É o que acontece em todo "Fama" ou "Ídolos" da vida. Fulano quer dar sua cara para a música e em alguns segundos estraga uma obra que, não raras as vezes, demorou meses para sair do forno. Essa sensação passou longe quando ouvi o mais novo CD da talentosa Fernanda Takai, chamado "Luz Negra".
Gravado ao vivo, mas com qualidade de estúdio, o disco conseguiu a façanha de ter um repertório de primeiríssima linha sem uma música inédita sequer. Entre as versões de muito bom gosto, destacarei quatro.
A primeira, que dá nome a obra, é de Nelson Cavaquinho e Irani Barros. O clima deprê do samba de Nelson ganha outra cara com a guitarra de John Ulhôa:
Em seguida, um dos maiores clássicos de Zé Kéti e Hortênsio Rocha, "Diz que fui por aí" também com uma guitarra muito bem encaixada:
Em seguida, "Kobune", a versão nipônica para "O Barquinho" de Roberto Menescal e Ronaldo Bôscoli:
Para finalizar, um dos choros mais bonitos de Ernesto Nazaré, "Odeon". Aqui, ainda acompanha a letra feita por Vinícius de Moraes:
Ainda tem "Com açúcar, com afeto", do Chico Buarque; Insensatez, de Jobim e Vinícius, e "Sinhá Pureza", de Pinduca. Mas a grande verdade é que todas as faixas são excelentes e tornam o disco extremamente recomendável. Mais no site da Takai.
Fernanda Takai já havia sido tema de post no Vermute.
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