sexta-feira, 5 de agosto de 2011

A quem nos lê

O Vermute estava partindo para seu quarto ano. Foram quase mil posts exaltando o samba e todo o universo em volta dele. Falamos dos grandes nomes, de gente pouco conhecida, de coisas que nem nós imaginávamos falar.

Esta longa jornada foi um prazer para este que vos escreve e, certamente para o Murilo, meu irmão e parceiro de batucadas. Aprendemos muito do mundo em que a poesia nasce no morro.

Mas uma caminhada longa é cansativa e por isso o Vermute com Amendoim faz uma pausa para refletir, pensar nos novos caminhos e, quem sabe (e eu espero realmente isso), voltar com força total.

Nelson Sargento disse que o samba agoniza, mas não morre. Durante estes três anos e muito, batalhamos para ser mais um dos que faz o samba viver como imaginamos que tem que ser. E Vermute com Amendoim ainda não morreu. Como o samba.

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Disco da Semana: Saudades de Princesa




"Saudades de Princesa traz composições de Francisco Soares, o Canhoto da Paraíba, um dos legítimos mestres da cultura musical deste país. No disco, sua obra chega pelas mãos de um trio de cordas brasileiras, de sonoridade contemporânea e estética musical estilizada, oferecendo uma visão camerística para esse sofisticado conjunto de peças selecionadas [...]"

1. COM MAIS DE MIL
2. GAGUEJANDO
3. SAUDADE DE PRINCESA
4. O GRITO DE MESTRE SÉRGIO

5. MEMÓRIA DE SEBASTIÃO MALTA
6. CHORO NA MADRUGADA (ATÉ VELHO DANÇA)
7. REENCONTRO COM PAULINHO
8. ENTRANDO NA BOSSA
9. VISITANDO O RECIFE
10. LOURDINHA
11. TEM DÓ
12. GLÓRIA DA RELÂMPAGO

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Pitanga em Pé de Amora

Com atraso, apresento-lhes o terceiro ganhador do cd do Pitanga em Pé de Amora. Parabéns Julie Emanuelle!

Obrigado a todos que participaram e até a próxima!

A Origem do Samba

Se você frequenta esse blog e ainda não descobriu a origem do samba, não assista esse vídeo da extinta TV Colosso. Mas se você já conhece feras como Sinhô, Ismael Silva, Cartola e outros bambas, aí sim, dá pra rir com o famoso Jaca Paladium:


Dica de @mairatanaka

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Anhanguera dá Samba com Ary do Cavaco


Carioca de São João de Meriti, Ary ingressou na Ala dos Compositores da Portela em 62 e, em 71, compôs o histórico samba enredo Lapa em Três Tempos, gravado no ano seguinte por ninguém menos que Paulinho da Viola. Ary foi cantado por vários grandes nomes, entre eles Elizeth Cardoso, Bezerra da Silva, Jair Rodrigues, Zeca Pagodinho, Almir Guineto e Originais do Samba.

Embora seja um sambista completo, Ary do Cavaco destila maestria impactante no partido alto! Nas décadas de 70 e 80 encabeçou vários discos especificamente de partido, que fizeram grande sucesso. Algumas de suas músicas que caíram na boca do povo são Na Beira do Mangue, Mordomia, Batido na Palma da Mão, Malandro Rife e Reunião de Bacana

Reunião de Bacana

quarta-feira, 20 de julho de 2011

terça-feira, 19 de julho de 2011

Ginga do Mané - Lançamento

Podem até achar que só se faz choro no Rio ou em São Paulo. Podem pensar que os outros estados não mantém a mesma relação com a música brasileira que, querendo ou não, ganhou corpo no Sudeste. Podem até pensar. Mas nosso emissário do samba em Floripa, Artur de Bem, manda notícias. E elas dão conta do lançamento do primeiro Cd de um dos principais grupos de choro de Florianópolis, o Ginga do Mané.

Um álbum de choros autorais, chorados em Santa Catarina. O nome do grupo faz uma alusão dúbia a uma das mais famosas composições de Jacob do Bandolim, A Ginga do Mané, e ao apelido dos nascidos na ilha de Florianópolis, os manezinhos.



Ernesto chorando na Polca


Ginga do Mané - Lançamento do primeiro CD
Dia 21 de julho, quinta-feira, às 21h
Teatro Álvaro de Carvalho

Dia 22, sexta, às 21h
Mercado Público de Itajaí.

Entrada: R$ 10
Os ingressos podem ser adquiridos no Empório Mineiro (Lagoa da Conceição), no TAC, com Raphael Galcer (48.9904-2281) ou Cristovam Thiago (48.9948-6832).

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Disco da semana: Conjunto Baluartes - Nira Gongo


Olha só os cobras que integram o Conjunto Baluartes, que lançou o disco Nira Gongo em 1976: Eliseu, Luna, Mestre Marçal, Dotô, Marçalzinho e Toninho. Esse disco é realmente uma aula do que é uma boa cozinha de samba.


Músicas:
1 - Por favor (J. Ananias - José Bispo ''Jamelão'')
2 - Sai encosto (Marimbondo - J. Canseira)
3 - Nira Gongo (Os Baluartes)
4 - Quando eu me lembro (Hélio Nascimento)
5 - Andarilho (Padeirinho)
6 - Não é não é (Walter Rosa - Redvaldo)
7 - Ausência de paz (Pequeno Tony - Gugu)
8 - Tiradentes (Mano Décio da Viola - Penteado - Estanislau Silva)
9 - Samba do trabalhador (Darci da Mangueira)
Chegou mais um (Darci da Mangueira)
10 - Conflito (Pedro Santos)
11 - A nova Mangueira (Padeirinho)

Baixe esse disco no Prato e Faca.

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Noel Rosa na animação

Fiquem com a abertura do Prêmio da Música Brasileira 2011. A animação foi feita por Valu Animation Studios para o homenageado da noite, o primeiro da lista na minha opinião, Noel Rosa.


