quinta-feira, 31 de março de 2011

Show de Moacyr Luz em São Paulo



Nesta sexta-feira tem show do grande compositor e cantor Moacyr Luz, que será acompanhado pelo grupo Dose Certa.
Dia 01 de Abril
Às 23hs
Bar Samba
Rua Fidalga,308 - Vila Madalena, SP
Tel: (11)3819-4619

quarta-feira, 30 de março de 2011

Do Pitanga em Pé de Amora

Às vezes eu acho que sou um belo de um chato para ouvir e falar de coisas novas. O Murilo, então, nem se fala. Mas resolvi dar meus pitacos, da mais sincera maneira, sobre o grupo Pitanga em Pé de Amora, que conheci recentemente.

Trata-se de um talentoso quinteto de jovens com um trabalho 100% autoral, calcado no samba, frevo e canção. O grupo, de quebra, foi eleito pela revista Época São Paulo, em setembro de 2010 como a melhor banda nova. Ou seja, não dá para não experimentar:



Ouvida a música. Vamos às minhas considerações.
1. Desde que surgiram grupos com os nomes de Anjos do Inferno, Quatro Ases e um Coringa, Bando de Tangarás, Trio de Ouro, Galo Preto e uma dezena de outros que entraram para a história, batizar um conjunto é dificílimo. Parece que já pensaram em tudo e não cair nas obviedades de combinar "Vestido de Chita" com "Morena" ou outras expressões de alma djavaniânicas é tarefa hercúlea. Eles fizeram isso? Não sei, mas eu não gostei do nome.

2. O instrumental do grupo é muito bom. Dá pra ver que não é "vamos-se-juntar-para-fazer-um-sonzinho-lá-em-casa". Violão de seis (Diego Casas), de sete (Daniel Altman), clarinete, sax e flautas (Angelo Ursini), trompete (Gabriel Setubal) e percussão (Flora Poppovic) bem encaixadinhos. Ponto!

Olha como soa bem ao vivo:


3. A Flora Poppovic cantando é irretocável. Além de ter uma baita técnica e voz linda, a moça é bonita. Ponto!



4. Talvez seja a captação do áudio no vídeo (já que o cd que eu baixei no site do grupo veio corrompido), talvez seja o simples fato de que Diego Casas ainda não tenha a mesma desenvoltura com o microfone de Flora. O fato é que eu não entendi toda a letra do samba à Chico Buarque que o rapaz canta.



5. É Diego o principal letrista. E como ele não é o Noel Rosa, acerta em algumas, erra em outras. Eu não gosto das que tem muito "laiaraiê" e metáforas demais. Soa meio Los Hermanos demais? Talvez. Talvez seja só chatice minha mesmo.

terça-feira, 29 de março de 2011

Paulo da Portela homenageia os amigos

Grande homenagem de Paulo da Portela aos seus amigos quando os comparou a passarinhos, no samba "Coleção de Passarinhos". Bernardo foi um dos fundadores da Portela. Mano Aurélio fundou o Estácio junto com Lino (Heitor dos Prazeres), Mano Rubens e outros.



Coleção de Passarinhos (Paulo da Portela)
Quiseram me comprar
eu não vendi
uma linda coleção de passarinhos
Bernardo é Gaturama
Aurélio é Rouxinol
Lino é o Canário
Mano Rubens Curió

Quatro malandros chamados Bamba-querer
eles não comem e não bebem
não deixam ninguém comer
amanhã que vou me embora
que me dão para levar
levo penas e saudades
no caminho vou chorar

Duelo de Gigantes: Lupicínio Rodrigues X Adelino Moreira

Flávio Cavalcanti foi um dos grandes da televisão brasileira. Foi dele a genial criação do quadro "Isso deu samba", no seu programa de grande audiência.

