sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Samba Velha Guarda

Em 1954, Thomaz Farkas pegou sua camera e foi até o Parque do Ibirapuera para filmar uma aprsentação de Pixinguinha que ocorreria lá. O resultado é uma performance divertida e bastante espontânea de Pixinguinha e a Velha Guarda do Samba. Entre eles estão os famosos Donga, João da Baiana, Almirante e Benedito Lacerda. Veja como ficou o filme, que foi disponibilizado pelo Cápsula da Cultura.

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

O imenso acervo de Hermínio

Mais de 10 mil fotos, quadros, textos, arquivos de áudio agora à disposição dos interessados pela cultura popular brasileira. É o acervo do Hermínio Bello de Carvalho, um dos agitadores culturais mais importantes da atualidade. E olha que ele já exerce essa função há algumas décadas.
É como se fosse possível andar pelo apartamento de Hermínio, fuçando em todas as caixas, papéis, partituras, fotos de infância, poesias, artigos...Impressionante! Depois de algumas horas gastas navegando, separo três mostras de como o acervo é rico. Há de servir como um aperitivo para o que o site realmente pode apresentar.

- Uma letra de música (ainda sem título) feita por Hermínio, Elton Medeiros e Maurício Tapajós:
- Um convite para o lançamento do Disco "Rosa de Ouro", gravado no memorável espetáculo de mesmo nome:
- Um desenho de Pixinguinha assinado por Ique:


Parabéns Hermínio por todo o trabalho prestado à nossa cultura! Congratulações com menção honrosa aos organizadores de tão grandioso projeto: Alexandre Pavan, Luiz Ribeiro, Luiz Boal, Tatiana Maciel, Jacira Berlinck e Marcela Banduk!

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Opções para o Natal

O Natal já está batendo a nossa porta, e nessa hora sempre rola uma dúvida sobre o que dar de amigo secreto e coisa e tal. Sendo assim o Vermute com Amendoim elaborou uma lista de dez itens dos mais variados preços e tipos.

CD Banda Glória Convida Cristina Buarque
R$ 15,90












Mais um belo disco de Cristina Buarque e com os virtuosos arranjos da Banda Glória.

DVD Moacir Santos - Ouro Negro
R$ 33,20













Registro impecável do tributo prestado ao Maestro Moacir Santos

Livro Clara Nunes - Guerreira da Utopia
R$ 49,90










Biografia de Clara Nunes muito bem escrita por Vagner Fernandes.

Box - Noel Pela Primeira Vez (14 CDs)
R$ 199,90










Boa dica para leigos e conhecedores da obra do Poeta da Vila.

LP Martinho da Vila - Canta canta, Minha Gente
R$ 12,90










Grande LP, original.

Pandeiro de couro Artcelsior 10"
R$ 180,00
Tel.: (021) 3351 - 3242








Na minha opinião, a Artcelsior deixa as grandes marcas do ramo no chinelo.

Toca discos vinil e digitalizador para formato mp3
R$ 629,00










Boa dica para quem quer tranformar seus vinis em mp3.

Chapéu Carioquinha
R$ 86,00









Sapato Bicolor
R$ 109,90









Sapato bicolor e chapéu carioquinha para quem quer passar a virada do ano na estica.

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Apresentando Ernesto Paulelli


- Adoniran, esse rapaz aqui é o Ernesto, toca violão e veio me acompanhar no programa.
Adoniran estende a mão a Ernesto. E solta a voz esganiçada:

- Muito prazer! Muito prazer! Me dê a mão.

Três domingos se passaram depois daquele dia. Novo encontro no bar. A voz rouca faz o pedido ao violonista:

- Você tem um cartão para me dar?

Ernesto põe a mão no bolso e oferece seu cartão.

- Arnesto Paulelli!, lê Adoniran. Desconfiado, Ernesto retruca:

- Adoniran, eu sou E-rnesto. Não sou Arnesto.

- É AR-NES-TO. E teu nome dá samba. Eu vou te fazer um samba. Você aduvida?
Ernesto o olhou meio assim, de lado, e depois concordou:

- Já não aduvido mais.

O dono da voz rouca que cantou os sambas mais paulistanos de São Paulo sela a promessa com um abraço no novo amigo.

- Pode me cobrar o samba, Arnesto. Mas, cartão, este eu não tenho para te dar.