O samba, Malandro Medroso, é de 1930 e foi gravado pelo próprio Noel no lado B de um disco de 78 rotações.

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Cd´s do Pitanga em Pé de Amora

Olha aí pessoal, depois de muito tempo vem aí mais uma promoção do Vermute. Eis que temos três CD´S do "Pitanga em Pé de Amora".

Um será para os seguidores do twitter, um para quem curte a página do Vermute no Facebook e, finalmente, um para os leitores do blog.
Vejam as regras:

- Para o Twitter (entre os dias 13 e 15) :
Basta dar um RT no tweet referente à promoção.

"O vai sortear 3 Cd´s do . Para concorrer ao primeiro, basta dar RT! "

- Para o Facebook (entre os dias 18 e 20):
Basta curtir a página e o post referente à promoção.


- Para o blog (até o dia 22):
Basta comentar com seu nome e e-mail neste tópico.

É isso aí simples assim.

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Disco da Semana: Áurea Martins - De Ponta Cabeça


Descuido! Essa é palavra certa para justificar a ausência de um grande nome da nossa música neste blog. Mas em tempo, nos redimimos, e damos o merecido destaque a cantora Áurea Martins.

E também não era para menos. Em "De Ponta Cabeça", Áurea é a voz de ninguém menos que Hermínio Bello de Carvalho. Dele e de seus variados parceiros. Aos 70 anos, este é apenas o quarto disco desta cantora firme, de voz característica e afinada. Áurea mostra que além de tudo é versátil, vai do samba ao bolero sem titubear em uma só nota.

Isso que é viver (Pixinguinha / Hermínio Bello de Carvalho)


Músicas:
1. Me diz, ó Deus (Moacyr Luz / Hermínio Bello de Carvalho)
2. Judiarias (Vital Lima / Hermínio Bello de Carvalho)
3. Sete Dias ( Moacyr Luz / Hermínio Bello de Carvalho)
4. Acho que é você ( Paulo Valdez / Hermínio Bello de Carvalho)
5. Bola no bola (Vidal Assis / Hermínio Bello de Carvalho)
6. Isso que é viver (Pixinguinha / Hermínio Bello de Carvalho)
7. Era o fim (Fernando Temporão / Hermínio Bello de Carvalho)
8. Quando o amor acaba (Moacyr Luz / Hermínio Bello de Carvalho)
Só o amor constrói (Moacyr Luz / Hermínio Bello de Carvalho)
9. Zoeira (Moacyr Luz / Hermínio Bello de Carvalho)
10. Cobras e lagartos (Sueli Costa / Hermínio Bello de Carvalho)
11. Desapreço (Cláudio Jorge / Hermínio Bello de Carvalho)
12. Via Crucis (Vidal Assis / Lucas Porto / Hermínio Bello de Carvalho)
13. Penúltimo desejo (Vidal Assis / Hermínio Bello de Carvalho)
14. Pressentimento (Elton Medeiros / Hermínio Bello de Carvalho)
Mas quem disse que eu te esqueço (Ivone Lara / Hermínio Bello de Carvalho)

Baixe aqui.

A melhor canção de 2010

Quem não viu o Prêmio da Música Brasileira de 2011, poderá conhecer um pouco mais dos ganhadores aqui no Vermute com Amendoim. Quem já viu, pode se deliciar novamente com as coisas boas que foram premiadas.

A primeira delas é a melhor canção. Composta dor Mauro Diniz e Monarco e interpretada por Zeca Pagodinho, o samba "Dolores e Suas Desiluções" desbancou "Baila no Ar" de Dona Ivone Lara, Délcio Carvalho e André Lara, gravada no disco Bodas de Coral no Samba Brasileiro e "Procissão da Padroeira", de Guinga e Paulo César Pinheiro, cantada por Ilana Volcov no disco Bangüê.

Dolores e Suas Desiluções


Para ouvir Ainda Baila no Ar, clique aqui

Procissão da Padroeira


E aí, na sua opinião o Prêmio foi bem dado?

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Amigo é pra essas coisas

A correria está muita, mas ainda há tempo para compartilhar este lindo vídeo que vi há pouco. João Nogueira e Emilio Santiago cantando "Amigo é pra essas coisas"

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Vale e Noel Rosa

Veja este comercial da Vale exaltando o primeiro grande gênio da nossa música popular: Noel Rosa



E aí, vale?

quarta-feira, 6 de julho de 2011

O samba hoje

Hoje, li um texto que é quase que um documento sobre a história recente do samba. Principalmente aqui em São Paulo. Saiu no O Couro do Cabrito, do amigo Piruca. É de emocionar!

O samba hoje
Por André Carvalho

Quem são estes sambistas que fazem de seus cavacos, violões e pandeiros, suas próprias vidas? O passado de glória do samba brasileiro ilumina, o presente se enfeita de melodias e um ritmo pulsante e o futuro promete cada vez mais luz à nossa maior manifestação artística e cultural.

Estamos no início da década de 10 do século XXI. Lá se vão muitas décadas desde que a turma do Estácio de Sá resolveu sincopar ainda mais o ritmo sincopado que já esquentava os bailes da cidade do Rio de Janeiro. Era maxixe, música com forte herança europeia. Era música de salão, tocada com piano e muitos instrumentos de sopro. Era um samba muito branco, europeu. Com a batucada africana, as cordas ibéricas, o pandeiro árabe e os chocalhos indígenas, um novo samba se fez. Até hoje, é esse samba que sambamos.

Veio a Era de Ouro do rádio, os instrumentos de batucada invadiram os estúdios e as rádios. Os conjuntos regionais, muitas vezes com uma batucada de Escola de Samba cheio de peso conquistou o Brasil. O tempo passou, veio o bolero, a bossa nova, o rock e o ieieiê. O samba saiu da mídia. Mas permaneceu sendo feito nos lares, bares e esquinas. Nos vagões de trem, ao voltar do batente, muitos sambistas fizeram grandes páginas de nosso cancioneiro.

