segunda-feira, 28 de abril de 2008

A emoção sobreviveu!

Trinta e quatro anos depois da primeira apresentação, Paulo César Pinheiro trocou os fios negros pelos brancos, Eduardo Gudin adotou um visual bem distinto daquele de 1974 e Márcia se esforça para manter os cabelos loiros como antigamente. Nos três a passagem do tempo só não se fez presente em um quesito: a emoção.

Paulo, Eduardo e Márcia se apresentaram no Theatro Municipal como uma das centenas de atrações da quarta edição da Virada Cultural. Os três subiram ao palco para lembrar a beleza do show “O importante é que a nossa emoção sobreviva”, um sucesso na década de 70, que acabou resultando em três discos.

Apesar dos ensaios, era visível que, há um bom tempo, os três não se uniam diante de um público que encheu o Municipal. Márcia, que estava longe dos palcos, chegou até a assumir o nervosismo e pediu para recomeçar a música que abre o show, “Consideração”. Mas não pode ser condenada. Sua voz ainda transmite a mesma emoção de antes. Deu um show à parte cantando a dificílima “Ingênuo”, do mestre Pixinguinha.

Uma pena que a repórter tenha errado o nome do show!!!


Gudin e Paulo César não ficaram atrás. O primeiro parece ter ganhado mais experiência nas cordas do violão, embora ainda demonstre algum incômodo no palco. Paulo César, preciso nas suas declamações, cantou com a voz um pouco mais abatida. A rouquidão que lembra Nelson Cavaquinho, um presente das madrugadas de boemia.

O público foi agraciado com músicas dos dois volumes dos discos “O importante é que a nossa emoção sobreviva” e do “Tudo o que mais nos uniu”. Para quem já havia visto o espetáculo ateriormente, o reprise deve ter sido interessantíssimo. Eu não tive esse prazer. Mas posso ter a certeza de que a emoção sobreviveu e seguirá viva nas vozes desses três.

Decepção
O show do quinteto em preto e branco não merece muito mais do que algumas linhas nesse blog. O atraso e o péssimo som marcaram um show que poderia ter se erguido nas costas de Dona Ivone Lara (que mesmo passando por dificuldades pessoais, cantou pouco, mas belamente). Porém, a apresentação acabou se resumindo a uma baita e má executada vontade de vender CD´s. Pena.

Saiba mais sobre o primeiro disco dos três no Discos do Brasil

O pessoal do Ferrugem também teceu suas considerações sobre a Virada Cultural.

4 comentários:

Anônimo disse...

Será que só eu não vi o Nelson Sargento no show do quinteto em branco e preto?

Anônimo disse...

Ô, pessoal do Vermute, eu tava lá no Municipal! Belo show, só não tão bom quanto o original!

Abraços, ainda nos vemos em um desses sambas...

Fel Mendes disse...

Fala doriva! Você chegou a ver o original?

Anônimo disse...

Sim, Fel Mendes! Saudosos meados da década de 70! Eu assistia a shows clássicos e nem sabia!

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