A proposta do programa é bem simples: uma pessoa qualquer vai ao palco e conta sua história. Dois concorrentes tem, aproximadamente, uma hora para fazer um samba. Os intérpretes aprendem a composição em 10 minutos, cantam e são julgados por uma mesa, que escolhe a melhor canção.

Mas não vá pensando que eram compositores de meia pataca. Nesta ocasião, estavam ninguém menos do que Adelino Moreira, autor de "A Volta do Boêmio", e Lupicínio Rodrigues. É impressionante. Estes dois, e na minha opinião principalmente o Lupicínio, conseguem fazer em uma hora o que muitos não fazem em uma carreira inteira.



segunda-feira, 28 de março de 2011

Disco da semana: Gafieira Jazz - Paulo Moura e Cliff Korman - 2006

Sei lá porque Paulo Moura não virou uma espécie de Pixinguinha dos nossos tempos. Talento para isso ele tinha de sobra. Era considerado o maior clarinetista do mundo, pô! E o mundo, por onde ele viajou, ouviu muito mais Paulo Moura do que o próprio Brasil.

Sua obra, de mais de 40 álbuns, é pouquíssimo conhecida por aqui. Inclusive esta pérola da fusão do jazz com a música brasileira que ele gravou em 2006, quatro anos antes da sua morte, com o pianista e professor Cliff Korman.



Alma brasileira


O texto do catálogo da Rob Digital dá mais detalhes do disco:

"Gafieira Jazz é uma compilação de dois álbuns gravados na Itália, frutos da parceria entre um dos maiores instrumentistas do Brasil e um importante artista do jazz americano: Paulo Moura (saxofone/clarineta) e Cliff Korman (piano). O primeiro álbum é “Mood Ingênuo: Pixinguinha Meets Duke Ellington”, que nasceu de um sonho de Paulo no qual os compositores Pixinguinha e Duke Ellington – que nunca se conheceram na vida real – se encontravam e dialogavam por meio da música. Em "Gafieira Jazz", encontra-se a tradução que Paulo e Cliff fizeram, em Duo, deste suposto diálogo entre os dois compositores. No segundo álbum, “Gafieira Dance Brasil”, Paulo e Cliff formaram um quinteto junto aos músicos David Finck (baixo), Paulo Braga (bateria) e Mestre Zé Paulo (cavaquinho), e tocaram clássicos em que o ouvinte desfruta dos mundos paralelos das gafieiras e do improviso jazzístico."

Faixas
1. Alma brasileira
2. Mulatas
3. 1x0
4.Tarde de Chuva
5. Manhã de Carnaval
6. Pedacinhos do Céu
7. Noites Cariocas
8. Sozinha
9. Saxofone, porque choras


Baixe este disco no Um que Tenha. Veja vídeos, fotos e um riquíssimo material sobre Paulo Moura no site oficial.

sexta-feira, 25 de março de 2011

O melhor da Virada

Nem bem saiu a programação completa da Virada Cultural em São Paulo, que acontece nos dias 16 e 17 de abril, e o Vermute com Amendoim já selecionou as melhores atrações para quem quer curtir especialmente música brasileira de qualidade.

Dá uma ligada:
Palco Barão de Limeira
00h - Dominguinhos
02h - Genival Lacerda

Palco República
08h - Monarco
10h - Riachão

12h - Paulo Miklos e Quinteto em Branco e Preto: Noel
18h - Paulinho da Viola e Orquestra de Cordas de Curitiba

Palco Líbero Badaró
19h - Chico Pinheiro
13h - Rumpilezz


Piano na Praça
20h - Carlos Roberto de Oliveira (Pixinguinha)
22h - Silvia Molan (Villa Lobos)
02h - Caio Muniz (Dorival Caymmi)
12h - Ogair Junior (Noel Rosa)
14h - Julia Tygel (Cartola)
18h - Lucila Novaes (Ari Barroso)

