segunda-feira, 22 de dezembro de 2008
Retrospectiva
Relembre a entrevista com o francês do violino aforrozado, Nicolas Krassik
Veja Adoniran Barbosa fazendo lobby para a caderneta de poupança Unibanco
Ouça as várias versões para o samba "Manhã de Carnaval" e escolha qual sua preferida
Baixe o curta sobre Nelson Cavaquinho feito por Leon Hirszman
Veja o perfil de Dona Inah, uma matrona do samba
Saiba o clima político em que foi feito "E o mundo não se acabou", um sucesso da Pequena
Reveja os desenhos de Portinari inspirados nas batidas do pandeiro
Até mais!!
sexta-feira, 19 de dezembro de 2008
Samba Velha Guarda
quinta-feira, 18 de dezembro de 2008
O imenso acervo de Hermínio

- Uma letra de música (ainda sem título) feita por Hermínio, Elton Medeiros e Maurício Tapajós:



Parabéns Hermínio por todo o trabalho prestado à nossa cultura! Congratulações com menção honrosa aos organizadores de tão grandioso projeto: Alexandre Pavan, Luiz Ribeiro, Luiz Boal, Tatiana Maciel, Jacira Berlinck e Marcela Banduk!
quarta-feira, 17 de dezembro de 2008
Opções para o Natal
CD Banda Glória Convida Cristina Buarque
R$ 15,90

Mais um belo disco de Cristina Buarque e com os virtuosos arranjos da Banda Glória.
DVD Moacir Santos - Ouro Negro
R$ 33,20

Registro impecável do tributo prestado ao Maestro Moacir Santos
Livro Clara Nunes - Guerreira da Utopia
R$ 49,90

Biografia de Clara Nunes muito bem escrita por Vagner Fernandes.
Box - Noel Pela Primeira Vez (14 CDs)
R$ 199,90

Boa dica para leigos e conhecedores da obra do Poeta da Vila.
LP Martinho da Vila - Canta canta, Minha Gente
R$ 12,90

Grande LP, original.
Pandeiro de couro Artcelsior 10"
R$ 180,00
Tel.: (021) 3351 - 3242

Na minha opinião, a Artcelsior deixa as grandes marcas do ramo no chinelo.
Toca discos vinil e digitalizador para formato mp3
R$ 629,00

Boa dica para quem quer tranformar seus vinis em mp3.
Chapéu Carioquinha
R$ 86,00

Sapato Bicolor
R$ 109,90

Sapato bicolor e chapéu carioquinha para quem quer passar a virada do ano na estica.
segunda-feira, 15 de dezembro de 2008
Apresentando Ernesto Paulelli

- Adoniran, esse rapaz aqui é o Ernesto, toca violão e veio me acompanhar no programa.
Adoniran estende a mão a Ernesto. E solta a voz esganiçada:
- Muito prazer! Muito prazer! Me dê a mão.
Três domingos se passaram depois daquele dia. Novo encontro no bar. A voz rouca faz o pedido ao violonista:
- Você tem um cartão para me dar?
Ernesto põe a mão no bolso e oferece seu cartão.
- Arnesto Paulelli!, lê Adoniran. Desconfiado, Ernesto retruca:
- Adoniran, eu sou E-rnesto. Não sou Arnesto.
- É AR-NES-TO. E teu nome dá samba. Eu vou te fazer um samba. Você aduvida?
Ernesto o olhou meio assim, de lado, e depois concordou:
- Já não aduvido mais.
O dono da voz rouca que cantou os sambas mais paulistanos de São Paulo sela a promessa com um abraço no novo amigo.
- Pode me cobrar o samba, Arnesto. Mas, cartão, este eu não tenho para te dar.
É assim que o site da Revista Brasileiros apresenta um dos personagens mais conhecidos na música popular brasileira, mas que passa despercebido nas ruas de São Paulo. Com 93 anos e meio, Ernesto Paulelli é formado em Direito pelas Faculdades Integradas de Guarulhos (FIG). Já foi engraxate e vendedor de chuchu.
Somente 17 anos depois de conhecer Adoniran é que Ernesto ouviu o samba em sua homenagem na Rádio Bandeirantes.
- Foi em 1955. A minha patroa, Alice, estava entretida na máquina de costura, botando botões na camisa, quando ouvimos na Rádio Bandeirantes:
O Arnesto nos convidou... PUM!
Prum samba ele mora no Brás... PUM!
Nóis fumo e não encontremos ninguém.
- Alice! Alice! Essa peteca é minha!
- Ernesto, que peteca?
- Esse samba aí, Alice, o Adoniran me prometeu. Eu não falei que ele tinha me prometido? Faz quase 20 anos!
E Alice chorou abraçada ao marido. Seu Ernesto confessa:
- Eu também. Pra dizer a verdade, não deu pra segurar. Diz que homem não chora. É mentira. Chora de emoção, de alegria, de tristeza. Eu chorei de alegria.
Quer saber como tudo acabou e onde anda Ernesto hoje? Dá um pulo no site da Brasileiros!
domingo, 14 de dezembro de 2008
Disco da semana: Prato e Faca - Cristina Buarque

