
Geraldo ainda não pertencia a agremiação preta e branca. Ao comunicar o desejo de participar da homenagem com um samba, o chefe da ala dos compositores disse que ele poderia participar da disputa, se fizesse um samba de quadra para a escola, como mandava o estatuto.
Alguns dias depois o chefe da ala dos compositores foi chamado a ir a um boteco perto da quadra para ouvir o que Geraldo estava cantando e ouviu:
Tradição (Geraldo Filme)
Quem nunca viu o samba amanhecer
Vai no Bixiga pra ver, vai no Bixiga pra ver
O samba não levanta mais poeira
Asfalto hoje cobriu nosso chão
Lembranças eu tenho da Saracura
Saudade tenho do nosso cordão
Bixiga hoje é só arranha-céu
E não se vê mais a luz da lua
Mais o Vai-Vai está firme no pedaço
É tradição e o samba continua
(Quem nunca viu venha ver)
Quem nunca viu o samba amanhecer
Vai no Bixiga pra ver, vai no Bixiga pra ver...
Geraldo além do clássico "Tradição" ainda emplacou o samba-enredo que foi para a avenida. Confira o samba em homenagem a Solano abaixo.
Solano Trindade, Menino do Recife (Geraldo Filme)
3 comentários:
Taí um samba beeeem paulistano!
Tem a referência? Descobriste como essa linda história?
abração
Caro Anônimo
Eu a conheci através do documentário "Samba à Paulista".
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