sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

A Jura de Sinhô

Este grande sucesso foi composto por Sinhô, o Rei do Samba, nos idos da década de 20. Já se vão mais de 80 anos e até hoje a música reverbera nas cabeças do pessoal, basta soar a primeira palavra: "Jura..."

Entre as vozes mais marcantes que gravaram "Jura" estão Mário Reis, com seu estilo cadenciado, e Aracy Cortes, com uma voz impecável herdada do Teatro de Revista. Ambos eternizaram a canção nos discos em 1928. Foi um sucesso que estourou a boca do balão.

Aracy Cortes 1928


Mário Reis 1965

Sinhô estava na boca do povo e continuou nos dois anos seguintes. Em 1930 morreu com apenas 35 anos.

A comoção foi geral. Até o grande poeta Manuel Bandeira deixou um belíssimo texto em homenagem ao Rei do Samba. Confira um trecho: "O que há de mais povo e de mais carioca tinha em Sinhô a sua personificação mais típica, mais genuína e mais profunda. De quando em quando, no meio de uma porção de toadas que todas eram camaradas e frescas como as manhãs dos nossos suburbiozinhos humildes, vinha de Sinhô um samba definitivo, um Claudionor, um Jura, com um "beijo puro na catedral do amor", enfim uma dessas coisas incríveis que pareciam descer dos morros lendários da cidade, Favela, Salgueiro, Mangueira, São Carlos, fina-flor extrema da malandragem carioca mais inteligente e mais heróica... Sinhô!"

Anos depois, o sucesso de Jura renasceu na voz de Zeca Pagodinho. O compositor ainda emplacou o som na abertura da novela "O Cravo e a Rosa", ambientada no começo da década. Uma combinação perfeita. Saca só a abertura:

Um comentário:

Anônimo disse...

Houve um erro de informaçao. Quando Sinhô morreu já estava com mais de 40 anos de idade. De qualquer forma, valeu pela lembrança deste grande mestre.

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