Este é o segundo LP da Cristina Buarque. Prato e Faca foi produzido por Fernando Faro e lançado em 1976, o disco tem participação dos portelenses Monarco e Manacéa nos sambas "Sempre Teu Amor" e Carro de Boi do próprio Manacéa. Entre os músicos que fazem parte do conjunto vale destacar os nomes de Dino, que comanda o violão e Marçal (o filho) na percussão. O prato e faca, istrumento que dá nome ao disco pode ser conferido nos sambas "Sempre Teu Amor" e "Esta Melodia". Quem o toca é Luna.
Neste disco, Cristina dá prosseguimento ao seu trabalho de apresentação de sambas e sambistas desconhecidos do grande público, começado no disco anterior. Entre os autores gravados estão Dona Ivone Lara, Mijinha, Geraldo Pereira, Jamelão, Bide, Marçal, etc. Abaixo segue a apresentação que acompanhava o LP escrito por Fernando Faro:
Ah, quantas lágrimas
eu tenho derramado
só em saber...
A idéia era seguir uma certa linha. Escolher a raiz mais forte da árvore e acompanhar seu, curso terra a dentro. Um exercício de redescoberta. Era fazer um caminho que nos levasse a ver de perto, a tocar com os dedos, a matéria de que fomos feitos.
Essa era a idéia.
Algumas figuras são fundamentais nesse quadro. Entre elas, estas que estão aqui: Paulinho da Viola, dona Ivone Lara, Manacéa, Bubu e Jamelão, Alberto Lonato e Mijinha. E algumas maravilhosas lembranças, como as de Heitor dos Prazeres, Bide e Marçal, Geraldo Pereira, Zé-com-fome e João da Baiana.
Sobretudo este, João da Baiana, personagem para nós sem forma ou desenho claro, daqueles que apenas se presente nas noites de terreiro, de quen Jorginho repete aqui o jeito característico de tocar pandeiro, em "Esta melodia", e Luna recorda seu "instrumento" favorito, o prato e faca.
E foi exatamente daqui que veio o título deste disco. Nenhum outro dos nossos "instrumentos", ao que sabemos, tem nome tão significativo. Ele vincula a cozinha, a fome, o comer ao cantar, ao dançar e tocar. Ele arredonda o mundo. Ele aproxima as coisas de sua realidade.
Assim, não podia ter mesmo outro nome esse LP que não prato e faca.
Era essa a idéia.
1-Sempre teu amor (Manacéa)
2-Dei-te liberdade (Ivone Lara)
3-Chega de padecer (Mijinha)
4-Amar é um prazer (Antônio Almeida - Zé da Zilda)
5-Resignação (Arnô Provenzano - Geraldo Pereira
6-Carro de boi (Manacéa)
7-Abra seus olhos (Paulinho da Viola)
8-Sorrir (Marçal - Bide)
9-Sou eu que dou ordens (Heitor dos Prazeres)
10-Não pode ser verdade (Alberto Lonato)
11-Tua beleza (Raul Marques - Waldemar Silva)
12-Esta melodia (Bubú - Jamelão)
sexta-feira, 12 de dezembro de 2008
Uns brindes ao Bip!
"Bip Bip 40 anos" reúne textos de anônimos e famosos sobre o ilustre bar no bairro de Copacabana, timoneado por Alfredo, o conhecido Alfredinho. Sua inauguração foi exatamente no mesmo dia em que foi decretado o Ato Institucional n° 5. O lançamento, é claro, terá como pano de fundo uma roda de samba, já tradicional no botequim. A festa começará às 18 horas e tomará conta da Rua Almirante Gonçalves, em Copacabana.

De aperitivo, vai um texto de Moacyr Luz sobre o boteco. Foi publicado no primoroso livro Botequim de Bêbado Tem Dono, do Moacyr e belissimamente ilustrado por Chico Caruso:

