pelo cineasta Gil Baroni, o filme fala sobre a época da "Era do Ouro" do rádio, entre as décadas de 1930 e 50.

Após o filme, o diretor e as cantoras Carmélia Alves, Carminha Mascarenhas e Ellen de Lima participam de debate com a plateia. Quer o trailer para dar um gostinho?




Ah, as senhas podem ser retiradas a partir das 19h, na bilheteria do cinema (no Conjunto Nacional, av. Paulista, 2.073).

sexta-feira, 5 de junho de 2009

Os romances de Miriam e Cristina

Posto hoje, duas ótimas versões para o samba "Meu Romance" de J. Cascata:


A primeira é de Miriam Batucada e está no disco "Amanhã Ninguém Sabe", de 1974. A versão de Miriam tem um surdo no começo, que sai de cena e deixa a marcação para um chimbal. Acompanhada também de piano, tamborim, cuíca e repique de anel, a música evidencia a voz da cantora que opta por uma interpretação mais cadenciada. Atente para o final. Aparece um som parecido com uma palhinha. É a própria Miriam batucando com as mãos.




A outra versão é da Banda Glória, com Cristina Buarque nos vocais. Recheada de metais que se intercalam, ainda é possível ouvir um pandeiro, agogô, cavaco, violões, atabaque e o surdo fazendo a marcação. A levada é mais rápida e destaca a melodia complexa do samba.


Meu Romance (J. Cascata)
Embaixo daquela jaqueira
Que fica lá no alto, majestosa
De onde se avista a turma da Mangueira
Quando se engalana com suas pastoras formosas
Ai, foi lá, quem é que diz
Que o nosso amor nasceu

Na tarde daquele memorável samba
Eu me lembro
Tu estavas de sandália
Com teu vestido de malha
No meio daqueles bambas
Nossos olhares cruzaram
E eu para te fazer a vontade
Tirei fora o colarinho
Passei a ser malandrinho
Nunca mais fui à cidade

Pra gozar o teu carinho
Na tranquilidade
E hoje faço parte da turma
No braço trago sempre o paletó
O lenço amarrado no pescoço
Eu já me sinto um outro moço
Com meu chinelo Charlote
E até faço valentia
E tiro samba de harmonia

quinta-feira, 4 de junho de 2009

"Eu sei onde a coruja dorme"

Porta-voz do morro, Bezerra da Silva bate um papo com Lorena Calábria, do programa Ensaio Geral. Deixa o malandro falar!

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Os batuqueiros da Paulicéia e suas histórias

Se sobre o "samba carioca" há muitas informações e registros sobre as suas raízes, o mesmo não podemos dizer do samba paulista. Visando preencher, ou o menos diminuir, esta lacuna é que Osvaldinho da Cuíca e André Domingues lançaram o livro "Batuqueiros da Paulicéia". O livro é dividido em duas partes: A primeira é dedicada ao samba de rua, explica a formação do samba nas festas de Pirapora e a evolução das agremiações carnavalescas -de cordão carnavalesco até as escolas de samba nos moldes atuais. A segunda parte se dedica a contar histórias dos sambistas profissionais. Nela Osvaldinho e André passeiam por nomes como Isaurinha Garcia, Blecaute, Germano Mathias. Além disso, os autores também passeiam pelo surgimento da bossa nova e do "pagode" dos anos 90.

Na minha opinião, a parte I (Samba de Rua) é que caracteriza este livro como essencial. Não que a parte II (Samba Profissional) não seja importante, até achei bastante interessante e há diversas histórias, mas é que na primeira parte há informações que até então eram um tanto quanto desencontradas. Osvaldinho e André colocam os pingos nos i´s e sem muito rodeios e com uma linguagem de fácil entendimento. Tirando algumas transcrições de notas músicais, qualquer um pode entender o raciocínio da dupla.

Osvaldinho da Cuíca e André Domingues cumprem com louvor a função de recuperar a história do surgimento da batucada paulistana. Também, Osvaldinho além de ser parte desta história é pesquisador no assunto. André Domingues também não é nenhum paraquedista no tema, já que se dedica a pesquisar a música brasileira desde os 14 anos. Enfim, trata-se de um trabalho primoroso e indispensável para quem quer entender ou apenas conhecer o samba paulista.


