quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Demodê: (adj) que já saiu de moda

Mais uma pedrada. Bôemio Demodê, de Adelino Moreira, foi gravada originalmente por Paulo Vinícius, um cantor de voz impostada ao bom estilo Nelson Gonçalves. A música estourou em 1971. A data fica bastante evidente na própria letra quando Paulo Vinícius canta os feitos do homem no espaço. Algum tempo depois o próprio Nelsão aproveitou que a música casava perfeitamente com seu estilo e resolveu gravar também.


Ps.:Ouça alto e repare na cuíca ao fundo



Boêmio Demodê
Vou fazer uma seresta,
Moderninha como quê,
Misturar os tratamentos,
Juntar o tu com você,
Eu não quero que me chamem,
Um boêmio demodê.

Com acordes dissonantes,
Sem marquise e sem calçada,
Sem fundo de mulher amada,
Na penumbra do balcão,
Seresta ultra moderna,
Sem viola e violão.

Minha seresta,
Não terá pinga na rua,
Não terá luar nem lua,
E nem lampião de gás,
Porque a lua,
Nesses tempos agitados,
Já não é dos namorados,
Romantismo não tem mais.

Minha seresta,
Nesta era espacial,
Vai se tornar imortal,
Na voz daquele ou daquela,
Minha seresta,
Vai ganhar placa de bronze,
Pois nem mesmo apolo onze,
É mais moderno que ela.

Baixe esse disco que consagrou Paulo Vinícius no blog Raridades do Pipiu

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