Nunca morreu, nem tampouco agonizou, como certa vez se cantou. Nos anos 60, valorizou-se o sambista novamente. Foi com Martinho, Paulinho e Clara que voltou às paradas de sucesso. Altos e baixos nas décadas seguintes. Anos 80 e 90 foram de sombra para o sambista que almejava seguir a linha de um samba estaciano, com as características que foram moldadas ao longo de algumas décadas.

Se o Cacique de Ramos introduziu novos instrumentos, alterou a síncope e apresentou novos nomes, isso é uma outra história. Afinal, o samba é dinâmico e flexível. O que é importante ressaltar é que o samba "velho", "duro", carioca do Estácio de Sá, sobreviveu às modernidades. Não, ele não foi substituído pelo samba do Cacique, coexistiu, sobreviveu e hoje está aí, mais firme que qualquer o "outro", moda nos anos 80. A moda passa.

Nos anos 90, a agonia ocorria nos meios fonográficos, mas em São Paulo se iniciou a retomada. "Mutirão do Samba", "Projeto Nosso Samba", "Samba da Vela"... Depois o "Morro das Pedras" e tantas coisas boas que vieram na esteira. Na roda de samba, o ritmo vivia.

Era o samba, novamente esquentando corações. Melodias ricas como as de portelenses como Paulo da Portela, Alcides, Aniceto, Manacéa, Mijinha, Alvaiade. Cartola, Carlos Cachaça, Zé Ramos, Nelson Cavaquinho, Nelson Sargento da Mangueira. Silas, Mano Décio e Mestre Fuleiro. Anescar, Noel Rosa de Oliveira (não confundir com o xará de Vila Isabel). Os professores Edgar, Rubens, Ismael, Nilton e Noel da Vila.

Eram eles que voltavam à boca do povo. E no Rio, o processo acontecia com o renascimento da Lapa, ainda que lá envolvesse dinheiro, bares descolados e uma aparelhagem técnica à la Woodstock. A "nova Lapa", no entanto, apesar de renascer assim, nos trouxe ótimos nomes: Teresa Cristina, Alfredo Del Penho, Pedro Paulo Malta, Pedro Amorim, Pedro Miranda, entre outros.

Mas foi em São Paulo, no ano de 2007, que tudo mudou. O ano começou com um show no Teatro Fecap. Li no jornal: "Terreiro Grande, grupo formado por ex-integrantes do Grêmio Recreativo de Pesquisa e Tradição Morro das Pedras, acompanha Cristina Buarque neste espetáculo do Teatro Fecap". Tomei um susto. Não sabia que o Morro tinha acabada, não sabia que o Terreiro seria a semente das mudanças que viriam daí pra frente.

O show, divinal. O disco, aquele de capa azul com um tamborim, de foramato francamente anticomercial, despertou paixão Brasil afora. Em várias cidades, o "samba de terreiro" (algo ainda mais restrito e específico que o "samba de raiz") ganhou força: Porto Alegre, Uberlândia, Santos, Rio e claro, São Paulo em suas dezenas de quebradas.

Era a era romântica. Presenciar uma roda do Terreiro Grande era uma delícia, algo mágico que levarei em minha mente até o fim de meus dias. São Paulo pulsava samba. Surgiram os @migos do samba.com, grande e representativa agremiação de sambistas de vários costados da capital paulista, que luta pela valorização do samba. Me orgulho de pertencer a este celeiro de bambas.

Foi-se o Terreiro Grande, surgiu o Batalhão de Sambistas, capitaneado pelo gogó dourado Tuco. E o samba seguia conquistando corações, mentes e almas. O disco "Peso é Peso", joia rara, que beleza!, é ouro só. Bem como seu lançamento, num sítio em Atibaia repleto de sambistas, que fim de semana histórico.

E vieram as homenagens a Chico Santana, e surgiu o Programa É Batucada!, o Bloco de Samba Pega o Lenço e Vai. Nasceu o jornal "O Amigo do Samba"...

Minhas armas foram se tornando cada vez mais letais. Colaborando com a revista Carta Capital, pude levar aos mais distantes rincões do Brasil informações sobre o disco do Tuco, do Wilson das Neves, do livro sobre o Estácio de Sá... Mais armas vieram às minhas mãos. Editando a Agenda São Paulo, no site Catraca Livre, é mais espaço pro samba!

E seguimos resistindo, na trincheira. Compondo, cantando, versando, louvando.

E salve Tia Cida, Cebola, Paulão, Laurinha, Seu Mangueira, Seu Jair e tantos bambas das antigas. E salve a nova geração, que batalha tanto! Favela e seu Anhanguera, Bigode, Timor, rapaziada de Mauá, Terra Brasileira, Glória ao Samba, Samba na Feira, Resgate, Uberlândia e todos que batalham pelo samba. Alexandre do Morro e todos aqueles que participaram deste movimento. Careca, pessoal do Batalhão de Sambistas, Douglas Germano... Aos não citados, mas não olvidados, também dou meu salve.

E avante na luta!!

terça-feira, 5 de julho de 2011

Vale do Jucá

Faz tempo que estamos querendo abrir uma seção de clipes aqui no Vermute com Amendoim. Até que encontramos um novinho, ainda quente do forno, que nos motivou a dar logo vida a mais uma das intermináveis seções deste blog sambístico.

O clipe é da música Vale do Jucá, que está no disco "Metá-Metá", de Thiago França, Kiko Dinucci e Jussara Marçal. Essa baita combinação não tinha como resultar nada diferente de muito bom. E, claro, o clipe, feito por Fernando Velázquez, veio a contento também. Vê só:

Vale do Jucá by Siba Veloso from Fernando Velazquez on Vimeo.

quinta-feira, 30 de junho de 2011

Eu, se quisesse penar...

