terça-feira, 13 de novembro de 2012

Paulinho na Tupi

Eis que depois de muito tempo eu retorno ao Vermute. Devo dizer que me animei de ver o espaço sendo movimentado novamente. Aliás, que belo trabalho vem fazendo o Vinicius! Escolhi para esta volta um programa da TV Tupi, que achei lá no fundo do youtube sobre o aniversariante da semana: Paulinho da Viola.













segunda-feira, 12 de novembro de 2012

12 de Novembro e o show que nunca aconteceu


Nem só de Paulinho da Viola vive o dia 12 de novembro. A data de hoje que marca os 70 anos de Paulo César Baptista Faria, também marcaria - se fosse vivo- os 71 anos de João Nogueira.

Agora veja como o samba, por mais belo e perfeito que possa ser, certas vezes acaba nos deixando na mão. Segundo o produtor cultural e sambista Didu Nogueira uma de suas ideia mais brilhantes, e que não foi colocada em prática, foi o show "12 de Novembro", que colocaria juntos, no palco, João e Paulinho.



As semelhanças eram suficientes para justificar a produção: os dois sambistas eram portelenses, nasceram no dia 12 de novembro, lá na certidão de nascimento consta como sobrenome o 'Batista' - tudo bem que no caso de Paulinho a grafia é 'Baptista'. E por falar em família, eram filhos de dois músicos brilhantes. A única diferença ficava por conta do futebol: João era flamenguista e Paulinho é vascaíno, mas no fanatismo, ambos ficavam iguais.

Ah, tem mais uma: os dois conviveram muito de perto com o mestre Cartola. Paulinho frequentou ainda jovem o Zicartola, enquanto João, durante uma temporada de shows com o ícone da Estação Primeira, foi o portador da notícia da morte do pai de Cartola.



"Eu, hein, Rosa!" Realmente, um crime do samba para conosco. Imaginem só, um show de Paulinho com João... Mas, são "coisas do mundo".

Ainda em tempo: o Vermute com Amendoim presta a homenagem, neste mesmo dia 12, a "Seu Delegado", presidente de honra da Estação Primeira de Mangueira, que nos deixou e foi sambar lá no céu. Essa é a nossa singela lembrança ao grande mestre-sala da Verde e Rosa. Axé! 

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Espaço Urucum apresenta Toinho Melodia e Lello Di Sarno


Para inaugurar o projeto Laje Urucum, Toinho Melodia e Lello Di Sarno apresentam o show "o samba de ontem e de hoje pelo samba de amanhã" neste domingo, a partir das 16h. Vale lembrar que a casa abre a partir das 14h para quem quiser tomar a abrideira. O próprio nome da apresentação já traduz qual o seu objetivo: unir em prol de um amanhã melhor para nossa música, um nome com história no cenário do samba paulista àquele que surge.  

Para os amantes da boa música, o algo a mais fica por conta de conhecer e ouvir pessoalmente Toinho Melodia. Pernambucano, mudou-se para São Paulo com 11 anos de idade e construiu seu nome na Unidos de Vila Maria e Vai Vai. Hoje, é figura constante em sambas tradicionais da cidade como o Kolombolo Diá Piratininga, o Pagode da 27 e de um projeto de Sorocaba, conhecido como Panela do Samba. 

“São Paulo ainda tem samba de verdade sim, fico muito feliz em ver esses meninos levantando a bandeira da fonte que dá a água que bebi, tocando meus mestres Jangada, Toniquinho Batuqueiro e Talismã, por exemplo. Eu canto samba de São Paulo com muito orgulho. São Paulo tem muitos projetos que elevam a cultura do samba na sua mais pura essência, aquele samba que veio lá da minha mãe África e tenho grande e verdadeira admiração", desabafa o "paulibucano" Toinho Melodia - como ele mesmo se define.

Toinho e Lello se conheceram por ai, nas rodas de São Paulo. Firmaram a primeira parceria ao competir na 'Pérola Negra' com um samba enredo. Caíram durante as eliminatórias, mas a amizade ficou. Tempos depois, a ideia do show: "Não tenho palavras. Talvez seja esse o momento mais importante devido ao reconhecimento dele pelo meu trabalho. Poder cantar músicas minhas com pedradas dele será uma puta honra. É importante para dar o reconhecimento ao Toinho. Ele merece ter esse trabalho mais divulgado", diz Lello. 

