segunda-feira, 1 de junho de 2009

SALVE!

Hoje aproveito o gancho da bossa-nova para fazer uma homenagem ao músico Carlos Althier de Sousa Lemos Escobar. Não porque o Guinga seja um músico bossa-novista; não é. Mas porque falar sobre esse genial compositor e violonista carioca é perambular pela bossa-nova e pelo emaranhado rico dos gêneros da música popular brasileira. Ir até Guinga, é também passar pela obra do compositor Garoto, por Tom Jobim, Pixinguinha, Hermeto Pascoal, e Chico Buarque dentre outros músicos que o influenciaram. Na verdade, o bonito é ver como Guinga transcendeu aos gêneros musicais que bebeu, transbordando uma produção de múltiplas facetas. Daí a homenagem.
Guinga é choro em “Di Menor”, parceria com o violonista e compositor paulistano Celso Viáfora. Em “Mingus Samba”, mostra essa outra faceta. A linguagem erudita aflora em “Dissimulado”.



Chamo a atenção para o álbum Suíte Leopoldina que, não por acaso, foi apontado por unanimidade pelos críticos do Jornal O GLOBO , em 1999, como o melhor CD de música popular brasileira daquele ano. "Chá de panela", desse álbum, trouxe para Guinga o Prêmio Sharp de melhor música popular brasileira.

Também não é por acaso que “Dos Anjos” e “Constance” são as faixas que abrem e encerram o CD. Nas duas, a gaita do músico belga Toots Thielemans - talvez o maior gaitista do século XX - aparece junto ao violão de Guinga. O resultado é de uma sutileza primorosa.

Ainda sobre esse álbum, seria pouco caso não falar da maravilhosa execução do clarinetista Paulo Sérgio Santos de “Di Menor”.



SALVE Guinga e seus grandes parceiros!

Nos idos 90, Guinga foi considerado pela crítica "a maior revelação musical da década” e ainda "o mais importante herdeiro da brasilidade de Villa-Lobos". Vale dizer que além de uma vasta coleção de alcunhas sublimes, o músico tem hoje, em sua própria legião de admiradores e entusiastas, artistas do peso de Paco de Lucia e Michel Legrand.

Cada um deles também mereceria uma homenagem à parte: Paco de Lucia é talvez o maior guitarrista espanhol de flamenco; o pianista Legrand dedicou-se a trilhas de cinema – recebeu três Oscars – e liderou bandas de jazz que contavam com os maiores expoentes do gênero como Miles Davis, John Coltrane, Bill Evans e Herbie Mann.

SALVE a música!

Um comentário:

Anônimo disse...
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