Pra fechar: foi o primeiro sujeito a vender nossos discos de samba, abrindo mão no seu minúsculo bar da necessária despensa pra encaixar os CDs alternativos. No seu aniversário, a feijoada é pretexto pra angariar fundos para entidades filantrópicas. Acho que ele é o mentor da ONG Se Essa Rua Fosse Minha e afirmo que, se o samba invadiu de novo a cidade, a retomada nasceu nas mesinhas do estabelecimento. E salve Cristina Buarque!
Acontece que o assunto é bar
O lugar é famoso e, vez por outra, surgem ônibus de excursão para visitá-lo, na ilusão de que ali o espaço seja maior do que o da antiga Plataforma. Nossa história real começa com um casal de outro estado, máquina fotográfica em punho, querendo muito passar a tarde no templo da boemia carioca. Era sábado, e Alfredinho, de bermuda como sempre, estava sentado à mesa de fora, uma perna dobrada, as costas arqueadas e o Trim na mão. Sabem o que é Trim? Um antigo cortador de unha que, invertida a haste, é capaz de cortar até casco de cavalo:
- É aqui o bar Bip-Bip?
- Leu a placa?
- Ah, sim, é verdade. O senhor poderia servir dois chopes?
- Aqui não se trabalha com chope, só cerveja.
- Desculpe-me, então uma cerveja, por favor.
- Olha, a cerveja aqui é pequena. Pra vocês é melhor pedir duas.
- Sim, sim, claro! Duas cervejas!
- Meu amigo, nós aqui não temos garçom. Vai lá dentro, abre o freezer, pega as bebidas e, depois, na prancheta do lado, você anota o seu nome e faz uns risquinhos com a quantidade.
Catatônico, o turista segue em direção à geladira e ainda ouve a última frase do nosso anfitrião:
- Aproveita e mata essa baratinha que está passando aí!
Baixa o pano. O lugar tem história da música nas suas paredes. Os quadros testemunham os belos encontros que o Alfredinho já proporcionou à cidade do Rio de Janeiro, como a recepção a Dona Ivone Lara, todo um silêncio como arranjo às melodias de Elton Medeiros e uma dinastina de mestres do enredo: Walter Alfaiate, Nelson Sargento e Paulão Sete Cordas. Como livro é sobre bar, e não de centro cultural, dou a minha dica: o Bip-Bip tem uma das melhores batidas de maracujá da região. Servida em copo grande, vem quase no volume da caipirinha e, pra quem gosta de ficar bêbado, bastam duas doses. Eu gosto."
Ah, estivesse eu no Rio de Janeiro, não perderia essa!
quinta-feira, 11 de dezembro de 2008
Analisando o Zicartola
Muito se fala sobre o Zicartola, poucas pessoas compreendem sua importância para a época em que ele abriu as portas. No Livro Zicartola, Maurício Barros de Castro mostra como uma casa que funcionou por apenas dois anos conseguiu exercer tanta influência na sociedade carioca.
Prova disso foi o ressurgimento de nomes como o próprio Cartola, Nelson Cavaquinho, Ismael Silva e Zé Kéti. Espetáculos que foram inspirados no boteco, como o Opinião e o Rosa de Ouro. O livro também chama a atenção para os freqüentadores, aliás o ambiente é justamente recriado por alguns de seus mais ilustres como Hermínio Bello de Carvalho, Nelson Sargento, Elton Medeiros, Ferreira Gullar, etc. Foi através do Zicartola que pela primeira vez a Zona Sul do Rio vinha até a Zona Norte, já que na Zona Sul era grande a quantidade de bares dedicados à Bossa Nova. Atraindo os jovens universitários e intelectuais de esquerda.
O livro com pouco mais de 100 páginas, possui leitura densa, daquelas que não se deve ler simplesmente por ler.
Título: Zicartola: política e samba na casa de Cartola e Dona Zica
Autor: Maurício Barros de Castro
Editora: Relume Dumará
Ano: 2004
Preço: R$ 27,90
quarta-feira, 10 de dezembro de 2008
Demodê: (adj) que já saiu de moda
Ps.:Ouça alto e repare na cuíca ao fundo
Boêmio Demodê
Vou fazer uma seresta,
Moderninha como quê,
Misturar os tratamentos,
Juntar o tu com você,
Eu não quero que me chamem,
Um boêmio demodê.
Com acordes dissonantes,
Sem marquise e sem calçada,
Sem fundo de mulher amada,
Na penumbra do balcão,
Seresta ultra moderna,
Sem viola e violão.
Minha seresta,
Não terá pinga na rua,
Não terá luar nem lua,
E nem lampião de gás,
Porque a lua,
Nesses tempos agitados,
Já não é dos namorados,
Romantismo não tem mais.
Minha seresta,
Nesta era espacial,
Vai se tornar imortal,
Na voz daquele ou daquela,
Minha seresta,
Vai ganhar placa de bronze,
Pois nem mesmo apolo onze,
É mais moderno que ela.
terça-feira, 9 de dezembro de 2008
Os desenhos de J. Carlos


Veja o que diz o site dezenovevinte sobre os traços do cartuista: "J. Carlos desenhou durante o primeiro e segundo quartel do séc XX, contribuindo para imprensa do Rio de Janeiro e São Paulo em publicações como Careta, O Malho, Para Todos, entre outras. Seu desenho era livre do sfumato dos tempos da litografia, bulindo com dinamismo. Uma rapidez e limpidez de traço que risca do cabelo à ponta do pé, serpenteando o contorno que dizia tudo, e tudo caracterizava. Dotado de refinamento, ao mesmo tempo que ia para o grotesco tinha bom humor, e, quando necessário, um toque profundo".