A pedrada de hoje é uma versão de um samba bastante conhecido na voz de Cristina Buarque. "Não pode ser verdade", uma composição de Alberto Lonato foi gravada em 1976 no badalado disco "Prato e Faca" de Cristina.

Mas a gravação original está no disco "Minha Portela Querida" de 1972, em que os compositores interpretam seus próprios sambas acompanhados por ritimistas da Portela. Com você, Alberto Lonato cantando "Não pode ser verdade" (e pode ser loucura, mas eu juro que dá pra ouvir a voz da Cristina ao fundo).

Não pode ser verdade

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Terreiro de Compositores na quinta

Olha aí pessoal, acontece amanhã mais uma edição do Terreiro de Compositores. Um lugar destinado a apresentação de sambas novos.

Horário: 20:00 às 23:00 horas
Entrada: gratuita
Local: Quadra da Escola de Samba Unidos de Sao Lucas - Rua Carminha, 264, Parque São Lucas
Contato: Adriana 7228-5080 ou Ricardinho (Olaria) 98667270

terça-feira, 28 de junho de 2011

Disco da semana: O Dono das Calçadas - Galo Preto, Nelson Sargento e Soraya Ravenle


Gravar composições de algum artista "consagrado" é complicado. Imaginem então, quando o nome em questão é o de Nelson Cavaquinho. Um sambista único em quase todos os aspectos. Mas quando o negócio é feito por quem entende do riscado a chance de sair coisa boa é grande. Foi o que aconteceu lá por 2001, quando o pessoal do conjunto Galo Preto se uniram ao ilustre Nelson Sargento e a competente cantora Soraya Ravenle.

O destaque fica para as belíssimas "lado B" que o compõe o disco, como os sambas "Beija-flor" (N.Cavaquinho / Noel Silva / Augusto Thomaz Jr.), "Velho Amigo" (Nelson Cavaquinho / Paulo Cesar Feital), "Risos e Lágrimas" (Nelson Cavaquinho / Jose Ribeiro / Ruben Brandão) e o choro "Nair" (Nelson Cavaquinho).

1 – O dono das calçadas
2 – Luz negra
3 – Beija-flôr

4 – Minha honestidade vale ouro
5 – Rugas
6 – A vida
7 – Nair

8 – Velho amigo

9 – Nome sagrado
10 – Risos e lágrimas

11 – Notícias
12 – Aquele bilhetinho
13 – Meu pecado
14 – A flôr e o espinho
15 – Pranto de poeta

Baixe esse disco no Samba de Raiz.

segunda-feira, 27 de junho de 2011

As preciosas fotos de Barão

O álbum de fotos que Barão do Pandeiro mantém e abastece regularmente no Facebook é um primor. Recheado de fotos raras, imagino que do seu vasto arquivo, tem imagens capaz de deixar pesquisadores de longa data de queixo caído. Uma delas, por exemplo, a foto da famosa casa da Tia Ciata. Muito se falou e até hoje eu nunca tinha visto uma imagem de onde nasceu o samba como conhecemos. Eis, então, graças a Barão do Pandeiro, que também é autor das legendas:


Casa da Tia Ciata. Rua Visconde de Itaúna 117. Nesta casa residiu Hilária Batista de Almeida,Yakekerê do Terreiro de João Alabá,festeira e u'as das líderes da Pequena África


A Praça XI-Anos 20 (Por Augusto Malta)




Paulo da Portela,Heitor dos Prazeres,Gilberto Alves,Bide e Marçal. Esta foto histórica reúne além dos quatro compositores,um grande cantor hoje infelizmente desconhecido pela maioria das pessoas. Gilberto Alves era carioca da Saúde,grande cantor,pode ser considerado o primeiro cantor a gravar samba-enredo,por sua gravação de "Natureza Bela".



O Alufá Zé Espinguela (José Gomes da Costa), foi o organizador do primeiro torneio de Sambas (não desfile).este torneio se relizou em seu Terreiro (no Engenho de Dentro),e teve como vencedores o Grupo de Oswaldo Cruz (futura Portela),Mangueira e o Estácio. Nesta foto (dos anos 40) ele samba ao lado de Anita Othero,que era a Rainha do Bloco Sodade do Cordão



Embaixada de Sambistas Cariocas chefiada por Francisco Alves.Sp/1939.A esquerda Heitor dos Prazeres,ao centro Francisco alves. Na primeira fila: Marçal e Tibelo (Tamborins),Bide (Omelê),Lorenço da Recreio de Ramos (Afoxê),Iôiô (Cuíca) e Lázaro (Pandeiro). Ao fundo de chápeu claro,Carmen Costa.



Marçal,Francisco Alves e Bide




Brancura (Sylvio Fernandes) à esquerda,na Casa de Detenção-1932




Bide (Alcebíades Barcelos) Bide foi um mestre do samba,compositor,ritmista formou com armando Marçal u'a dupla lendária,não só nas composições como no tamborim.Autor de clássicos como,Agora é cinza,Que bate-fundo é esse,Sorrir e Barão das Cabrochas,Bide foi tambem o inventor do surdo.



Nesta foto tirada numa festa nos anos 40 se vê: João da Bahiana,Bide,Bucy Moreira,Jamelão e a frente Nélson Gonçalves.

Para acessar o álbum de Barão do Pandeiro, clique aqui

terça-feira, 21 de junho de 2011

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Disco da semana: Partido em 5 - Vol. 1 -

Olha aí pessoal, a partir de agora, voltarei a assinar a seção Disco da Semana. Preparem-se para as brasas!