Para mais informações do evento clique aqui. Aproveita e escuta ai uma das pedradas do Toinho Melodia...



quinta-feira, 8 de novembro de 2012

O dia em que Moreira da Silva salvou o Rei Pelé

Considerado o último malandro à moda antiga e um dos precursores do samba-de-breque, Moreira da Silva (1902-2000) tem uma importância fundamental no título da Seleção Brasileira em 1970, no México. Mais especificamente na partida contra a Inglaterra.

Pelo menos, Morengueira tinha essa importância na cabeça do jornalista e compositor Miguel Gustavo, um dos parceiros mais importantes de Moreira. Foi dele a ideia de criar essa faceta heróica ao sambista. Antes de ser agente secreto e salvar Pelé, o malandro já tinha dado as caras no velho oeste encarnando a figura do justiceiro Kid Morengueira. Anos mais tarde seria gangster e acabaria com a quadrilha de Al Capone para depois dar um pulo no Brasil e tornar-se o Rei do Cangaço.

O enredo do samba é que Bond, James Bond, recebe a missão de sequestrar Pelé para que a Inglaterra tivesse o caminho mais fácil no mundial de 1970, tendo assim, maiores chances de se sagrar bicampeã.

Acompanhando 007 estava Claudia Cardinale. Os dois se hospedam na concentração do Santos e, à beira da piscina, o rei do futebol e a atriz protagonizam um romance que deixa Bond furioso. O inglês tira o soco inglês e parte para cima de Pelé. Mas ele não contava com o agente brasileiro Moreira da Silva que, além de salvar o camisa 10, prende o maior agente do mundo no DOPS e desperta o amor de Cardinale após um dia de pif-paf no Guarujá e uma bela pizza no Brás.


No fim das contas o Brasil derrotou a Inglaterra na Copa de 70 por 1 x 0, gol de Jairzinho após passe de Pelé. Naquele mesmo ano, Miguel Gustavo assinaria uma composição mais conhecida do torcedor nacional: “Pra Frente Brasil”.

Salve Morengueira e o samba-de-breque, Miguel Gustavo e Pelé, é claro!

terça-feira, 6 de novembro de 2012

Poetize seu cotidiano com o Poeme-se


O post do Vermute com Amendoim de hoje trata da criatividade da jornalista e fotógrafa Mariana Caldas de Oliveira. Ela é a criadora do tumblr "Poeme-se", que consiste em fotografias com "colagens", vamos dizer assim, de versos de músicas ou poemas.



O trabalho é muito cuidadoso e o trecho escolhido para compor o Poeme-se casa com a imagem, formando um belo quadro para seu quarto, sala, escritório, enfim, onde o coração mandar expor a obra. 




Quer um? Fácil, fácil... Acesse poeme-se.tumblr.com/. Gostou? Manda um e-mail para queroumpoemese@gmail.com. Lá você explica qual trecho gostaria de usar, qual foto pensou e qual o tamanho que gostaria. A Mari atende numa boa e entrega a um preço justo um Poeme-se enquadrado e pronto para embelezar seu dia a dia.

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

O samba "Feitiço da Vila" é racista?

Vamos Caetanear um pouco nosso querido blog com a proposta de um debate. Recebi uma notificação pelo facebook na tarde desta segunda-feira. No assunto, o amigo Patrick Paes chamava para uma discussão completamente relevante de um vídeo postado, segundo o Youtube, lá pelos idos de 2008. Como assunto: Caetano Veloso e a letra de Feitiço da Vila, do gênio Noel Rosa.

Durante seu discurso, Caetano Veloso passeia pelos versos da música mostrando o que seria, de fato, preconceituoso. Em um dos exemplos diz "'Lá não tem cadeado no portão' - Na Vila, porque o bairro de classe média não é o bairro do Wilson Batista, meio viado, meio preto, meio ladrão... 'lá não tem cadeado no portão, porque na Vila não tem ladrão'". Assista ao vídeo: 


E ai, caro seguidor do Vermute com Amendoim? Noel foi preconceituoso com o malandro Wilson Batista? Ou será que ele atacou o adversário da famosa "polêmica musical" com argumentos sociais, enquanto, mais para frente seria atacado por um samba que falava de sua feiura? Preconceito, ou forma de provocar? Fica a discussão e, mais que isso, sambas geniais para a prosperidade.