É assim que o site da Revista Brasileiros apresenta um dos personagens mais conhecidos na música popular brasileira, mas que passa despercebido nas ruas de São Paulo. Com 93 anos e meio, Ernesto Paulelli é formado em Direito pelas Faculdades Integradas de Guarulhos (FIG). Já foi engraxate e vendedor de chuchu.

Somente 17 anos depois de conhecer Adoniran é que Ernesto ouviu o samba em sua homenagem na Rádio Bandeirantes.

- Foi em 1955. A minha patroa, Alice, estava entretida na máquina de costura, botando botões na camisa, quando ouvimos na Rádio Bandeirantes:

O Arnesto nos convidou... PUM!
Prum samba ele mora no Brás... PUM!
Nóis fumo e não encontremos ninguém.


- Alice! Alice! Essa peteca é minha!

- Ernesto, que peteca?

- Esse samba aí, Alice, o Adoniran me prometeu. Eu não falei que ele tinha me prometido? Faz quase 20 anos!

E Alice chorou abraçada ao marido. Seu Ernesto confessa:

- Eu também. Pra dizer a verdade, não deu pra segurar. Diz que homem não chora. É mentira. Chora de emoção, de alegria, de tristeza. Eu chorei de alegria.

Quer saber como tudo acabou e onde anda Ernesto hoje? Dá um pulo no site da Brasileiros!

domingo, 14 de dezembro de 2008

Disco da semana: Prato e Faca - Cristina Buarque


Este é o segundo LP da Cristina Buarque. Prato e Faca foi produzido por Fernando Faro e lançado em 1976, o disco tem participação dos portelenses Monarco e Manacéa nos sambas "Sempre Teu Amor" e Carro de Boi do próprio Manacéa. Entre os músicos que fazem parte do conjunto vale destacar os nomes de Dino, que comanda o violão e Marçal (o filho) na percussão. O prato e faca, istrumento que dá nome ao disco pode ser conferido nos sambas "Sempre Teu Amor" e "Esta Melodia". Quem o toca é Luna.

Neste disco, Cristina dá prosseguimento ao seu trabalho de apresentação de sambas e sambistas desconhecidos do grande público, começado no disco anterior. Entre os autores gravados estão Dona Ivone Lara, Mijinha, Geraldo Pereira, Jamelão, Bide, Marçal, etc. Abaixo segue a apresentação que acompanhava o LP escrito por Fernando Faro:

Ah, quantas lágrimas
eu tenho derramado
só em saber...

A idéia era seguir uma certa linha. Escolher a raiz mais forte da árvore e acompanhar seu, curso terra a dentro. Um exercício de redescoberta. Era fazer um caminho que nos levasse a ver de perto, a tocar com os dedos, a matéria de que fomos feitos.
Essa era a idéia.

Algumas figuras são fundamentais nesse quadro. Entre elas, estas que estão aqui: Paulinho da Viola, dona Ivone Lara, Manacéa, Bubu e Jamelão, Alberto Lonato e Mijinha. E algumas maravilhosas lembranças, como as de Heitor dos Prazeres, Bide e Marçal, Geraldo Pereira, Zé-com-fome e João da Baiana.

Sobretudo este, João da Baiana, personagem para nós sem forma ou desenho claro, daqueles que apenas se presente nas noites de terreiro, de quen Jorginho repete aqui o jeito característico de tocar pandeiro, em "Esta melodia", e Luna recorda seu "instrumento" favorito, o
prato e faca.

E foi exatamente daqui que veio o título deste disco. Nenhum outro dos nossos "instrumentos", ao que sabemos, tem nome tão significativo. Ele vincula a cozinha, a fome, o comer ao cantar, ao dançar e tocar. Ele arredonda o mundo. Ele aproxima as coisas de sua realidade.

Assim, não podia ter mesmo outro nome esse LP que não prato e faca.
Era essa a idéia.
Fernando Faro
Músicas:
1-Sempre teu amor (Manacéa)
2-Dei-te liberdade (Ivone Lara)
3-Chega de padecer (Mijinha)
4-Amar é um prazer (Antônio Almeida - Zé da Zilda)
5-Resignação (Arnô Provenzano - Geraldo Pereira
6-Carro de boi (Manacéa)
7-Abra seus olhos (Paulinho da Viola)
8-Sorrir (Marçal - Bide)
9-Sou eu que dou ordens (Heitor dos Prazeres)
10-Não pode ser verdade (Alberto Lonato)
11-Tua beleza (Raul Marques - Waldemar Silva)
12-Esta melodia (Bubú - Jamelão)

Baixe esse disco no Cápsula da Cultura.