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008
DVD novo é ótimo

"Em especial na primeira parte, Martinho procura seguir uma linha cronológica, relembrando a sua história. Explica e canta seus primeiros sucessos, lançados nos festivais: "Menina Moça", "Casa de Bamba", "Pra que Dinheiro"... Entende-se aí o salto que Martinho deu ao criar uma forma estilizada de partido-alto, usando a batida e a síncopa tradicionais, mas sem versos improvisados. Em seguida vem "O Pequeno Burguês", um de seus grandes sucessos, original ao contar a história de um rapaz que passa no vestibular mas não pode cursar, porque "a faculdade é particular". Talvez ainda mais saboroso é o bloco dedicado aos sambas feitos para a sua Unidos de Vila Isabel: sambas-enredo como "Yayá do Cais Dourado" e sambas de quadra como "Renascer das Cinzas". Martinho fica tão à vontade que conta ter apelado ao então governador do Rio, Chagas Freitas, para não deixar sua escola cair para o segundo grupo. Sinceridade e bons sambas formam um DVD especial. Fica o gosto de que poderia ser mais."
O PEQUENO BURGUÊS
Artista: Martinho da Vila
Gravadora: MZA
Quanto: R$ 22 (CD), R$ 30 (DVD) e R$ 39 (kit com CD e DVD), em média
Classificação: livre
Avaliação da Folha de S.Paulo: ótimo
Disco da semana: Recomeço - Henricão
Henricão foi um grande representante do samba paulista. Entretanto só conseguiu gravar um LP, em 1980. O disco não chamou muita atenção do grande público na época. De fato uma grande injustiça, pois além dos clássicos "Só vendo que beleza", "Está chegando a hora" e o choro "Sons de carrilhões", que ganhou bela letra do próprio Henricão, há a participação de Carmen Costa. Ela divide os vocais com o sambista nas faixas: "Carmelito" e "Está chegando a hora".
Músicas:
1 - Marambaia (Só vendo que beleza) (Henricão - Rubens Campos)
2 - Andorinha (Henricão - Rubens Campos)
3 - Sons dos carrilhões (Henricão - João Pernambuco)
4 - Sou eu (Henricão - José Alcides)
5 - Carmelito (Gabino Coria Peñaloza - Juan de Dios Filiberto - adap: Henricão - Rubens Campos) participação especial: Carmem Costa
6 - Saravá Umbanda (Dedê - Henricão - Vitor Gonçalves)
7 - Está chegando a hora (Fernandez - adap: Henricão - Rubens Campos) participação especial: Carmem Costa
8 - Deu cupim (Henricão - José Alcides)
9 - Não faça hora (Caco Velho - Henricão)
10 - Já é madrugada (Henricão - Rubens Campos)
11 - Meu crime (Bucy Moreira - Henricão - Raul Marques)
12 - Meu grande desejo (Henricão - Raul Marques)
Baixe esse disco no Prato e Faca.
sexta-feira, 5 de dezembro de 2008
Germano na Praça da República
quarta-feira, 3 de dezembro de 2008
Ao "Mais Querido"

Ouça na voz de Carlinhos Vergueiro
Flamengo joga amanhã, eu vou pra lá
Vai haver mais um baile no Maracanã
O mais querido tem Rubens, Dequinha e Pavão
Eu já rezei pra São Jorge pro Mengo ser Campeão
Pode chover, pode o sol me queimar
Que eu vou pra ver
A Charanga do Jaime tocar
Flamengo, Flamengo, tua glória é lutar
Quando o Mengo perde eu não quero almoçar eu não quero jantar
Em 1979, João Nogueira, outro flamenguista roxo, gravou no disco "Clube do Samba".

Só que dessa vez, o trio exaltado era outro: Zico, Adílio e Adão. Com um arranjo diferente, João também inovou ao colocar a torcida do Mengo na gravação:
terça-feira, 2 de dezembro de 2008
Trem do samba
Depois disso, às 19 horas, é que começa o passeio até Oswaldo Cruz. Cada vagão com sua roda de samba. Todas as viagens sairão da Central do Brasil sem paradas até o destino final. Repetindo a experiência de 2007, trens extras estão programados para as 23h, 24h e 1 hora da manhã. A Empresa aconselha os clientes a adquirirem o ingresso de volta antecipado nas bilheterias da estação Central do Brasil.
Confira a programação dos trens:
Primeiro trem - Trem Candeia
Saída: 19h
Vagão 1 - Velha Guarda da Portela e Marquinhos de Oswaldo Cruz
Vagão 2 - Tia Doca
Vagão 3 - Cacique de Ramos
Vagão 4 - Pagode do Negão da Abolição
Vagão 5 - Grupo Autonomia
Vagão 6 - Clube do Samba
Vagão 7 - Embaixadores da Folia
Vagão 8 - Quilombo
Segundo trem - Trem Silas de Oliveira
Saída: 19h20m
Vagão 1 - Velha Guarda do Império Serrano
Vagão 2 - Grupo Roda do Bip
Vagão 3 - Pagode do Nelsinho e da Wilma
Vagão 4 - Mestre Faísca
Vagão 5 - Manga Preta
Vagão 6 - Pagode da Tia Ciça
Terceiro trem - Trem Cartola
Saída: 19h40m
Vagão 1 - Velha Guarda da Mangueira
Vagão 2 - Velha Guarda do Salgueiro
Vagão 3 - Pagode do Sambola
Vagão 4 - Bloco Voltar pra Quê?
Vagão 5 - Grupo Parados na Ponte
Vagão 6 - Grupo Regente
Quarto trem - Trem Luiz Carlos da Vila
Saída : 20h
Vagão 1 - Velha Guarda da Vila Isabel
Vagão 2 - Caldos e Canjas
Vagão 3 - Quizomba
Vagão 4 - Bloco da Cachaça
Vagão 5 - Pagode do Renascença e Renato Milagres
Vagão 6 - Democráticos de Guadalupe
Vagão 7 - Grupo Nossa Arte de Niterói/Quintal de Jorge
Vagão 8 - Pagode do Ouvidor/Pagode
segunda-feira, 1 de dezembro de 2008
Samba da Varig
Saiba mais sobre essa campanha aqui.
domingo, 30 de novembro de 2008
Disco da semana: Passado de Glória - Velha Guarda da Portela
A gente fica sempre tentando trazer coisas que são menos conhecidas e às vezes acabamos esquecendo de dar o merecido destaque a discos e artistas mais clássicos. É por isso que o disco desta semana é o bom e velho Passado de Glória, da Velha Guarda da Portela. Trata-se do primeiro registro da Velha Guarda da Portela que, organizada por Paulinho da Viola contava com Casquinha no Surdo, Eliseu no pandeiro, Jair Costa no cavaquinho (considerado por Jacob do Bandolim como melhor palhetada de samba), César Faria no violão.
Sambas que hojem são obrigatórios em qualquer roda de samba que se preze foram revelados através deste disco produzido por Paulinho da Viola. Foi a partir deste LP também que se iniciou o conceito de Velha Guarda tal qual conhecemos hoje.
Destacar somente uma faixa deste disco seria uma tremenda injustiça com as outras. Entretanto gostaria de chamar a atenção não para uma música, e sim para um instrumento. Prestem atenção no violão do velho César. É de arrepiar.
Músicas:
01 - Quantas lágrimas (Manacéa)
02 - Se tu fores na Portela (Ventura)
03 - Desengano (Aniceto)
04 - Sofrimento de quem ama (Alberto Lonato)
05 - Vaidade de um sambista (Francisco Santana)
06 - Chega de padecer (Mijinha)
07 - Levanta cedo (Rufino)
08 - Cocorocó (Paulo da Portela)
09 - Tristeza (Heitor dos Prazeres e João da Gente)
10 - Vida de fidalga (Alvaiade e Francisco Santana)
11 - Ando penando (Alcides)
12 - A maldade não tem fim (Armando Santos)
13 - Alegria tu terás (Antonio Caetano)
14 - Passado de glória (Monarco)
Baixe esse disco no Um Que Tenha.
sexta-feira, 28 de novembro de 2008
Inimigos do Batente & João Borba no Anhangüera - HOJE
Para quem não o conhece:
Inimigos do Batente: Railídia (voz), Fernando Szegeri (voz, ganzá), Paulinho Timor (percussão geral), Cebolinha (repique de anel), Julio Vellozo (cuíca), Kico Nogueira (cavaquinho), K-belinho (pandeiro), Marcelo Homero (voz, surdo), Luís "Tchubi" (violão de sete cordas).
Clube Anhangüera: Rua dos Italianos, nº 1.261 - Bom Retiro.
Telefone: 3361-1799.
Sexta-feira, 28 de novembro de 2008.
O samba começa às 23h00.
Ingressos: R$ 10,00 + 1 Kg de alimento não perecível ou agasalho
quinta-feira, 27 de novembro de 2008
O Diamante Negro fotografado