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

No dia de finados também se samba


Samba é matéria para todos os assuntos. Seja em forma de homenagem, contando a história de um caso ou até mesmo episódios impossíveis de se acontecer e que envolvam o defunto. Para não passarmos em branco neste feriado de finados, deixa rolar os três vídeos abaixo.

Defunto Caguete - Bezerra da Silva

Samba de Adelzonilton, Franco Teixeira e Ubirajara Lúcio é a cara de Bezerra da Silva. O próprio malandro tem outros sambas envolvendo defuntos, tais como: 'Defunto Grampeado' e 'Defunto Morto Não Fala'. Sinceramente, não precisa falar muita coisa, eu só sei que a polícia chegou no velório e o dedão do safado apontava pra mim.


Malvadeza Durão - Zé Ketti

Tradicional samba do compositor portelense conta a história de um malandro "valente e considerado" que morre durante uma noite agitada e o crimisono ninguém vê. Fica apenas o lamento à sua memória. Outra composição conhecida que conta a passagem de uma morte no morro é "Mãe Solteira", de Wilson Batista.



Um ser de Luz - João Nogueira, Paulo César Pinheiro e Mauro Duarte

Samba de 1983 composto em homenagem a Clara Nunes, que faleceu no mesmo ano. Sinceramente um dos sambas mais bonitos que envolvam a parceria de João e Paulinho Pinheiro. Sem contar que há o dedo de Mauro Duarte nessa obra toda. 


quinta-feira, 1 de novembro de 2012

João Nogueira, Paulo César Pinheiro e a ‘Parceria’

Entre tantas parcerias no meio da música que poderia ter escolhido para estrear e retomar os trabalhos do Vermute com Amendoim, nenhuma me marca mais que João Nogueira e Paulo César Pinheiro. Os amigos conhecem a ligação que tenho com a obra desses dois bambas e, por isso, não vão estranhar que o primeiro texto seja referente a eles.

João e Paulinho se conheceram por intermédio de Gisa Nogueira que, no início dos anos 70, era colega de trabalho da irmã de Baden Powell, primeiro grande parceiro de Paulinho - mas ai é outra história... Fato é que os dois se deram bem logo de cara durante um encontro no Clube do Méier e só um bom tempo depois firmaram a primeira parceria: Espelho.

Nome sagrado não só do samba , mas como da poesia, Paulo César Pinheiro em um de seus escritos cravou que “parceria é um casamento que não cansa; porque não há contrato e nem cobrança; ciúmes tem… mas isso é passageiro; quem é traído, muitas vezes reage; propondo aos dois fazer um ménage; no instrumento do próprio parceiro”.

Quase na metade dos anos 90, após anos de amizade, parcerias e histórias, João viu esse ciúme despertar e cobrou o parceiro. Era impossível que os dois ainda não tivessem subido ao palco juntos em um show para celebrar tal parceria e tantas obras.

Paulinho topou a ideia, o roteiro foi traçado e o show executado em São Paulo, no SESC Pompeia, no ano de 1994, com a produção de Eduardo Gudin.

No vídeo abaixo você vai ouvir uma história relacionada ao show contada por Paulo César Pinheiro em agosto de 2010 na Taberna da Glória a mim e aos meus dois parceiros Tuca Veiga e Guilherme Reis na empreitada que rendeu o livro João Nogueira: Ninguém faz samba só porque prefere.

Quer ouvir o álbum inteiro? Basta clicar aqui e fazer o download. Todas são pedradas. Um álbum escolhido com muito carinho para marcar a volta do nosso bom e velho Vermute com Amendoim.

Parceria: João Nogueira e Paulo César Pinheiro

1- Espelho / 2- Eu hein Rosa/ 3- E lá vou eu/ 4- Bafo de boca/ 5- Bares da cidade/ 6- As forças da natureza/ 7- Batendo à porta/ 8- Chorando pela natureza/ 9- Banho de Manjericão/ 10- Súplica/ 11- Poema Paulo César Pinheiro/ 12- Minha Missão/ 13- Um ser de luz/ 14- Chico Preto/ 15- Rio, samba, amor e Tradição/ 16- Primeira Mão/ 17- Além do espelho.

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