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Uns brindes ao Bip!

O Murilo apresentou uma noca seção ontem, Na Estante. Hoje vou usar um livro pra falar de outro que será lançado.

"Bip Bip 40 anos" reúne textos de anônimos e famosos sobre o ilustre bar no bairro de Copacabana, timoneado por Alfredo, o conhecido Alfredinho. Sua inauguração foi exatamente no mesmo dia em que foi decretado o Ato Institucional n° 5. O lançamento, é claro, terá como pano de fundo uma roda de samba, já tradicional no botequim. A festa começará às 18 horas e tomará conta da Rua Almirante Gonçalves, em Copacabana.


De aperitivo, vai um texto de Moacyr Luz sobre o boteco. Foi publicado no primoroso livro Botequim de Bêbado Tem Dono, do Moacyr e belissimamente ilustrado por Chico Caruso:

"Na minha tabuada pessoal, botequim tem que ter, no mínimo, um pote de tremoços, bandeja de jilós e, vez por outra, sardinha frita em óleo saturado. É verdade que depois me arrependo de joelhos em frente a um copo d´água benzido de alka-seltzer. O Bip-Bip não tem nada disso, acho até que existe um vidro com duas conservadíssimas azeitonas, mas o que interessa no bar é a música, ela é o alimento dos bebuns. E o comandante de tudo é o Alfredinho. Botafoguense doente e medalhado com a Ordem Pedro Ernesto, permanece polivalente na função de proprietário, gerente, funcionário e segurança do estabelecimento. Sem a pretensão de biógrafo, exponho mais esse craque. Não suporta perfume. Fuma sem cerimônia até dentro do Hospital do Câncer. Acha um absurdo aplausos em roda de choro. Como demonstração de contentamento para com os músicos, inventou em tais eventos pequenos estalos entre os dedos. Exige silêncio até em ensaio de escola de samba e, mesmo sendo ali seu único ganha-pão, detesta servir e cobrar.

Pra fechar: foi o primeiro sujeito a vender nossos discos de samba, abrindo mão no seu minúsculo bar da necessária despensa pra encaixar os CDs alternativos. No seu aniversário, a feijoada é pretexto pra angariar fundos para entidades filantrópicas. Acho que ele é o mentor da ONG Se Essa Rua Fosse Minha e afirmo que, se o samba invadiu de novo a cidade, a retomada nasceu nas mesinhas do estabelecimento. E salve Cristina Buarque!

Acontece que o assunto é bar
O lugar é famoso e, vez por outra, surgem ônibus de excursão para visitá-lo, na ilusão de que ali o espaço seja maior do que o da antiga Plataforma. Nossa história real começa com um casal de outro estado, máquina fotográfica em punho, querendo muito passar a tarde no templo da boemia carioca. Era sábado, e Alfredinho, de bermuda como sempre, estava sentado à mesa de fora, uma perna dobrada, as costas arqueadas e o Trim na mão. Sabem o que é Trim? Um antigo cortador de unha que, invertida a haste, é capaz de cortar até casco de cavalo:
- É aqui o bar Bip-Bip?
- Leu a placa?
- Ah, sim, é verdade. O senhor poderia servir dois chopes?
- Aqui não se trabalha com chope, só cerveja.
- Desculpe-me, então uma cerveja, por favor.
- Olha, a cerveja aqui é pequena. Pra vocês é melhor pedir duas.
- Sim, sim, claro! Duas cervejas!
- Meu amigo, nós aqui não temos garçom. Vai lá dentro, abre o freezer, pega as bebidas e, depois, na prancheta do lado, você anota o seu nome e faz uns risquinhos com a quantidade.
Catatônico, o turista segue em direção à geladira e ainda ouve a última frase do nosso anfitrião:
- Aproveita e mata essa baratinha que está passando aí!