Vale lembrar também que as fotos aí têm trilhões de direitos autorais. Quem deseja usar de forma comercial deve pedir a licença de uso para os Moreira Salles. Mas, há de se convir que só de ver algumas fotos dessas já é empolgante!

terça-feira, 25 de novembro de 2008
Chorinhos e Chorões, 1974
Trata-se de um belíssimo panorama do choro, com histórico e filmagens raras, como de Luperce Miranda (que morreria três anos depois) interpretando Picadinho à Baiana, um choro de sua própria composição.
O filme, hospedado no site Porta Curtas pode ser visto aqui. Para abrir a ficha técnica do documentário, clique aqui. E boa sessão!
segunda-feira, 24 de novembro de 2008
Quando Lupi saiu de cena
A capa de 28 de agosto de 1974 é o destaque selecionado pelo Vermute. Trata da morte de um dos mais brilhantes sambistas gaúchos que já se viu: Lupicínio Rodrigues. O arquivo em PDF pode ser aberto aqui e é uma boa para quem gosta de colecionar essas velharias.
O texto do dia trazia grafado "Lupiscínio", embora o compositor tivesse pedido que escrevessem seu nome sem o "S": Vê se dá para escrever meu nome sem 's', que fica muito velho. Prefiro com 'c', sem aquele 's' antes, coisinha chata".
domingo, 23 de novembro de 2008
Disco da semana: Ao Vivo - Nelson Gonçalves & Raphael Rabello
É difícil dizer o que é necessário para lançar um grande disco. Entretanto se você juntar um dos intérpretes de maior sucesso da época do rádio com um violonista, que segundo alguns, era melhor que Yamandú Costa, o sucesso será inevitável.
E foi isso que aconteceu em 1989 quando Nelson Gonçalves e Raphael Rabello se uniram para uma temporada de shows no Olympia em São Paulo. De lá saíram sete das quatorze faixas que integram o disco. As outras sete foram gravadas apenas em 1991, em um estúdio do Rio de Janeiro. Há duas participações que abrilhantam ainda mais o disco, Dino 7 cordas aparece na música Deusa da Minha Rua. E na faixa As Três Lágrimas, quem comanda o acordeon é ninguém menos do que Caçulinha, aquele mesmo do Faustão.
Deste disco destaco o clássico da bossa nova, Samba do Avião, em que Raphael consegue reinventar a música com um arranjo totalmente diferente do que prega o ritmo.
Músicas:
01 - Samba Do Avião* (Tom Jobim)
02 -Luiza* (Tom Jobim)
03 - Quem Há De Dizer?* (Alcides Gonçalves/Lupicínio Rodrigues)
04 - Súplica** (Déo/José Marcílio/Otávio Gabus Mendes)
05 - As Rosas Não Falam** (Cartola)
06 - Nunca* (Lupicínio Rodrigues)
07 - Chão De Estrelas* (Orestes Barbosa/Sílvio Caldas)
08 - Fracasso** (Mário Lago)
09 - Velho Realejo** (Custódio Mesquita/Sadi Cabral)
10 - Número Um* (Benedito Lacerda/Mário Lago)
11 - A Deusa Da Minha Rua** (Jorge Faraj/Newton Teixeira)
Part. Especial: Dino 7 Cordas: Violão 7 Cordas
12 - As Três Lágrimas** (Ary Barroso)
Part. Especial: Caçulinha : Acordeon
13 - Naquela Mesa* (Sérgio Bittencourt)
14 - Pra Esquecer** (Noel Rosa)
* Gravado no Olympia
** Gravado no Estúdio
Baixe esse disco no Regálame esta noche.
sábado, 22 de novembro de 2008
Paciência Iracema, paciência

