
Guinga é choro em “Di Menor”, parceria com o violonista e compositor paulistano Celso Viáfora. Em “Mingus Samba”, mostra essa outra faceta. A linguagem erudita aflora em “Dissimulado”.
Chamo a atenção para o álbum Suíte Leopoldina que, não por acaso, foi apontado por unanimidade pelos críticos do Jornal O GLOBO , em 1999, como o melhor CD de música popular brasileira daquele ano. "Chá de panela", desse álbum, trouxe para Guinga o Prêmio Sharp de melhor música popular brasileira.
Também não é por acaso que “Dos Anjos” e “Constance” são as faixas que abrem e encerram o CD. Nas duas, a gaita do músico belga Toots Thielemans - talvez o maior gaitista do século XX - aparece junto ao violão de Guinga. O resultado é de uma sutileza primorosa.
Ainda sobre esse álbum, seria pouco caso não falar da maravilhosa execução do clarinetista Paulo Sérgio Santos de “Di Menor”.
SALVE Guinga e seus grandes parceiros!
Nos idos 90, Guinga foi considerado pela crítica "a maior revelação musical da década” e ainda "o mais importante herdeiro da brasilidade de Villa-Lobos". Vale dizer que além de uma vasta coleção de alcunhas sublimes, o músico tem hoje, em sua própria legião de admiradores e entusiastas, artistas do peso de Paco de Lucia e Michel Legrand.
Cada um deles também mereceria uma homenagem à parte: Paco de Lucia é talvez o maior guitarrista espanhol de flamenco; o pianista Legrand dedicou-se a trilhas de cinema – recebeu três Oscars – e liderou bandas de jazz que contavam com os maiores expoentes do gênero como Miles Davis, John Coltrane, Bill Evans e Herbie Mann.
SALVE a música!
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