Batuqueiros da Paulicéia (2009)

Osvaldinho da Cuíca / André Domingues

Barcarola

R$ 34,00

Compre este livro aqui.

terça-feira, 2 de junho de 2009

Maguila ataca de bamba

A letra está longe de ser um primor, mas ouvir o Maguila cantando samba é pra lá de curioso! Divirta-se.



Quer saber de onde vem isso tudo? Confira

Um bate-papo de primeira

Este é um daqueles segredos que você tem que contar para alguém.

Todas as terças-feiras, o jornalista e sambista diletante André Domingues leva uma seleta plateia de admiradores do samba a um mergulho na música brasileira. As palestras, que não passam de divertidos bate-papos muitíssimo bem ilustrados com exemplos sonoros, ocorrem no Centro Cultural e de Estudos Superiores Aúthos Pagano, na Lapa. Nesta terça começa uma nova etapa do curso de História da MPB, sobre a Era de Ouro. E o melhor, a inscrição é gratuita!

Centro Cultural e de Estudos Superiores Aúthos Pagano
Rua Thomé de Souza, 997, City Lapa.
Tel.: 11-3836-4316

Autor do livro Batuqueiros da Paulicéia, André dá uma palhinha do que rola nos encontros:
"Apesar de estarmos vivendo um momento bastante fértil em iniciativas de registro da cultura popular brasileira, a chamada “grande mídia”, especialmente no campo musical, tem apresentado uma sensível tendência à cultura estrangeira. Nada de muito preocupante. Afinal, o país tem uma longa tradição de assimilar a música do exterior e remodelar à nossa maneira, assim como fizeram Dick Farney e Lúcio Alves nos anos 40 e 50, no auge da expansão cultural norteamericana. Cada um deles tinha como referência uma vertente forte da canção dos Estados Unidos: Dick na linhagem dos pianistas cantores de jazz e Lúcio, na dos conjuntos vocais. Ambos, porém, se destacaram fazendo música brasileira, sobretudo samba-canção, aproveitando a sofisticação harmônica e interpretativa do jazz. O público que os acompanhava não era dos mais numerosos – Lúcio até ganhou a bem-humorada alcunha de “O Cantor das Multidinhas” -, mas tinha entusiasmo e fidelidade suficientes para se por a disputar sobre qual dos dois carregava melhor a bandeira da modernização jazzística da MPB. De um lado, formou-se o Sinatra-Farney Fan Club (traçando uma relação direta entre o ídolo brasileiro e o mito Frank Sinatra) e de outro, pouco depois, o Dick Haimes-Lúcio Alves Fan Club (nesse caso, o mesmo movimento se esboça, mas com um cantor que, embora consagrado nas terras do Tio Sam, era argentino de nascimento). Dick e Lúcio, adeptos de um estilo low-profile, obviamente não alimentavam essa rivalidade juvenil, mas a situação foi ficando cada vez mais incômoda. Não adiantou nem Dick convidar Lúcio para uma reunião do Sinatra-Farney e falar aos seus fãs da amizade e da admiração recíproca que tinham. A solução foi gravarem juntos, em 1953, o delicioso samba “Tereza da Praia”, de Billy Blanco e do então novato Tom Jobim. Por dois minutos e 48 segundos os dois foram como um só, mostrando as incríveis possibilidades abertas pelo aprendizado dos padrões jazzísticos de interpretação. Uma certa disputa se percebe aqui e ali, quando Dick e Lúcio parecem competir na potência dos graves ou na inventividade dos melismas. Ao final, porém, soam harmoniosos, como dois testemunhos de uma mesma vontade de absorver e transformar em brasileiras as referências recebidas de fora."

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Disco da semana: O Partido Alto de Aniceto & Campolino - Aniceto do Império e Nilton Campolino


Acompanhado de Nilton Campolino, este é mais um disco irretocável de Aniceto do Império. Veja o que diz Elton Medeiros na parte de trás do LP:

O meu respeito e a minha admiração por Aniceto vêm do tempo em que eu era um jovem compositor da Escola de Samba Aprendizes de Lucas, que se fundiu com o Unidas da Capela para resultar na atual Unidos de Lucas.

Nessa época, eu procurava comparecer a todas as reuniões que pudessem enriquecer o meu conhecimento do mundo do samba.

Em várias delas, encontrei Aniceto do Império com o seu partido alto de forte influência rural (caxambu), a improvisar com espantosa facilidade, dando uma rica demonstração de um tipo de manifestação cultural poucas vezes registrado em disco.