"Partido em 5 - Vol. 1" é bolacha essencial. Começa pela capa, que não podia sintetizar melhor o espírito do disco. É simples, é direto e é sensacional. E como diria Candeia em uma outra oportunidade: "Não é samba de apartamento". É só pancada pesada mesmo. Mas convenhamos que com o time formado por: Candeia, Velha, Joãozinho Pecadora, Wilson Moreira, Anézio e Casquinha, não podia dar coisa ruim, não é mesmo? Se liga aí em um trecho:



Músicas
1.Lá Vai Viola(Candeia)
2.Defeito de Mulher(Velha)
3.Preta Aloirada(Casquinha)
4.Minha Preta(Anézio)
5.Linha de Candomblé(Joãozinho Pecadora)
6.A Valta(Candeia)
7.Festa de Rato não Sobra Queijo(Velha)
8.Dendeca de Brisa (Casquinha)
9.Roda de Partideiro(Wilson Moreira e Doutô)
10.Conversa Fiada(Joãozinho Pecadora)11.Maria Tereza(Anézio)
11.Maria Tereza (Anésio)

Baixe esse disco no Balanço Nostalgia Black Soul.

Tuco no Rival



Compre ingressos aqui

terça-feira, 14 de junho de 2011

Noel Rosa orquestrado

Esses dias o Murilo publicou na nossa Fan Page do Facebook um vídeo da Orquestra de Solistas do Rio de Janeiro tocando "Amor Proibido", de Cartola. Fui atrás e descobri que eles fizeram vários arranjos em homenagem ao centenário de Noel Rosa. Eis alguns dos vídeos:







Disco da Semana: Samba na medida - Walter Alfaiate - 2003

O penúltimo álbum do Mestre Walter Alfaiate foi lançado em 2003. "Samba na medida", em um trocadilho evidente com a profissão que lhe deu a alcunha no samba tem composições muito boas. A própria faixa que dá nome ao disco, de Nei Lopes, é uma delas.

Samba na medida


O disco ainda tem sambas de Mauro Duarte e Paulo César Pinheiro, o "A paixão e a jura", o samba-enredo que a Portela levou para a avenida em 1984, chamado "Conto de areia, um samba de Aldir Blanc e Cláudio Cartier, chamado "Mastruço e Catuaba".



01 - Bateram em minha porta (autoria desconhecida)
02 - Prato do dia (Felipão do Quilombo)
03 - Chapéu do compadre (Paquito e J. Santos)
04 - Isso um dia tem que se acabar (Mauro Duarte e Noca da Portela)
05 - É madrugada (Walter Alfaiate)
06 - A paixão e a jura (Mauro Duarte e Paulo César Pinheiro)
07 - Já te esqueci (Walter Alfaiate)
08 - Resignação (Mical e Miúdo)
09 - Samba na medida (Nei Lopes)
10 - Mastruço e Catuaba (Claudio Cartier e Aldir Blanc)
11 - Contos de areia (Dedé da Portela e Norival Reis)
12 - Meu Botafogo querido (Altamiro Freitas) / Lugar onde eu nasci (Diógenes)/ Quem não conhece esse ritmo quente (Pica fumo e Bagulho)

Baixe no Prato e Faca

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Geraldo x Satã

A morte de Geraldo Pereira é rodeada de mistérios e versões. Uma delas é de que ele teria se envolvido em uma briga com o lendário malandro Madame Satã. Aliás, versão essa que é contestada na entrevista do sobrinho neto de Geraldo, Valmir Araújo em entrevista ao pessoal do É batucada. Entretanto o próprio Madame Satã confirma a existência do arranca-rabo, e diz inclusive, que derrubou Geraldo em entrevista ao Pasquim.

Achei no youtube um pequeno clipe sobre este pôlemico episódio. Parece que foi feito para uma peça de teatro. Não achei muitas informações sobre o contexto do material. Alguém aí sabe?

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Wilson Moreira, Dona Inah, Nelson Sargento e Agenor de Oliveira - RJ


WILSON MOREIRA CONVIDA NELSON SARGENTO, DONA INAH E AGENOR DE OLIVEIRA
QUANDO: Sábado, 11 de junho, a partir das 14h
ONDE: Centro Cultural Solar Wilson Moreira (Rua Barão de Ubá, 46, Praça da Bandeira)
QUANTO: R$ 10 (estudantes, maiores de 65 anos e portadores de deficiência pagam meia-entrada, R$ 5)
RESERVAS E INFORMAÇÕES: (21) 7666.7207 e 7168.0078

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Disco da Semana: Patápio Silva - Patápio Silva - 1984

Pouquíssima gente conhece o lendário flautista Patápio Silva. Muito, mas muito mesmo, menos pessoas do que ele e sua obra mereciam.



Primeiro amor


Copio, com alma lavada e cara deslavada, o texto publicado pelo site da Funarte, para falar deste lindo disco do Patápio:

"Patápio foi, sem contestação, um compositor e um instrumentista de raro talento. Nas suas obras encontramos a síntese de sua vida, um equilíbrio perfeito pouquíssimas vezes igualado.

Com sua flauta criou uma linguagem que sintetizou os vários estilos de música que conhecera: a música de concerto, a música de salão, as músicas das praças, das retretas das bandas, do espírito carioca do choro. Infelizmente, hoje, passados quase 80 anos de sua morte, grande parte de suas composições encontram-se perdidas.

Este LP contribui para um renascer de Patápio, resgatando algumas de suas composições, de um mais vasto conjunto de obras do qual se tem apenas vagas notícias, e que é de quase impossível restituição pela total inexistência de fontes sobre o artista e sua vida, “nessa época praticamente sepulta da música brasileira”, como acentuou o cronista Tárik de Souza."

Para os mais tarados, anexo também imagens do encarte do disco:


Lado A
1. Primeiro Amor – Altamiro Carrilho e Luizinho Eça
2. Margarida – Altamiro Carrilho e Luizinho Eça
3. Evocação – Altamiro Carrilho e Luizinho Eça
4. Sonho – reedição Altamiro Carrilho e Alceo Bocchino
5. Serata d’amore – reedição Altamiro Carrilho e orquestra
6. Oriental – Altamiro Carrilho

Lado B
1. Volúvel – Galo Preto
2. Polca – Galo Preto participação especial Beto Cazes
3. Joanita – Galo Preto participação Maurício Carrilho
4. Sabão – Banda do Corpo de Bombeiros do Estado do Rio de Janeiro
5. Amor Perdido – Banda do Corpo de Bombeiros do Estado do Rio de Janeiro
6. Beija-flor – Banda do Corpo de Bombeiros do Estado do Rio de Janeiro

Baixe este disco aqui.
Para mais informações, acesse o site da Funarte

terça-feira, 7 de junho de 2011

É batucada Vol.3

A vida fora do Vermute com Amendoim anda na velocidade da luz. É por isso que o disco da semana AINDA não pintou por aqui. Mas hoje dá tempo de eu falar de um projeto muito bacana que o pessoal do Samba de Terreiro de Mauá está organizando: o programa É Batucada!

