Bezzera da Silva foi daqueles partideiros da pesada. Sem papas na língua, o Embaixador das Favelas cantou toda a malandragem deste Brasil: o político ladrão, o corno sabido e o corno manso, o caguete, o cafungador, a vizinha fofoqueira, as sogras e muito mais. É entre essa imensa temática que estão os trambiqueiros da fé, para os quais Bezerra também dedicou sua ácida ironia.
O primeiro que vamos apresentar é o "Pastor Trambiqueiro". Figura típica espalhada por algumas igrejinhas por aí. Tem uma capacidade imensa para vender a fé a preços altíssimos e curiosamente vai engordando sua conta:
Pastor Trambiqueiro
A música foi composta por Zaba e gravada no LP "Partideiro da Pesada", de 1991. No mesmo disco, Bezerra mandou um recado nervoso para alguns sacristãos pilantras. Saquem só a letra de "Canudo de ouro", composta por Adelzonilton, Nilo Dias e Franco Teixeira:
Canudo de Ouro
A terceira vai pros Pais de Santo malandros. A versão de "Zé Fofinho de Ogum" que você ouvirá foi gravada ao vivo e lançada no disco "Meu bom Juiz", de 2003, o último de Bezerra.
A figura do Zé Fofinho também é muito popular: faz amarração das boas, fecha e abre o corpo de qualquer um, trás marido de volta e arruma emprego. Só não faz chover:
Zé Fofinho de Ogum
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Um comentário:
embora nao seja protestante nem nada no final de sua vida bezerra se converteu ao protestantismo, mas se analisarmos seu album ele nao tece nenhuma critica a antiga vida, ressalta o seu achado "religioso" um disco bem interessante tambem. Realmente Bezerra era unico vivendo seus momentos de vida através de seus momentos de fé. Abraço rapaziada
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