Nílton Campolino — seu companheiro neste LP e também no Império Serrano —, conheci-o numa roda de partido alto na Ilha de Paquetá, há muitos anos, em um dos piqueniques que ali realizava, sempre nos dias 1º de maio, um boêmio de nome Samuel.

Tornei a vê-lo outras vezes e chegamos até participar da mesma roda de partido.

Com o tempo, perdi-os de vista, mas não de memória, tanto que ao ser convidado apra produzir um disco para a FEMURJ, lembrei-me prontamente de Aniceto.

Procurei localizá-lo e reuní-lo a Campolino, a quem já havia reenconrada numa festa do GRAN Quilombo e a quem mais tarde transmiti minhas idéias sobre este trabalho.

Ao reuní-los, tudo ficou mais fácil, graças não só a eles mas também ao Valdir 7, líder do Grupo Chapéu de Palha, aos componentes do próprio Grupo, ao conjunto As Autênticas, ao Toninho Barbosa, ao Braz Bezerra, ao Oswaldo Carneiro e ao conhecedor das manifestações populares Moacyr Andrade, a que passo a palavra.

ÉLTON MEDEIROS
Abril/1977

Estas e outras informações sobre o disco, você encontra neste blog dedicado exclusivamenta ao disco.

Músicas:
01. Segredo de Tia Romana (Aniceto)
02. Quem Tem, Tem (Aniceto)
03. Um Bocadinho Só (Aniceto)
04. Mocinho Cantador (Campolino)
05. Na Volta da Novelo (Bijuzinho /Aniceto)
06. Zé Ciumento (Aniceto)
07. Raízes da África (Aniceto)
08. Indesejável Mulher (Campolino) 
09. Atroz Cativeiro (Aniceto)
10. Maria Sara (Campolino)
11. João do Rosário (Aniceto)
12. Vacilação Não Dá Pé (Aniceto)

Baixe esse disco no Mercado de Pulgas.

SALVE!

Hoje aproveito o gancho da bossa-nova para fazer uma homenagem ao músico Carlos Althier de Sousa Lemos Escobar. Não porque o Guinga seja um músico bossa-novista; não é. Mas porque falar sobre esse genial compositor e violonista carioca é perambular pela bossa-nova e pelo emaranhado rico dos gêneros da música popular brasileira. Ir até Guinga, é também passar pela obra do compositor Garoto, por Tom Jobim, Pixinguinha, Hermeto Pascoal, e Chico Buarque dentre outros músicos que o influenciaram. Na verdade, o bonito é ver como Guinga transcendeu aos gêneros musicais que bebeu, transbordando uma produção de múltiplas facetas. Daí a homenagem.
Guinga é choro em “Di Menor”, parceria com o violonista e compositor paulistano Celso Viáfora. Em “Mingus Samba”, mostra essa outra faceta. A linguagem erudita aflora em “Dissimulado”.



Chamo a atenção para o álbum Suíte Leopoldina que, não por acaso, foi apontado por unanimidade pelos críticos do Jornal O GLOBO , em 1999, como o melhor CD de música popular brasileira daquele ano. "Chá de panela", desse álbum, trouxe para Guinga o Prêmio Sharp de melhor música popular brasileira.

Também não é por acaso que “Dos Anjos” e “Constance” são as faixas que abrem e encerram o CD. Nas duas, a gaita do músico belga Toots Thielemans - talvez o maior gaitista do século XX - aparece junto ao violão de Guinga. O resultado é de uma sutileza primorosa.

Ainda sobre esse álbum, seria pouco caso não falar da maravilhosa execução do clarinetista Paulo Sérgio Santos de “Di Menor”.



SALVE Guinga e seus grandes parceiros!

Nos idos 90, Guinga foi considerado pela crítica "a maior revelação musical da década” e ainda "o mais importante herdeiro da brasilidade de Villa-Lobos". Vale dizer que além de uma vasta coleção de alcunhas sublimes, o músico tem hoje, em sua própria legião de admiradores e entusiastas, artistas do peso de Paco de Lucia e Michel Legrand.

Cada um deles também mereceria uma homenagem à parte: Paco de Lucia é talvez o maior guitarrista espanhol de flamenco; o pianista Legrand dedicou-se a trilhas de cinema – recebeu três Oscars – e liderou bandas de jazz que contavam com os maiores expoentes do gênero como Miles Davis, John Coltrane, Bill Evans e Herbie Mann.

SALVE a música!

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