Centro Cultural São Paulo
(Rua Vergueiro, 1000 - Paraíso, ao Lado do Metrô Vergueiro)
Sala Adoniran Barbosa
1. das 21h às 22h40 - Gafieira Paulista e Tereza Gama
2. das 23h à 01h40 - Orquestra Lira Latina
3. 01h - Opalas - Gerson King Combo e Lady Zu
4. 18h - Fred Wesley and the New JBs

Sesc Belenzinho
(Rua Padre Adelino, 1.000 Belenzinho)
21h - Virgínia Rosa Canta Clara Nunes
21h30 - Monarco e o Convidado Oswaldinho da Cuíca
00h - Banda Black Rio com Participação de Carlos Dafé, Renato Piau e Max B.o.


Sesc Pompeia
(Rua Clélia, 93)
00h - Rei do Baião

Sesc Ipiranga
(Rua Bom Pastor, 822)
22h30 - Banda Mantiqueira e Mônica Salmaso

Sesc Consolação
(Rua Dr. Vila Nova, 245)
Por toda a Virada - Vira Nordeste
20h - Lia de Itamaracá
22h30 - Quinteto Violado Canta Jackson do Pandeiro
03h - Orquestra Contemporânea de Olinda

Sesc Pinheiros
(Rua Paes Leme, 195)
03h - Encontro de Rodas: Samba da Maria Cursi, Pagode da 27 e Kolombolo

Pinacoteca do Estado
(Praça da Luz, Nº 2)
22h30 - Samba e Gafieira - Gafieira Camisa Amarela

Confira o site oficial do evento

quarta-feira, 23 de março de 2011

Nomes de favela, por Moyseis Marques

Sempre que me perguntam sobre a nova geração do samba, deixo de lado Diogo Nogueira para exaltar Moyseis Marques. O cara, pra quem ainda não conhece, é bom compositor e cantor. E, deixando a vaidade de lado, fez um clipe com uma música que não é dele, o que eu achei bem bacana.

"Nomes de favela", composto pelo gênio Paulo Cesar Pinheiro foi gravado originalmente em 2003 no álbum "Lamento do Samba". Depois, Moyseis adotou o samba para seu disco de estreia, o "Moyseis Marques", de 2007.

terça-feira, 22 de março de 2011

Saudando o Império do Marangá

Por motivos de força maior o disco "Orgia de Samba" será o disco da quinzena e ficará esta semana aí no canto. O que não chega a ser um grande problema, certo?

Peço licença ao Vinicius Terror, do bom blog Receita de Samba, para colocar aqui a seleção de sambas enredo da escola, que o mesmo fez, sobre a escola Império de Marangá. Para quem gosta deste tipo de samba especificamente, vale muito a pena baixar. Melhor ainda é que junto vem as letras dos sambas.

MPÉRIO DO MARANGÁ - 1973
Os Imortais da Música - Aquarela do Brasil


IMPÉRIO DO MARANGÁ - 1977
Lendas do Arco-Íris

IMPÉRIO DO MARANGÁ - 1978
Salamanca do Jarau

IMPÉRIO DO MARANGÁ - 1980
Brasil, Terra do Amor

IMPÉRIO DO MARANGÁ - 1981
Dos Balões aos Aviões

IMPÉRIO DO MARANGÁ - 1982
Lágrimas

IMPÉRIO DO MARANGÁ - 1983
A Coroa do Rei não é de Ouro, nem de Prata

IMPÉRIO DO MARANGÁ - 1984
Águas Lendárias

Pra baixar direto é aqui.

quinta-feira, 17 de março de 2011

Você conhece o Bolão?

Dica da Silvia Fernandes

No final da tarde de hoje fui surpreendido pela seguinte pergunta: "Você conhece o Bolão?". Pensei um pouco e respondi que não. Em seguida foi me explicado que trata-se de um seresteiro de Piracicaba. Fui direto ao youtube e procurei pelo cantor de nome engraçado. Fiquei boquiaberto logo após Bolão entoar os primeiros versos. Que voz! Que intérprete sensacional!