O curioso é que ninguém sabe ao certo como é a história do samba. Uma versão dá conta de que Adoniran se inspirou ao ler no jornal uma notícia de uma mulher atropelada na Rua da Consolação. A outra é que Adoniran a compôs para uma mulher que não o correspondia, e um dia, cheio de raiva, disse que ia matá-la. Escreveu o samba, mostrou para ela e disse “Ta aqui ó! Te matei”.
Se foi por conta do jornal ou de um amor não correspondido, isso ninguém nunca vai saber. O fato é que Adoniran transformou um acontecimento qualquer em uma bela crônica. Coisa em que era, de fato, um especialista.
Abaixo segue um vídeo com bela interpretação de Elis Regina e com Adoniran narrando o acontecido.
quinta-feira, 20 de novembro de 2008
Ao dia da Consciência Negra
Jongo do Irmão Café (Wilson Moreira / Nei Lopes)
Auê, meu irmão café!
Auê, meu irmão café!
Mesmo usados, moídos, pilados, vendidos, trocados, estamos de pé:
Olha nós aí, meu irmão café!
Meu passado é africano
Teu passado também é.
Nossa cor é tão escura
Quanto chão de massapé.
Amargando igual mistura
De cachaça com fernet
Desde o tempo que ainda havia
Cadeirinha e landolé
Fomos nós que demos duro
Pro país ficar de pé!
Auê, meu irmão café!
Auê, meu irmão café!
Mesmo usados, moídos, pilados, vendidos, trocados, estamos de pé:
Olha nós aí, meu irmão café!
Você, quente, queima a língua
Queima o corpo e queima o pé
Adoçado, tem delícias
De chamego e cafuné
Requentado, cria caso,
Faz zoeira e faz banzé
E também é de mesinha
De gurufa e candomblé
É por essas semelhanças
Que eu te chamo "Irmão Café"
terça-feira, 18 de novembro de 2008
Martinho na gringa
segunda-feira, 17 de novembro de 2008
Lançamento à vista
No dia 2 de dezembro, institucionalizado como dia nacional do samba, Vargens relançará Candeia: Luz da Inspiração, a terceira edição da única biografia autorizada de Antônio Candeia Filho, esgotada em duas tiragens, publicadas em 1987 e 1997.

Para acompanhar a leitura, um CD com 25 músicas inéditas do compositor, cinco delas interpretadas pelo próprio Candeia. Já as outras estão nas vozes de Walter Rosa, Casquinha, Wilson Moreira e Monarco.
Comemorando Candeia
Nesta terça-feira se completam 30 anos de morte de Candeia. Em São Paulo, a comemoração ao mestre partideiro será feita no sábado, por Teresa Cristina e pelas pastoras portelenses – Tia Surica, Tia Doca, Áurea Maria (filha de Manacéa) e Neide Santana (filha de Chico Santana).
A festa será no Bar Samba, na Vila Madalena. Anote aí:
Teresa Cristina e as pastoras da Portela. Bar Samba. Rua Fidalga 308, Vila Madalena, 3819-4619. Sábado, 15, a partir das 12 h. R$ 60
Leia a matéria completa no jornal O Estado de S.Paulo para saber como Candeia ficou paralíticodomingo, 16 de novembro de 2008
Disco da semana: 1978 - Roberto Ribeiro