No seu terceiro episódio, o programa leva sempre uma fera para debater o samba. O entrevistado da vez é o sobrinho-neto de Geraldo Pereira, mais conhecido por Professor Valmir Araújo. Além do peso na árvore genealógica, Valmir também carrega os títulos de pesquisador, coordenador e presidente do Centro de Artes Geraldo Pereira, no Rio de Janeiro. Confiram!!!

Entrevista com Valmir Araújo - parte 01 from É Batucada on Vimeo.



Entrevista com Valmir Araújo - parte 02 from É Batucada on Vimeo.



Visite o blog do É Batucada

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Mestre Leopoldina, o último bom malandro

Separe aí uma hora do seu dia para assistir este documentário sensacional sobre o Mestre de capoeira Leopoldina. Um capoeirista e malandro à moda antiga. Não foi a toa que Leopoldina cunhou a seguinte frase: "a capoeira é a maçonaria da malandragem!"

Dica valiosa do Helcio Barbosa.









quinta-feira, 2 de junho de 2011

Show: LUZES DA MESMA LUZ – EDUARDO GUDIN E FÁTIMA GUEDES



Local: Memorial da América Latina (Auditório Simón Bolívar)
Telefones: 11.3823.4758 e 11.3823.4768
Preço: R$ 15,00 (inteira)

quarta-feira, 1 de junho de 2011

O Amigo do Samba - Edição de Lançamento

Gostaria de comunicar que hoje, nasce de forma oficial, um projeto que já vem sendo desenvolvido há pelo menos 3 meses. Trata-se do jornal "O Amigo do Samba". Idealizado e desenvolvido pelo Movimento Cultural @migosdosamba.com, será uma publicação bimestral e, por enquanto, digital. O Vermute com Amendoim, em parceria com O Couro do Cabrito tem o orgulho de lançar este novo e importante espaço de divulgação do nosso samba, em primeira mão. Leia, baixe, critique e espalhe por aí. Vamo que vamo!

Clique aqui para baixar.

Disco da Semana: Fala, Meu Povo - Roberto Ribeiro - 1980

O disco abaixo é cheio de feras. Nas composições tem Nelson Rufino, Paulo César Pinheiro, Mauro Durate, Monarco, Wilson Moreira, Nei Lopes e Mano Décio. Na execução tem Wilson das Neves, Clara Nunes, Marçal, Luna, Joel Nascimento e Wagner Tiso.



É o décimo LP gravado por Roberto Ribeiro. O disco teve uma reedição em CD em 1999, mas já está fora de catálogo. Mais um que ninguém pode falar nada sobre o fato de disponibilizarmos download.

1. Resto de esperança (Dedé da Portela, Jorge Aragão)
2. Jura (Nelson Rufino)
3. O patrão pediu serão (David Correia)
4. Artifício (Paulo César Pinheiro, Mauro Duarte)
5. Planta imortal (Serafim Adriano)
6. Ebó (Toninho Nascimento, Roberto Ribeiro)
7. Vem (Toninho Nascimento, Roberto Ribeiro)
8. Quem lucrou fui eu (Monarco)
9. Só chora quem ama (Wilson Moreira, Nei Lopes)
10. Quem sabe amanhã (Toninho Nascimento, Roberto Ribeiro)
11. Gamação danada (Flor, Almir, Neguinho da Beija)
12. Heróis da liberdade (Mano Decio, M. Ferreira, Silas de Oliveira)

Artifício


Baixe este disco no Um que Tenha

terça-feira, 31 de maio de 2011

Show: Nicolas Krassik e Cordestinos


Nicolas Krassik e Cordestinos no Circo voador- RJ
Nicolas Krassik (violino e rabeca), Marcos Moletta (rabecas), Guto Wirtti (Baixo), Chris Mourão (percussão) e Carlos Cesar (percussão).

Participações especiais:
Gilberto Gil, Sérgio Chiavazzoli, Carlos Malta, Yamandú Costa e Hamilton de Holanda.

Abertura da casa 21h
Show 22h30 (ATENÇÃO, O SHOW COMEÇA CEDO MESMO!)

50 reais / 25 meia (na hora)
40 reais / 20 meia (venda antecipada)
20 reais lista amiga -contato@superlativa.art.br (Valendo até às 23h no dia do show)

Cara que mamãe beijou vagabundo nenhum põe a mão

Por Barão do Pandeiro

Canto este samba desde criança. Aprendi o refrão em rodas de batucada no Rio, e depois descobri que havia uma segunda parte. Não sei quem compôs, nem se chegou a ser gravado. Músicos: Serginho Arruda (Violão, a esquerda), Camila (Cavaquinho), Sergião (Violão) e Jorge (Cavaquinho).

segunda-feira, 30 de maio de 2011

sexta-feira, 27 de maio de 2011

quarta-feira, 25 de maio de 2011

O samba vem daí

Mas que beleza este samba que o Aldir Blanc e o Cláudio Jorge fizeram para o Salgueiro. Coisa fina mesmo!

