terça-feira, 8 de abril de 2008

Vermute conta o samba:"Ó Seu Oscar!"

Não só de malandros vive o samba. De manés também. Ou neste caso de “Oscares”. Os detentores do nome que me perdoem, mas a gíria era usada no Café Nice, aquele botequim de onde surgiu o “Falsa Baiana”, de Geraldo Pereira.

Pois bem, desta vez os compositores do samba que será contado são Ataulfo Alves (foto) e Wilson Batista e o ano, 1940. Na verdade, o samba é quase todo de Wilson, não fosse por uma inserção genial de Ataulfo.

Talvez pouquíssima gente conheça o primeiro nome que a canção levou assim que ficou pronta: “Está fazendo meia hora”. Nome que continuaria assim não fosse por Ataulfo Alves.

Ataulfo recebeu em mãos os versos da primeira parte, já musicados, e o estribilho pronto.

Cheguei cansado do trabalho
quando a vizinha me falou
tá fazendo meia hora
que sua mulher foi embora
e um bilhete deixou
o bilhete assim dizia
Não posso mais
eu quero é viver na orgia...

Notando um espaço entre o segundo e o terceiro verso, Ataulfo acrescentou o “Ó seu Oscar!”, que acabou se tornando o nome do samba. Fez também a segunda parte, mas o samba mesmo tem cara de Wilson Batista.

Em homenagem ao homem que mudou o rumo desta canção, Ataulfo Jr. canta a música aqui.

Veja aqui as outras histórias de samba que o Vermute já contou

Saiba mais sobre os discos de Ataulfo Alves no Discos do Brasil

Um comentário:

Anônimo disse...

Não sabia que o nome de "Ó Se Oscar" foi proposto por Ataulfo. Isso só deixa a história desse samba mais saborosa.

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