Paulo César Pinheiro
Grande disco! Dele destaco os clássicos Meu Drama, em que há uma interpretação primorosa de Roberto, e o belo samba enredo do GRANES Quilombo, Ao Povo em Forma de Arte.
Todo Menino é um Rei (Nelson Rufino / Zé Luiz) - Roberto Ribeiro
Músicas:
1 - Todo menino é um rei (Nelson Rufino / Zé Luiz)
2 - Favela Jorge Lucas / Edson Paiva)
3 - Isso não são horas (Catoni / Xangô da Mangueira / Chiquinho)
4 - Meu drama (Silas de Oliveira / J. Ilarindo)
5 - Flor mulher (Noca da Portela / Joel Menezes / Carlito Cavalcante)
6 - Noite amiga (Roberto Ribeiro / Joel Menezes)
7 - Amei demais (Flávio Moreira / Liette de Souza)
8 - Um poema pra você (Fonte de inspiração)(Silvio da Silva)
9 - Rosas do mar Roberto Ribeiro / Toninho Nascimento)
10 - Quero (Dida / Dedé da Portela)
11 - Ao povo em forma de arte (Wilson Moreira / Nei Lopes)
12 - Não sou feliz no amor (Monarco)
Baixe aqui o disco via CD Covers Grátis.
sexta-feira, 14 de novembro de 2008
O Rio por Zé Kéti
A primeira brasa que será colocada é um samba de autoria do grande Zé Kéti - aliás, hoje completa nove anos de sua morte -, chamado "O Retrato do Rio". Trata-se de uma bela homenagem aos grandes bambas que fizeram a história do samba.
O Retrato do Rio (Zé Kéti)
Catoni faz o enredo
Monarca faz o sambão
E o Fuleiro manda brasa na moçada com seu violão
Silas de Oliveira e Zuzuca
Essa dupla sensacional
Não me levem a mal
Se por acaso esquecer de alguém
Neste samba tradicional
O Martinho, o Cartola
Todos dois da minha escola
Em matéria de fazer composição
E agora o Paulinho da Viola
Meu pupilo faz sucesso
Nessa aposta, nesse estilo
Na Portela tem Candeia, Walter Rosa e Jabolô
No Império, o Jorginho sim, senhor
Salgueirense gente boa, Noel Rosa de Oliveira
Anescar e Narcisa pra sambar
Catoni faz o enredo
Monarca faz o sambão
E o Fuleiro manda brasa na moçada com seu violão
Silas de Oliveira e Zuzuca
Essa dupla sensacional
Não me levem a mal
Se por acaso esquecer de alguém
Neste samba tradicional
Outro nome vou citar
Todos devem respeitar
Nelson Cavaquinho é nosso rei
O Jair não fica atrás
E o Elton, bom demais
O Sargento em Mangueira é cartaz
Padeirinho também
Mano Décio, Mano André
Seu Darcy e Seu Leléu
Representam bem o samba de Noel, ou Ismael
O Comprido e o Preto Rico
O Pelado dos Originais
São bons, são bons demais
Quem inventou o samba foi o Donga
Em seu tempo de rapaz
Quem inventou o samba foi o Donga
Que pra mim é muito mais
Baixe aqui "O Retrato do Rio"
quinta-feira, 13 de novembro de 2008
Sacudido e dançante

“Caçuá” dá continuidade à linha adotada no primeiro CD: uma bem-dosada combinação de tradição e modernidade em que o respeito à tradição não engessa a ousadia, gesto que renova os gêneros. O repertório é bastante equilibrado, com clássicos e composições inéditas. Dono de uma técnica sólida, Nicolas Krassik não cai na tentação fácil de exibir seu virtuosismo com malabarismos estéreis. Prefere tocar de modo mais sóbrio, valorizando a melodia, sem nunca perder a fluidez e o matiz lírico do fraseado.
Uma bela versão de “Deixa a menina”, de Chico Buarque, abre o disco. O violino brilha soberano na melodia e nos improvisos, escoltado pelo violão de sete cordas de Nando Duarte. A segunda faixa, que dá nome ao CD, de João Lyra e Maurício Carrilho, apresenta a tradição da viola caipira e dos ritmos nordestinos e uma delicada melodia exposta pelo violino. “Juízo Final”, de Nélson Cavaquinho e Élcio Soares, ganha ares meditativos no arranjo de Krassik, em que o pizzicato da primeira parte cede lugar na segunda às notas alongadas do violino tocado com arco. Uma gravidade semelhante domina a releitura de “Último desejo” (Noel Rosa), arranjada por Luís Filipe de Lima e Krassik em compasso de choro.
Os ares nordestinos chegam no medley de “Sanfona Sentida” (Anastácia e Dominguinhos) e “Cheirinho de Mulher” (Sivuca), em que o violino mantém um diálogo com o acordeon de Chico Chagas. Acreano radicado no Rio, Chagas tem formação jazzística, arranja e compõe. Para o primeiro disco de Krassik, compôs “Forró do Ça Va”, um baião cheio de afetuoso lirismo. Com razão, Krassik o considera como o melhor acordeonista brasileiro depois de Dominguinhos. O sabor nordestino continua no xote “Na casa do Zezé”, composição de Chagas que se destaca pela beleza da melodia.
Um dos pontos altos do disco é “Casamento da raposa”, de Gerson Filho, arranjada por Marcelo Caldi. A partir de uma cadência marcada por zabumba, pandeiro e triângulo, os outros instrumentos – bandolim, violino, acordeon, dois violões de sete cordas, além do pífano e do sax soprano de Carlos Malta – se lançam em uma dança eletrizante, cheia de verve. Sabor mediterrâneo é a tônica de outro medley, reunindo a folclórica “Karanfil” e “Santa Morena”, de Jacob do Bandolim, em que o violino leva o ouvinte para um passeio por sonoridades árabes-andaluzas.
O Nordeste volta à baila no pot-pourri final, no qual Krassik toca três temas ao lado do rabequeiro pernambucano Luiz Paixão: “Bem temperado” e “Arrumadinho”, de Paixão, e “Flor de ingazeira”, de Nelson da Rabeca. O registro é rústico, seco como o sertão.
Pela primeira vez, Krassik – que se considera muito mais intérprete do que compositor – gravou duas peças de sua autoria: “Petite maman” e “Meu maxixe”. A primeira é uma terna homenagem à mãe, que morreu em 2005. Nas palavras do violinista, “ela mostra meu lado europeu, pois a melodia evoca Chopin, compositor que minha mãe gostava de tocar, e meu lado brasileiro, pois o ritmo é de samba”. A outra composição é um tema sacudido e dançante – como boa parte do disco –, e é vista por Krassik como mero “exercício de estilo”. Pode-se concordar ou não com a afirmação, mas é certo que o francês aprendeu a lição.
Ficou interessado? Baixe aqui o disco para conhecê-lo melhor.
quarta-feira, 12 de novembro de 2008
Havaianas e Carmem Miranda
Para isso contrataram uma cantora que não explodiu, mas tinha talento: Rosemary. Afinal imitar a Pequena Notável (com qualidade) não é pra qualquer um:
terça-feira, 11 de novembro de 2008
As mágoas afogadas
Rir para iludir
Cantar para não chorar
Beber para esquecer
O nome daquela ingrata
Que me fez sofrer
Os versos de Cartola e Elton Medeiros também já cantaram em "Peito Vazio" um afogamento de mágoas num copo cheio.
Procuro afogar no álcool a tua lembrança
Mas noto que é ridícula a minha vingança
Há também a bela composição de Martinho da Vila, "Disritmia", que diz:
Me deixe hipnotizado
Prá acabar de vez com essa disritmia
Vem logo, vem curar seu nego
Que chegou de porre lá da boemia
Disritimia
Finalizo este post com uma canção que está no mesmo nível das demais apresentadas acima, porém não tão conhecida. A música chama-se “Taça de Vinho” e é de autoria de Wilson das Neves:
Taça de Vinho
Você deixou dentro de mim
Uma taça partida
Derramou no caminho do meu peito
O vinho da ilusão perdida
Você deixou minha´lma assim
Uma estrela caída
Fez um rodamoinho e me largou sozinho
Nos confins da vida
Você deixou um corte de punhal
E ainda sangra esta ferida
E nem mesmo a bebida
Tira o amargo sabor da paixão
Você deixou na taça de cristal
A marca desta despedida
A aliança rompida
Entre o meu e o teu coração
Uma noite manchada
Uma taça quebrada
Uma gota de dor
Dentro dos olhos meus
Um silêncio cruel de adeus
E a minha face perdendo a cor
Um aceno na estrada
Uma estrela cortada
Um perfume de flor
Em meu leito depois
E esse vinho lembrando os dois
Me afasta sempre de um novo amor
segunda-feira, 10 de novembro de 2008
Três versões para Carinhoso

