segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Três versões para Carinhoso

Um brinde às obviedades!

"Carinhoso" já foi eleita pela Revista Bravo! como a música mais importante do cancioneiro nacional. Mas essas listas sempre causam polêmica e esse não é o objetivo deste post. A verdade é que qualquer brasileiro reconhece a música de Pixinguinha com apenas quatro notas (as referentes ao verso Meu coração).

Aliás nem sempre essa música foi letrada. Em 1917, quando foi composta, Pixinguinha tinha vergonha de tocá-la em público. O choro, só com duas partes, e não três, como eram os ditames da época, não seria bem-aceito. “Eu não tocava. Ninguém ia aceitar”, disse em um depoimento dado em 1968 para o Museu da Imagem e Som do Rio de Janeiro.

E demorou mesmo para tocar. Só em 1928 é que foi registrada na versão instrumental. Ouça aqui a primeira gravação. Depois de algumas gravações sem sucesso, a música recebeu a famosa letra. Escrita em outubro 1936 por João de Barro, o Braguinha, a letra foi um pedido da atriz e cantora Heloísa Helena, que iria participar de um espetáculo beneficente chamado Parada das maravilhas. Com letra, Orlando Silva, o cantor das multidões, gravou a música no lado B de um compacto duplo lançado em 1937. Escute como ficou.

Mas a versão que eu quero colocar, entre as mais de 200 que já foram feitas, é outra. Em 1970, três anos antes da morte do compositor, foi gravado o disco "São Pixinguinha", cuja capa ilustra o post. A faixa oito tem um arranjo camerístico, é de impressionar:


Um comentário:

Anônimo disse...

belo post...ainda mais se tratantado de um tema tão batido..parabéns

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