segunda-feira, 9 de março de 2009

O sucesso da canalhice

No começo do ano, o VCA alertou para um vil intérprete da nova safra do samba: Jota Canalha. Usuário inveterado de chapéu e óculos escuros e dono de uma acidez típica, Jota acabara de lançar seu primeiro disco e até então poucos sabiam que Jota é, na verdade, um heterônimo de Henrique Cazes.

O disco parece estar agradando. "Homenageando" as lésbicas, os chatos, a mala madrinha Beth e outras figuras que podem render horas de acirrada discussão, Jota até a Globo já acertou contrato para colocar a música "Chatos em desfile" na novela das oito. A canalhice está aparecendo. E isso rendeu uma entrevistinha (confira na íntegra) das boas no Jornal de Londrina.

Veja só o teor:

Jornal de Londrina - Também é uma voz dissonante dentro do politicamente correto em voga. O bom mocismo dominou o samba?
Jota Canalha - Eu posso garantir, pelo convívio no samba, que o bom-mocismo é externo. Os caras são sacanas. É que essa cobrança no Brasil chegou a verdadeiros absurdos, o próprio governo chegou a fazer uma cartilha. Não tem mais anão, é verticalmente prejudicado. Em um concurso de marchinhas aqui no Rio de Janeiro só teve música politicamente correta. A cabeleira do Zezé não existiria se fosse feita hoje. O humor dá muito trabalho, é muito mais fácil fazer esses sambas que existem aos zilhões do que pegar um assunto e bolar como criticar de forma engraçada. A ideia é ser um contraponto a isso. Tenho até uma dedicatória padrão: “um beijo na bunda do Jota Canalha”.

Confira o site do Cazes

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