Homenagem ao Trio de Ouro em São Paulo



Onde: Teatro Zanoni Ferrite (Capacidade: 204 lugares)
Endereço: Av. Renata, 163 – Vila Formosa – São Paulo/SP
Acessibilidade: Acesso Universal
Quanto: GRÁTIS
Dia: Quinta-feira
Horário: 20h
Temporada: 17 de Março de 2011
Gênero: Samba, Bolero, Samba-Canção
Mais informações: Tel. (11) 2216-1520

quarta-feira, 16 de março de 2011

A receita para virar casaca de neném

Nada melhor do que quem participou do processo de composição de um samba contar como ele nasceu. É exatamente isso que faz Cyro Monteiro, o Formigão, neste vídeo.

Em um programa levado ao ar em 1973, Cyro aparece sentado em uma mesa ao lado de Elke Maravilha (eu nunca imaginei que a Elke tivesse sido tão bonitinha), Carminha Mascarenhas, Sergio Cabral (o pai, claro) e Lucio Alves. Neste trecho conta a história do curioso samba "Ilmo Cyro Monteiro", de autoria do gênio Chico Buarque, que depois ganhou o segundo título: "Receita para virar casaca de neném". Eu nunca tinha entendido este apelido que a música ganhou e o Formigão explica.


Ouça aqui a música gravada pelo próprio Chico Buarque no disco "Chico Buarque de Hollanda Vol. 4", de 1970:
Ilmo Cyro Monteiro

terça-feira, 15 de março de 2011

Como sofre um homem respeitador!

Como sofre um homem respeitador! É disso que fala o samba "Aliança de Casada", composto por Alvaiade em meados da década de 1940. Ouça a versão disponibilizada pelo blog Coisa da Antiga, interpretada por Ciro Monteiro

Aliança de Casada


Não zombe, que eu falo no seu ouvido
Se eu falar um minuto é um perigo
Se até hoje ainda não disse nada
É respeitando a sua aliança de casada

Como sofre um homem respeitador
Ah, se eu não sou eu perdia até o valor
Mas o culpado sou eu em ser tão direitinho
Mas agora eu aviso não deixe o ouvido no caminho

Vejam só, naquela época os homens já tinham que se segurar por causa da mulherada. Que samba Alvaiade faria se vivesse nos dias de hoje?

Disco da semana: Orgia de Samba - Paulo Marquez - 1958

Ultimamente tenho feita longas incursões em um que considero o melhor blog para baixar discos de samba, o Prato e Faca. Foi de lá que retirei o primeiro LP deste cantor mineiro, que se chamava José Marquez, mas (sabe-se lá por qual razão) usou o nome de Paulo Marquez. "Orgia do Samba" foi lançado em 1958, época em que orgia não carregava o peso do significado de uma festa sexual, mas sim de festejo, comemoração, noitada.


Bem aos moldes de disco de samba dos anos 50, isso quer dizer com uma voz destacada, e arranjos orquestrados pelo regional de Canhoto (que tem uma sanfoninha marota!), o disco da Columbia é peça rara em sebos e lojas. Quanto a Paulo Márquez, nascido em 1928, ao que consta continua vivo. Uma pena o Brasil ter esquecido esta figura da nossa MPB

Lado A
01 – Orgia – Fernando Cesar e Nazareno de Brito
02 - Lá vem a Baiana – Dorival Caymmi
03 - Madame Fulano de Tal – Cyro Monteiro e Dias da Cruz
04 - Boca de Jacaré – Zé Violão
05 – Semente – J. Santos
06 - Sonho e Realidade – Castro Perret

Lado B
01 - Morena Boca de Ouro – Ary Barroso
02 - Não vá por Mim – Zé Violão
03 - Deixa de Bobagem – Carlito Gato de Botas
04 - Dois Amigos – Horondino Silva e Del Loro
05 - Calouro em Amor – Zé Violão
06 - Seu nome tem Silva Lessa – Helio Nascimento e Niquinho

Orgia


Madame Fulano de tal




Baixe no Prato e Faca

segunda-feira, 14 de março de 2011

Gudin no Studio 184

Nesta terça-feira, dia 15/03, o compositor Eduardo Gudin participa do projeto Diário do Cidadão, gravando seu depoimento, no Studio 184.