Baixa o pano. O lugar tem história da música nas suas paredes. Os quadros testemunham os belos encontros que o Alfredinho já proporcionou à cidade do Rio de Janeiro, como a recepção a Dona Ivone Lara, todo um silêncio como arranjo às melodias de Elton Medeiros e uma dinastina de mestres do enredo: Walter Alfaiate, Nelson Sargento e Paulão Sete Cordas. Como livro é sobre bar, e não de centro cultural, dou a minha dica: o Bip-Bip tem uma das melhores batidas de maracujá da região. Servida em copo grande, vem quase no volume da caipirinha e, pra quem gosta de ficar bêbado, bastam duas doses. Eu gosto."

Ah, estivesse eu no Rio de Janeiro, não perderia essa!

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Analisando o Zicartola

Existem diversas publicações sobre samba. A finalidade desta seção é mostrar algumas delas que achamos interessante.

Muito se fala sobre o Zicartola, poucas pessoas compreendem sua importância para a época em que ele abriu as portas. No Livro Zicartola, Maurício Barros de Castro mostra como uma casa que funcionou por apenas dois anos conseguiu exercer tanta influência na sociedade carioca.

Prova disso foi o ressurgimento de nomes como o próprio Cartola, Nelson Cavaquinho, Ismael Silva e Zé Kéti. Espetáculos que foram inspirados no boteco, como o Opinião e o Rosa de Ouro. O livro também chama a atenção para os freqüentadores, aliás o ambiente é justamente recriado por alguns de seus mais ilustres como Hermínio Bello de Carvalho, Nelson Sargento, Elton Medeiros, Ferreira Gullar, etc. Foi através do Zicartola que pela primeira vez a Zona Sul do Rio vinha até a Zona Norte, já que na Zona Sul era grande a quantidade de bares dedicados à Bossa Nova. Atraindo os jovens universitários e intelectuais de esquerda.

O livro com pouco mais de 100 páginas, possui leitura densa, daquelas que não se deve ler simplesmente por ler.

Título: Zicartola: política e samba na casa de Cartola e Dona Zica

Autor: Maurício Barros de Castro

Editora: Relume Dumará

Ano: 2004

Preço: R$ 27,90


quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Demodê: (adj) que já saiu de moda

Mais uma pedrada. Bôemio Demodê, de Adelino Moreira, foi gravada originalmente por Paulo Vinícius, um cantor de voz impostada ao bom estilo Nelson Gonçalves. A música estourou em 1971. A data fica bastante evidente na própria letra quando Paulo Vinícius canta os feitos do homem no espaço. Algum tempo depois o próprio Nelsão aproveitou que a música casava perfeitamente com seu estilo e resolveu gravar também.


Ps.:Ouça alto e repare na cuíca ao fundo



Boêmio Demodê
Vou fazer uma seresta,
Moderninha como quê,
Misturar os tratamentos,
Juntar o tu com você,
Eu não quero que me chamem,
Um boêmio demodê.

Com acordes dissonantes,
Sem marquise e sem calçada,
Sem fundo de mulher amada,
Na penumbra do balcão,
Seresta ultra moderna,
Sem viola e violão.

Minha seresta,
Não terá pinga na rua,
Não terá luar nem lua,
E nem lampião de gás,
Porque a lua,
Nesses tempos agitados,
Já não é dos namorados,
Romantismo não tem mais.

Minha seresta,
Nesta era espacial,
Vai se tornar imortal,
Na voz daquele ou daquela,
Minha seresta,
Vai ganhar placa de bronze,
Pois nem mesmo apolo onze,
É mais moderno que ela.

Baixe esse disco que consagrou Paulo Vinícius no blog Raridades do Pipiu

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Os desenhos de J. Carlos

José Carlos de Brito e Cunha foi grande chargista, ilustrador e designer gráfico. Entrou para a história e ficou conhecido somente como J. Carlos.

Seus trabalhos apareciam em grandes revistas do início do século XX, época em que começou a se destacar. Entre as revistas que publicaram seu trabalho estavam a Careta, O Malho, e Para Todos. As duas últimas, que foram dirigidas em um período pelo próprio J. Carlos podem ser conferidas aqui. Entre suas figuras mais retratadas estavam os políticos da época, os sambistas e os foliões.

Veja o que diz o site dezenovevinte sobre os traços do cartuista: "J. Carlos desenhou durante o primeiro e segundo quartel do séc XX, contribuindo para imprensa do Rio de Janeiro e São Paulo em publicações como Careta, O Malho, Para Todos, entre outras. Seu desenho era livre do sfumato dos tempos da litografia, bulindo com dinamismo. Uma rapidez e limpidez de traço que risca do cabelo à ponta do pé, serpenteando o contorno que dizia tudo, e tudo caracterizava. Dotado de refinamento, ao mesmo tempo que ia para o grotesco tinha bom humor, e, quando necessário, um toque profundo".