Lua Sobre Sangue



Se eu falar no Salgueiro
É porque são muitas palavras que eu quis
Pois não basta um idioma inteiro
Pra dizer o que o Salgueiro diz
Imaginar o Salgueiro
Lua sobre o sangue de linda mulher
É preciso o Universo inteiro
Pra mostrar o que o Salgueiro é

Canto Gargalhada na voz do Anescar
Geraldo Babão e o Bala são de lá
Noel Rosa de Oliveira, Pindonga e Iraci, o samba vem daí

Quando eu deixar o Salgueiro
Sinto que o céu não irá me agradar
Pois não basta o paraíso inteiro
Pra saudade que o Salgueiro dá

Canto Gargalhada na voz do Anescar
Geraldo Babão e o Bala são de lá
Noel Rosa de Oliveira, Pindonga e Iraci, o samba vem daí

terça-feira, 24 de maio de 2011

O samba nos traços de Marcus Wagner

Acabei de descobrir o trabalho do ilustrador Marcus Wagner. O cara é fera e tem alguns belos trabalhos ensejados na Música Popular Brasileira. Ei-los:











Veja mais sobre o trabalho de Marcus Wagner no seu blog

Disco da Semana: Batuque na Palhinha - Dilermando Pinheiro - 1977

É quase sempre assim. O disco da semana demora, mas sai. E eis a pérola da vez, com


Lançado originalmente em 1958 pela gravadora Regency, com o nome “Lulu de Madame”, o este álbum foi reeditado dez anos depois pela gravadora Hot-Riosom. Com uma capa nova, foi acrescido um órgão, que infelizmente abafa o famoso batuque chapéu de palha de Dilermando Pinheiro.
Em 1977 a gravadora Marcus Pereira, com o nome ”Batuque na Palhinha” e com outra capa, mas mantendo o mesmo órgão, também o reeditou.

Em 2003 a gravadora EMI, na série ”Odeon – 100 Anos”, traz a reedição da Marcus Pereira para a versão CD.

Lulu de Madame


1 Lulu De Madame – Dilermando Pinheiro – (Paulo Gesta & Augusto Rocha) (2:53)

2 Teu Olhar Me Inspirou – Dilermando Pinheiro – (Valdrilho Silva & A. Barcelos) (3:00)

3 Tragédia Na Lapa – Dilermando Pinheiro – (Mutt & Severino De Oliveira) (2:46)

4 Ando Cheio De Conversa – Dilermando Pinheiro – (Sátiro De Melo & Nelson De Castro) (2:22)

5 Falsa Bacana – Dilermando Pinheiro – (Victor Duarte, Orlando Gazzaneo & A. Carvalho) (2:12)

6 Espanador Da Lua – Dilermando Pinheiro – (Pedro Santos & Jorge Gonçalves) (2:10)

7 Não Precisa Pagar – Dilermando Pinheiro – (Bucy Moreira, Francisco Fernandes & Miguel Bauso) (2:22)

8 Madureira, Não – Dilermando Pinheiro – (E. Celestino, D. Tavares & W. José) (2:34)

9 Beija-Me – Dilermando Pinheiro – (Roberto Martins & Mário Rossi) (2:58)

10 Disse-Me Adeus – Dilermando Pinheiro – (Oscar Bellandi & Nelson Trigueiro) (2:11)

11 Tentativa De Suícidio – Dilermando Pinheiro – (Jair Amorim) (3:00)

12 Gebe-Gebe – Dilermando Pinheiro – (E. Celestino & Jorge Gonçalves) (2:45)

Moa Luz em Floripa!



Mais informações: corodegato@yahoo.com.br ou nos telefones (48) 9948-6832, 8443-5275, 9968-6906.

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Carmen Miranda no Pernalonga

Não é difícil de encontrar referências à figura de Carmen Miranda em desenhos animados norte-americanos. Principalmente os que foram feitos enquanto a estrela luso-brasileira pintava e bordava por lá. O que eu nunca tinha visto era a própria Carmen, fazendo quase que uma "participação especial" em um desenho do Pernalonga, com um sotaque bem carregado.



Longe das praias de Copacabana
Aqui na terra do famoso Tio Sam
Ninguém sabia o que era uma baiana
Reluzindo seus pinguês, os seus balangandãs
Um belo dia apareceu uma brasileira
Cantando samba à sua África maneira
E quando o público ouviu 'Mamãe Eu Quero'
Ficou logo apaixonado e eu vou dizer porquê
Todos faziam 'fiu! fiu!'
E ela disse 'Alô, alô!'.
Agora estamos a fritar tanta tarraxa,
embolada, batucada e a vida derreteu

quarta-feira, 18 de maio de 2011

terça-feira, 17 de maio de 2011

Noel Rosa por Orlandeli

Outro dia, achei uma página no site do Sesc-SP com o seguinte nome: "As Mentiras de Orlandeli e Noel Rosa em desenho, letra e MP3". A ideia é simples, trata-se de 12 sambas de Noel Rosa, (que podem, inclusive, serem baixados) acompanhados de ilustrações do Orlandeli. Vale a pena dar uma passada por lá.


Ah, os sambas que inspiram os desenhos são estes aqui:

1- Amor de Parceria [1933]
2- Só Pode Ser Você (ilustre visita) [1935]
3- Filosofia [1933]
4- Ando Cismado [1932]
5- Mentiras de Mulher [1931]
6- Pra Quê Mentir? [1937]
7- Tarzan (o filho do alfaiate) [1936]
8- Onde Está A Honestidade? [1933]
9- Não Faz, Amor [1932]
10- Prazer Em Conhecê-lo [1932]
11- Último Desejo [1937]
12- Mentir [1932]

Disco da semana: Cabeça Feita - Nadinho da Ilha - 1977

Ando demorando para postar as coisas aqui no Vermute com Amendoim. O motivo é o lançamento da mymag, uma revista personalizada onde trabalho atualmente (aliás, dá um pulo lá, vai?). A coisa tá bonita demais e o trabalho é grande. Mesmo assim, o Vermute segue firme e forte. Atrasado, mas firme e forte.

Esse disco valeria só pela capa que tem.