Teatro Studio 184
Praça Franklin Roosevelt, 184
Consolação, São Paulo - SP
20h
Grátis
11-3259-6940

sexta-feira, 11 de março de 2011

Homenagens a Chico Santana

Você passou a sexta-feira inteira pensando no que vai fazer amanhã. Bom, se você está em São Paulo, já tem o que fazer. É que vai rolar mais uma das homenagens ao centenário de Chico Santana, desta vez no Clube de Várzea Anhanguera.

Comandada pela galera do Glória ao Samba, a roda promete ser de primeira. A entrada é gratuita, o que torna o evento ainda mais democrático. O clube fica na Rua dos Italianos,1261 - Bom Retiro e a bagunça começa às 14:00h

Para conhecer uma bela parte da obra de Chico Santana, visite o site Samba Falado, com letras de composições dele.

Seguem as datas das próximas homenagens a este mestre. Agendem !!!
25/06 - Terreiro de Mauá (São Paulo)
23/07 - Terra Brasileira (São Paulo)
13/08 - Projeto Resgate (Rio Grande do Sul)
(a definir) - Jequitibá (São Paulo)
24/09 - Mês de Aniversário de Chico Santana e a Roda de Samba de Encerramento, que acontecerá no Rio de Janeiro.

quinta-feira, 10 de março de 2011

Ode à Cuíca

O post de hoje é em homenagem ao amigo Rogério Noia da Cruz, poeta e cuiqueiro de primeira. O poema que segue se encontra no livro "Vida Versada em Samba e Soneto". Noia, os cuiqueiros te agradecem.















Ode à Cuíca
Rogério Noia da Cruz

Sou poeta,
Não sou instrumentista,
Embora insista em fazer samba-canção.
Confesso:
Já tive queda por viola,
Arrisquei ter um piano
E tentei o violão
No tamborim, me perdi com a baqueta;
Já no pandeiro,
Minha ginga se deitou ao rés-do-chão.
Sonhei com o sax,
Flauta doce e cavaquinho
E, na banda da escola,
Fiz esforço no piston.
Meu pai sabia,
Como mestre, o maxixe,
No sopro triste
Do seu acordeom.
Mas, foi nas letras
Que me vi mais à vontade,
Embora com vontade
De fazer surgir meu próprio som.
Um dia desses passados
Era meu aniversário
E de tanto insistir
Tive por prenda uma cuíca
De couro bem curado
E um luzente prateado
Que sorria ao refletir
Meu rosto pasmo.
Embasbacado,
Por finalmente ter encontrado
Um som gêmeo de mim.
Chora cuíca, chora
O que a minha escrita não consegue definir.
Grita cuíca, grita
O meu grito engasgado,
Por tantos descasos
Que me fizeram sentir...
Rasga o verso no samba rasgado
E ronca por fim;
Ronca cuíca, ronca,
Pois, quando teu couro estiver cansado,
O meu corpo estará extasiado
E será hora de dormir.

quinta-feira, 3 de março de 2011

O carnaval por Claudio Edinger

Arte é muito cara no Brasil. Uma vez em Nova York, visitei o famosíssimo sebo Strand e por míseros nove dólares, comprei um livro de carnaval de Claudio Edinger. Na boa, em Terra Brasilis, esta pérola não sairia por menos de 50 pratas. Veja algumas fotos que estão no livro de Edinger:









Visite o site do fotógrafo

quarta-feira, 2 de março de 2011

Entrevista com Paulo César Pinheiro

Na época do lançamento da biografia de Paulo César Pinheiro, ele e a autora Conceição Campos concederam uma entrevista à jornalista Elisabete Pacheco. Assiste aí:





terça-feira, 1 de março de 2011

Feliz aniversário, Rio de Janeiro!

