segunda-feira, 13 de julho de 2009

Vermute entrevista: João Macacão

A promoção para ganhar um CD de João Macacão se encerra hoje, mas ainda dá tempo de mandar a frase. Para quem ainda não se sente inspirado, o Vermute fez uma rápida entrevista com este grande artista. Confira:

1. É seu primeiro cd solo em quase 30 anos de carreira, o que você sente?
É, eu sempre toquei choro e sambas, né? Eu trabalhava com o Silvio Caldas. Acompanhei ele 22 anos, mas eu cantava um pouco. Aí depois o pessoal do Pôr do Som me viu cantando e falou: "Pô, você não queria gravar um CD?". "Ah, posso gravar!", eu disse. Mas eu não tinha a intenção de ser cantor não, sabe? Aí acabou dando certo, né? E eu estou me sentindo muito bem, muito feliz de estar no palco como um astro, porque até aí eu era só um acompanhante, agora eu sou linha de frente. (risos)

2. A sua primeira participação como intérprete foi na coletânea Acerto de Contas (2002), do Vanzolini, não é isso?
Isso, eu gravei duas músicas naquela coletânea do Vanzolini. Gravei uma música que chama "Maria que ninguém queria" (Paulo Vanzolini) e a outra chama "Falso Boêmio" (Paulo Vanzolini)

3. Como você começou a cantar? Você já cantava?
Eu cantava sim! Eu cantava de vez em quando, mas eu não tinha um repertório muito grande, formado. Aí depois eu comecei a cantar um pouquinho mais. Foi quando eu trabalhei no Bar do Cidão uns oito anos. E lá era só eu de violão, um pandeiro e um cavaquinho. Eu fazia um pouquinho de chorinho, mas eram mais músicas cantadas. Aí o pessoal da Pôr do Som me viu, me convidou para gravar e eu gravei. Então daqui pra frente, eu sou cantor! (risos)

4. Porque no disco você optou por não tocar o violão de 7?
É porque... Eu acho que eu preferi deixar esses meus companheiros aí, que são bem melhores do que eu. Aí foi o Arnaldinho [Arnaldo Galdino], o Marco Bertaglia, o Zé Barbeiro e o [Alessandro] Pennezi, que são todos monstros sagrados da nossa música popular. Ficou melhor com eles tocando. Mas talvez num próximo, se eu fizer, talvez até grave umas tocando também.

5. O Silvio Caldas é o seu cantor preferido?
Era um deles, né?

6. Mas um que você se inspire? Seria ele?
É eu aprendi muitas coisas com ele. Mas antes de trabalhar com o Silvio Caldas eu gostava muito do Nelson Gonçalves, do Orlando Silva... E na minha cabeça nunca passava que eu fosse um dia acompanhar o Silvio Caldas. Eu aprendi a tocar violão pelo prazer de tocar, mas aí o destino acabou me encaixando para acompanhá-lo. E foram 22 anos.

7. Para finalizar, o que você prefere tocar: choro ou samba-canção?
Olha, eu gosto dos dois. Eu gosto de tocar choros e sambas, samba-canção, bolero, valsa, maxixe, fox - aquele fox americano -. Por exemplo, a gente toca "Tenderly" (Walter Lloyd Gross / Jack Lawrence), "Blue Moon" ( Richard Rodgers / Lorenz Hart), enfim: músicas boas. Música de qualidade eu gosto de todas. Algumas do Roberto Carlos, Djavan, Tom Jobim, Vinicius de Moraes, Chico Buarque... é tudo música que está no nosso repertório. Sendo bom, vale! (risos)

João Macacão se apresenta todas as quintas, a partir das 22h, no Bar do Cidão. E aos sábados no Salve Jorge, integrando o Conjunto Paulistano, a partir das 13h.

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