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

DVD novo é ótimo

Eu ainda não vi o novo dvd de Martinho da Vila. Mas a Folha de S.Paulo viu e achou que vale a pena. A gravação foi feita em um show realizado no Teatro Fecap, aqui em São Paulo. "O pequeno burguês", que é título do dvd e do primeiro sucesso nacional de Martinho, tem um tom bastante intimista, bem ao estilo de Martinho.
Veja o trecho selecionado da reportagem da Folha:

"Em especial na primeira parte, Martinho procura seguir uma linha cronológica, relembrando a sua história. Explica e canta seus primeiros sucessos, lançados nos festivais: "Menina Moça", "Casa de Bamba", "Pra que Dinheiro"... Entende-se aí o salto que Martinho deu ao criar uma forma estilizada de partido-alto, usando a batida e a síncopa tradicionais, mas sem versos improvisados. Em seguida vem "O Pequeno Burguês", um de seus grandes sucessos, original ao contar a história de um rapaz que passa no vestibular mas não pode cursar, porque "a faculdade é particular". Talvez ainda mais saboroso é o bloco dedicado aos sambas feitos para a sua Unidos de Vila Isabel: sambas-enredo como "Yayá do Cais Dourado" e sambas de quadra como "Renascer das Cinzas". Martinho fica tão à vontade que conta ter apelado ao então governador do Rio, Chagas Freitas, para não deixar sua escola cair para o segundo grupo. Sinceridade e bons sambas formam um DVD especial. Fica o gosto de que poderia ser mais."

O PEQUENO BURGUÊS

Artista: Martinho da Vila
Gravadora: MZA
Quanto: R$ 22 (CD), R$ 30 (DVD) e R$ 39 (kit com CD e DVD), em média
Classificação: livre
Avaliação da Folha de S.Paulo: ótimo

Disco da semana: Recomeço - Henricão


Henricão foi um grande representante do samba paulista. Entretanto só conseguiu gravar um LP, em 1980. O disco não chamou muita atenção do grande público na época. De fato uma grande injustiça, pois além dos clássicos "Só vendo que beleza", "Está chegando a hora" e o choro "Sons de carrilhões", que ganhou bela letra do próprio Henricão, há a participação de Carmen Costa. Ela divide os vocais com o sambista nas faixas: "Carmelito" e "Está chegando a hora".

Músicas:

1 - Marambaia (Só vendo que beleza) (Henricão - Rubens Campos)
2 - Andorinha (Henricão - Rubens Campos)
3 - Sons dos carrilhões (Henricão - João Pernambuco)
4 - Sou eu (Henricão - José Alcides)
5 - Carmelito (Gabino Coria Peñaloza - Juan de Dios Filiberto - adap: Henricão - Rubens Campos) participação especial: Carmem Costa
6 - Saravá Umbanda (Dedê - Henricão - Vitor Gonçalves)
7 - Está chegando a hora (Fernandez - adap: Henricão - Rubens Campos) participação especial: Carmem Costa
8 - Deu cupim (Henricão - José Alcides)
9 - Não faça hora (Caco Velho - Henricão)
10 - Já é madrugada (Henricão - Rubens Campos)
11 - Meu crime (Bucy Moreira - Henricão - Raul Marques)
12 - Meu grande desejo (Henricão - Raul Marques)

Baixe esse disco no Prato e Faca.

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Germano na Praça da República

Gostaria de compartilhar este vídeo que achei no youtube. Nele Germano Mathias canta, na Praça da República, em uma típica cadeira de engraxate. Figura bastante relevante na preservação do samba paulista. Com direito a uma cuíca e um trombone totalmente feitos com a boca, Germano também é acompanhado pelo apresentador Goulart de Andrade no tamborim. Até que ele toca direitinho!

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Ao "Mais Querido"

São inúmeros os sambas que tratam de futebol. É como se as duas culturas mais populares do país se unissem. E o resultado dificilmente fica ruim. A bola da vez é uma composição de Wilson Batista e Jorge de Castro, que fala do Flamengo. "Samba rubro-negro" foi feita na década de 50. O príncipe Roberto Silva gravou em 1955, ano em que o "mais querido" conquistou pela terceira vez consecutiva o campeonato carioca. Três nomes foram essenciais nessa conquista: o meio campo Rubens, o volante Dequinha e o zagueiro Pavão. Não à toa, são os homenageados no samba.