domingo, 9 de novembro de 2008
Disco da semana: Samba da Cidade - Moacyr Luz

Mitos Cariocas: Lan (Moacyr Luz / Aldir Blanc)
Músicas:
01 - Tudo que eu Vivi (Moacyr Luz / Wilson das Neves)
02 - Vila Isabel (Moacyr Luz / Martinho da Vila)
03 - Som de Prata (Moacyr Luz / Paulo César Pinheiro)
04 - Zuela de Oxum (Moacyr Luz / Martinho da Vila)
05 - Vinte-e-Sete-Zero (Moacyr Luz / Nei Lopes)
06 - Você Não Parece Mais Você (Moacyr Luz / Aldir Blanc)
07 - Briga de Família (Moacyr Luz / Martinho da Vila)
08 - Faça Chuva ou Faça Sol (Moacyr Luz / Aldir Blanc)
09 - Mitos Cariocas: Lan (Moacyr Luz / Aldir Blanc)
10 - Praça Mauá: Que Mal Há? (Moacyr Luz / Aldir Blanc)
11 - Eu só Quero Beber Água (Moacyr Luz)
12 - Cabô, Meu Pai (Moacyr Luz / Aldir Blanc / Luis Carlos da Vila)
sexta-feira, 7 de novembro de 2008
quinta-feira, 6 de novembro de 2008
Paula Mirhan: talentosa e jovial

Paula tem 25 anos, é cantora e atriz formada em artes cênicas pela Unicamp. Desde menina sentia que para ela Corumbá era uma cidade pequena demais. Mudou seu cantinho para um aconchegante apartamento em uma travessa da Rua Augusta.
Dentre as demais escolhas que fez, a Universidade Livre de Música-Tom Jobim foi determinante na sua carreira. Lá, venceu o Festival da ULM na categoria intérprete em 2006. Dois anos depois ela concorre novamente ao mesmo prêmio.
Foi também nos corredores da instituição que conheceu o amigo, compositor e violonista Wagner Barbosa. Na etapa atual desse caminhar, Paula e Wagner, além de amigos são colegas de profissão e dividem o palco. Sábado a jovem cantora interpreta as composições de Wagner no segundo e último final de semana de lançamento do CD “Amanhecer”.


Paula exala uma mistura bem temperada de movimento e reflexão. “Muitas vezes fazemos o contrário, mas acho que devemos priorizar teorizar aquilo que experimentamos”. Paula experimenta e caminha na música, feliz.
Ela estuda percepção, técnica vocal e harmonia. “Música para mim sempre foi letra”, conta. Mas aprendeu a trabalhar a voz como um instrumento, e está mais atenta hoje para a dinâmica e o ritmo.
Para agregar mais valor ao seu trabalho, Paula costuma beber nas outras artes. O cinema, uma fonte inesgotável de inspiração, é para ela também ferramenta de trabalho. “Percebo que é muito difícil encontrar cantores interados das outras artes, como literatura, teatro ou cinema. Dou muita importância a isso. "
LANÇAMENTO DO DISCO AMANHECER - Paula Mirhan e Wagner Barbosa.