segunda-feira, 22 de junho de 2009

Fala, Turcheto!

A promoção da vez no Vermute é do artista Dani Turcheto. Para quem ainda não se convenceu, segue uma pequena entrevista, na qual Dani fala do começo, das influências, do albúm de estreia e do projeto "Quanto vale", que tem como proposta de você só pagar o show depois que assiste, e quanto achar justo. Confira:

Quais as suas atividades antes do envolvimento com a música?
Olha, eu sempre toquei, música sempre esteve na minha vida, desde bem criança. Toquei em banda de rock quando era moleque, mas profissionalmente sempre fiz outras coisas. Sou meio empreendedor. Já tive casa noturna, tive restaurante e tem a empresa da minha família que eu trabalhei por quinze anos como diretor comercial. Há quatro ou cinco anos eu saí , a gente profissionalizou e eu coloquei um cara no meu lugar. Aí eu caí de cabeça na música.

No seu MySpace você diz que sua influência é o samba dos anos 70. Quais, especficamente, são suas influências?
Principal para mim é aquele quarteto que acompanhava a Elis e o César Camargo Mariano nos anos 70. Era o César Camargo Mariano, Paulinho Braga na bateria, Luizão Maia no baixo. Djavan dos anos 70 e João Bosco.

Como foi a escolha do repertório pro disco?
São todas músicas minhas, eu compus todas. Eu tenho mais de cinquenta sambas, aí selecionei dez de acordo com o que eu mais gostava e também com dinâmica para formar um álbum.

Você afirma que desde pequeno que você acompanha rodas de samba que acontecem na sua casa. Porque há somente uma música com roupagem de "roda da samba", de fato?
Na hora em que você vai produzir um disco, você tem que fazer escolhas da roupagem. Apesar de ter uma com uma com roda de samba... Na verdade tem duas. Tem "O Tempo Nos Ensina a Jardinar" ali, que é uma roda um pouco mais louca, mas é uma roda. Na verdade, é isso, é que eu gosto muito de samba-jazz, eu gosto desses arranjos um pouco mais sofisticados. Tem muito metal, "metaleira". Talvez o motivo seja porque, quando eu componho eu ouço muito os metais, eu ouço a linha de metais. Tanto que uma parte dos metais do disco são minhas mesmo. Tem um arranjador de metal, mas acho que ele fez metade, metade fui eu que fiz, porque saiu junto com a composição. Então, acho que é por isso que no arranjo eu precisei cair para isso mesmo, porque roda de samba não ia dar pra por metal, não ia dar para por nada.

Qual o saldo do projeto "Quanto vale"?
Na verdade são dois projetos. Uma coisa é meu disco, e outra coisa é o projeto "Quanto vale". O projeto é meu também. Na verdade é de um coletivo meu, que chama "Navegantes". A ideia é minha, que eu levei para dentro do coletivo. Eu resolvi juntar os projetos. Então eu pensei: "Já que eu vou lançar o disco, eu preciso legitimar isso. Pois não adianta ficar falando isso, e não por na sua vida". Então eu resolvi jogar esse projeto dentro da minha carreira artística, até para legitimar tudo que eu estou falando. Então nos meus shows, a entrada é livre. O cara entra, assiste ao meu show e saída ele paga o quanto ele acha que vale.

Mas você considera que o saldo tem sido positivo?
Ah, a bilheteria média tem sido de R$ 10,00. Eu acho que é bom para um artista desconhecido, como eu, acho que está legal.

Saiba como ganhar o CD de Dani Turcheto.
foto: Daniela Toviansky

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