Ouça na voz de Carlinhos Vergueiro


Flamengo joga amanhã, eu vou pra lá
Vai haver mais um baile no Maracanã
O mais querido tem Rubens, Dequinha e Pavão
Eu já rezei pra São Jorge pro Mengo ser Campeão

Pode chover, pode o sol me queimar
Que eu vou pra ver
A Charanga do Jaime tocar
Flamengo, Flamengo, tua glória é lutar
Quando o Mengo perde eu não quero almoçar eu não quero jantar

Em 1979, João Nogueira, outro flamenguista roxo, gravou no disco "Clube do Samba".


Só que dessa vez, o trio exaltado era outro: Zico, Adílio e Adão. Com um arranjo diferente, João também inovou ao colocar a torcida do Mengo na gravação:

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Trem do samba

O dia nacional do samba (sim, é hoje) será bem comemorado no Rio de Janeiro. A 13ª edição do Trem do Samba começa sua jornada na estação Central do Brasil. A festa começa a partir das 17 horas, com shows das Velhas Guardas das Escolas de Samba da Portela, Mangueira, Vila Isabel, Império Serrano e Salgueiro, além de Wilson Moreira, Nelson Sargento, Walter Alfaiate e Nadinho da Ilha.

Depois disso, às 19 horas, é que começa o passeio até Oswaldo Cruz. Cada vagão com sua roda de samba. Todas as viagens sairão da Central do Brasil sem paradas até o destino final. Repetindo a experiência de 2007, trens extras estão programados para as 23h, 24h e 1 hora da manhã. A Empresa aconselha os clientes a adquirirem o ingresso de volta antecipado nas bilheterias da estação Central do Brasil.

Confira a programação dos trens:

Primeiro trem - Trem Candeia

Saída: 19h

Vagão 1 - Velha Guarda da Portela e Marquinhos de Oswaldo Cruz

Vagão 2 - Tia Doca

Vagão 3 - Cacique de Ramos

Vagão 4 - Pagode do Negão da Abolição

Vagão 5 - Grupo Autonomia

Vagão 6 - Clube do Samba

Vagão 7 - Embaixadores da Folia

Vagão 8 - Quilombo

Segundo trem - Trem Silas de Oliveira

Saída: 19h20m

Vagão 1 - Velha Guarda do Império Serrano

Vagão 2 - Grupo Roda do Bip

Vagão 3 - Pagode do Nelsinho e da Wilma

Vagão 4 - Mestre Faísca

Vagão 5 - Manga Preta

Vagão 6 - Pagode da Tia Ciça

Terceiro trem - Trem Cartola

Saída: 19h40m

Vagão 1 - Velha Guarda da Mangueira

Vagão 2 - Velha Guarda do Salgueiro

Vagão 3 - Pagode do Sambola

Vagão 4 - Bloco Voltar pra Quê?

Vagão 5 - Grupo Parados na Ponte

Vagão 6 - Grupo Regente

Quarto trem - Trem Luiz Carlos da Vila

Saída : 20h

Vagão 1 - Velha Guarda da Vila Isabel

Vagão 2 - Caldos e Canjas

Vagão 3 - Quizomba

Vagão 4 - Bloco da Cachaça

Vagão 5 - Pagode do Renascença e Renato Milagres

Vagão 6 - Democráticos de Guadalupe

Vagão 7 - Grupo Nossa Arte de Niterói/Quintal de Jorge

Vagão 8 - Pagode do Ouvidor/Pagode

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Samba da Varig

Com a finalidade de ser exibida em salas de cinema, em 1970 a Varig criou uma série de animções que mostrava variados destinos do Brasil. Na Bahia, um tucano era embalado por berimbaus e um samba tipicamente do local. No Ceará, um xaxado e assim ele ia passando por Minas Gerais, Rio Grande do sul, etc. O Rio de Janeiro não poderia ser representado por outro ritmo senão o samba. O jingle foi composto pelo maestro Arquimedes Messina e teve arranjos do maestro Heraton.



Saiba mais sobre essa campanha aqui.
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