sexta-feira, 18 de abril de 2008

A mascarada de Zé Kéti

Amores de carnaval sempre renderam boas histórias. E boas histórias podem render bons sambas quando os compositores são Zé Kéti e Elton Medeiros. Foram esses dois cariocas que deram letra e música a uma "namorada" que Zé Kéti encontrou em um carnaval, mas só foi ver seu rosto três anos depois. O resultado foi o samba "Mascarada", de música de Elton Medeiros e letra dos dois.

A história completa é a seguinte. Era dia de carnaval e Zé Kéti, um cara muito boa praça, foi desfilar no Bloco das Piranhas. O esquema do bloco era simples e muitíssimo difundido no carnaval: homens que se vestiam de mulher.

Mas Zé Kéti, que de acordo com Elton, era um sedutor, conseguiu descolar uma moça. Sim, uma moça que desfilava no Bloco das Piranhas. Não deu outra. Sumiu com ela durante todo o carnaval.

Ao voltar ao convívio social revelou que ela não tinha tirado a máscara nem por um segundo sequer.

O mistério continuou no ano seguinte. Zé já sabia onde encontrar a moça mascarada e ela lá estava. As noites de amor se repetiram e o segredo sobre a identidade da pequena também. Apenas no terceiro ano é que a mulher deixou que Zé Kéti tirasse a máscara dela.

Daí surgiu um dos maiores sucessos dos dois sambistas: Mascarada.

Tempos depois, Elton Medeiros se encontrou com Zé que estava acompanhado de "uma bonita senhora", como definiu Elton. Zé então revelou: "Elton, essa aqui que é a mascarada". Mesmo assim não deu muito tempo para que ele trocasse algumas frases com ela: "Ele não ficou com ela muito tempo do meu lado. Foi embora", contou rindo.

Mascarada (Zé Kéti) --- Zé Kéti


4 comentários:

Anônimo disse...

essa história não é parecida com a contada na letra de Máscara Negra, também do Zé Keti?

Eu acho

Murilo Mendes disse...

To contigo Doriva!

Nunca li nem ouvi nada a respeito da Máscara Negra, mais tenho pra mim que a inspirção é a mesma!

Fel Mendes disse...

Pô doriva, fiquei curioso...

Qual a história desse samba?

Anônimo disse...

O próprio Zé Keti conta a história para você, Felipe:

Máscara Negra

Quanto riso, oh, quanta alegria
Mais de mil palhaços no salão
Arlequim está chorando
Pelo amor da colombina
No meio da multidão

Foi bom te ver outra vez
Está fazendo um ano
Foi no carnaval que passou
Eu sou aquele pierrô
Que te abraçou e te beijou meu amor
Na mesma máscara negra
Que esconde o teu rosto
Eu quero matar a saudade
Vou beijar-te agora
Não me leve a mal
Hoje é carnaval

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