terça-feira, 9 de setembro de 2008

Pré-requisito histórico

Em 1976 o enredo que foi levado à avenida pela Vai-Vai, foi em homenagem a Solano Trindade, o Poeta do Povo. Quando Geraldo Filme ficou sabendo do tema, foi logo para o bairro do Bixiga para homenagear o homem com quem trabalhou durante alguns anos no Teatro Popular Brasileiro.

Geraldo ainda não pertencia a agremiação preta e branca. Ao comunicar o desejo de participar da homenagem com um samba, o chefe da ala dos compositores disse que ele poderia participar da disputa, se fizesse um samba de quadra para a escola, como mandava o estatuto.

Alguns dias depois o chefe da ala dos compositores foi chamado a ir a um boteco perto da quadra para ouvir o que Geraldo estava cantando e ouviu:




Tradição (Geraldo Filme)
Quem nunca viu o samba amanhecer
Vai no Bixiga pra ver, vai no Bixiga pra ver

O samba não levanta mais poeira
Asfalto hoje cobriu nosso chão
Lembranças eu tenho da Saracura
Saudade tenho do nosso cordão

Bixiga hoje é só arranha-céu
E não se vê mais a luz da lua
Mais o Vai-Vai está firme no pedaço
É tradição e o samba continua

(Quem nunca viu venha ver)
Quem nunca viu o samba amanhecer
Vai no Bixiga pra ver, vai no Bixiga pra ver...


Geraldo além do clássico "Tradição" ainda emplacou o samba-enredo que foi para a avenida. Confira o samba em homenagem a Solano abaixo.

Solano Trindade, Menino do Recife (Geraldo Filme)

3 comentários:

Fel Mendes disse...

Taí um samba beeeem paulistano!

Anônimo disse...

Tem a referência? Descobriste como essa linda história?

abração

Murilo Mendes disse...

Caro Anônimo

Eu a conheci através do documentário "Samba à Paulista".

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