Mas além da capa pra lá de instigante, tem músicas capazes botar um batalhão para dançar. Tem partipações de Sivuca, Délcio Carvalho, Wilson Moreira, Tia Hilda, e um repertório com composições de Monarco, Pixinguinha, Candeia, Délcio Carvalho...Isso sem falar na interpretação do Nadinho, que é primorosa.

Lançado originalmente em 1977, este álbum ganhou sua versão em cd em 2003. Mesmo assim, já não está mais no catálogo. Precisa falar que o download é obrigatório?

Yaô (participação de Tia Hilda)


01 - cabeça feita (João de Aquino-Rubem Confete)
02 - paissagem (Avarese-Delcio Carvalho)
03 - só chora quem ama - Part. Wilson Moreira-Delcio Carvalho-Walter Rosa (Wilson Moreira-Nei Lopes)
04 - iaracema (Tião Amizade-Carnaval)
05 - amor verdadeiro (Monarco)
06 - assobio (Tatão-Guelott)
07 - deixa a cana moer (Romildo-Toninho)
08 - resolução (Osorio Lima)
09 - palmares (Noel Rosa de Oliveira-Anescar Walter Moreira)
10 - yaô - Part. Tia Hilda (Pixinguinha - Gastão Vianna)
11 - expressão do teu olhar (Candeia)
12 - a luz dos meus olhos (Ivan-Zanita)

Baixe no blog Arquivo do Samba Rock

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Adeus, Mangueira

Que beleza este vídeo do Trio de Ouro, já em sua penúltima formação, com Herivelto Martins, Raul Sampaio e Lourdes Bittencourt. A música trata da construção de Brasília e da perda do título de capital federal da cidade do Rio de Janeiro. Veja aí:

Adeus, Mangueira (Herivelto Martins / Grande Otelo)

Dia de Azar

Sexta-feira 13. Dia de um samba que João Nogueira gravou no disco "Clube do Samba", de 1979.

Dia de azar


Tentei acender um cigarro
Isqueiro falhou
Hoje é dia de azar
Fui passear no meu carro
Pneu furou
Hoje é dia de azar
Comprei um ingresso pro jogo
Mas estou com medo de chegar pra lá
Pois hoje quem joga é o Mengo
E já estou sabendo que vai apanhar
A televisão tá pifada
O ventilador não ventila mais não
Fui esquentar o almoço
Queimei todo o meu feijão
Ao olhar para a folhinha
Encontrei a explicação
É sexta, é treze
Cruz credo três vezes
É dia de azar
Eu não saio mais não

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Disco da semana: Garoto - Garoto - 1979

Como lembrou muito bem o amigo Lucas Nobile, "Há 56 anos morria um tal de Aníbal Augusto Sardinha. O gênio conhecido como Garoto." Multi-instrumentista, Garoto tocava violão, bandolim, cavaquinho, violão tenor, guitarra havaiana, guitarra portuguesa, banjo, violino, contrabaixo, violoncelo, piano e harpa.


Além disso era um baita de um compositor. Em apenas 40 anos de vida, fez pelo menos 220 música, algumas geniais e grande maioria acima da média. Como acontecia com todo músico talentoso, Garoto foi parar no rádio (ah, como era boa aquela época). Trabalhou na Ràdio Nacional, onde passou por alguns programas de peso, como o Um Milhão de Melodias.

Copio aqui um texto publicado no extinto blog "Loronix" (alguém sabe o que aconteceu?), que explica a origem deste disco:

"Com a decadência da Nacional, o acervo desta emissora (incluindo estes discos de acetato, partituras para orquestras, catálogos, etc..) foi guardado em péssimas acomodações. "Paulo Tapajós encontrou os discos dos programas da Rádio Nacional jogados num dos banheiros da emissora e empilhados no corredor como coisa imprestável" (Trecho extraido do livro Rádio Nacional, o Brasil em Sintonia- Luiz Carlos Saroldi e Sonia Virginia Moreira). Não é difícil imaginar que muitos destes discos não tenham resistido a tanto descaso!

Em 1972 o que restou do acervo da Rádio Nacional foi transferido para o Museu da Imagem e do Som (MIS). Saroldi, em seu livro, diz que eram 40 mil discos, que ficaram inicialmente empilhados na sala mais tarde ocupada pelo acervo Jacob do Bandolim.

Em 1981 uma catástrofe! Um incêndio destruiu a sede do MIS. Mais uma remoção de todo acervo Paulo Tapajós, em 1979, extraiu daquele acervo as músicas que compõem este importante LP Garoto, lançado pelo MIS.

Conseguimos encontrar as datas em que algumas destas gravações,feitas no programa Um Milhão de Melodias, foram realizadas:
05 - Tico-tico no fubá, gravado em 29/11/1944 por Garoto (violão tenor) no centenário de apresentações daquele programa.
11 – Chinatown, my Chinatown, gravado em 12/07/1944.
12 - Chorinho do Ahú, gravado em 23/05/1945.
08 - Cavaquinho Boogie, gravado em 04/09/1952.
A música Duas Contas foi gravada no programa Música em Surdina em 11/06/1951."

Chinatown, my Chinatown


01 - Alma Brasileira (Radames Gnattali)
02 - Sons Carrilhoes (Joao Pernambuco)
03 - Benny Goodman no Choro (Garoto)
04 - Rato Rato (Casemiro Rocha / Claudionor Costa)
05 - Tico Tico no Fuba (Zequinha de Abreu)
06 - Duas Contas (Garoto)
07 - Amor nao se Compra (Bonfiglio de Oliveira)
08 - Cavaquinho Boogie (Garoto)
09 - Carinhoso (Pixinguinha / Joao de Barro)
10 - Relampago (Garoto)
11 - Chinatown, my Chinatown (Willian Jerone / Jean Schwartz)
12 - Chorinho do Ahu (Garoto)
13 - Nacional (Garoto)
14 - Sempre Perto de Voce (Garoto)
15 - Saudade de Iguape (Garoto)

Baixe no blog Toque Musical
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