Hoje o Rio de Janeiro completa 446 anos. E o Vermute com Amendoim, debitário de grande parte da produção musical da Maravilhosa, faz sua homenagem com duas versões da música "Cidade Mulher", que Noel Rosa (sempre ele) compôs junto com Vadico, em 1936, para o filme de mesmo nome.

A primeira interpretada por Orlando Silva


A segunda cantada pelo grande Moacyr Luz:


Cidade de amor e aventura
Que tem mais doçura
Que uma ilusão

Cidade mais bela que o sorriso,
Maior que o paraíso
Melhor que a tentação

Cidade que ninguém resiste
Na beleza triste
De um samba-canção

Cidade de flores sem abrolhos
Que encantando nossos olhos
Prende o nosso coração

Cidade notável,
Inimitável,
Maior e mais bela que outra qualquer.
Cidade sensível,
Irresistível,
Cidade do amor, cidade mulher.

Cidade de sonho e grandeza
Que guarda riqueza
Na terra e no mar

Cidade do céu sempre azulado,
Teu Sol é namorado
Da noite de luar

Cidade padrão de beleza,
Foi a natureza
Quem te protegeu

Cidade de amores sem pecado,
Foi juntinho ao Corcovado
Que Jesus Cristo nasceu

Cidade notável,
Inimitável,
Maior e mais bela que outra qualquer.
Cidade sensível,
Irresistível,
Cidade do amor, cidade mulher.

Chorando mundo afora

Antes de começar a ler o post abaixo, ligue as caixinhas do computador e ouça a música do player abaixo.



Definitivamente, o chorão de maior sucesso que o Brasil produziu chama-se Waldir Azevedo. Era inclusive o que mais vendia. No entanto, "Delicado" alcançou um nível de sucesso estrondoso. Em uma de suas viagens pelo Oriente Médio, onde fazia uma turnê, encontrou uma caixinha de música que a executava quando aberta.

Muitos produtos pegaram carona no sucesso:

A marca Risqué lançou dois esmaltes, o "Delicado" e o "Brasileirinho".


A reconhecida marca de chocolates suíços Lindt também entrou na onda do sucesso do chorinho.


Outra empresa suíça que também estampou "Delicado" em suas embalagens foi a Sugus. Esta, chegou a ser comercializada no Brasil.


Enfim, graças ao seu enorme reconhecimento, encontramos algumas versões geniais.





E outras nem tanto...





As imagens foram tiradas do site do Waldir Azevedo.

Disco da semana: Sassaricando - E o Rio inventou a marchinha - 2007

O Carnaval finalmente está chegando. E para quem prefere a festa democrática das ruas ao desfile excludente da Sapucaí e do Anhembi, nada melhor do que deliciar-se com as velhas, mas ainda boas, marchinhas. E para não ficar só nos hist "Alalaô", "A Pipa do Vovô", "Cabeleira do Zezé" e outros que, convenhamos, já cansaram o ouvido do bom folião, a historiadora Rosa Maria Araújo e o jornalista e crítico Sérgio Cabral criaram o melhor registro das marchinhas carnavalescas.


"Sassaricando - E o Rio inventou a Marchinha" reúne 100 músicas do carnaval, alguns hits como "Bandeira Branca", de Max Nunes e Laércio Alves, e algumas pouco conhecidas, como "Não sou Manoel", de Roberto Martins e Wilson Batista. Um ótimo disco para entrar no clima.

Bandeira Branca


Não sou Manoel



Baixe este álbum duplo no Um que Tenha
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