segunda-feira, 9 de junho de 2008

Inspiração: Honoré de Balzac

O termo “balzaqueana” ou “balzaca”, para falar de uma mulher que já passou dos 30 anos, ficou eternizado no nosso linguajar. E nasceu na década de 50, por conta de uma marchinha de carnaval composta por Antônio Nássara (imagem) e Wilson Batista.

O título da música, que ficou sendo Balzaqueana, é em homenagem ao romance A mulher de trinta anos, de Honoré de Balzac. Coincidentemente, a música foi lançada no ano de centenário da morte do escritor, o que lhe garantiu grande exposição.

O trecho disponível para audição não conta com a segunda parte, que está escrita abaixo:

Não quero broto, não quero,
Não quero não,
Não sou garoto
Pra viver mais de ilusão,
Sete dias da semana,
Eu preciso ver,
Minha balzaqueana.
(bis)

O Francês, sabe escolher,
Por isso ele não quer,
Qualquer mulher,
Papai Balzac, já dizia,
Paris inteira repetia,
Balzac acertou na pinta,
Mulher só depois dos trinta.

A pequena menção que faz à “Normalista”, lançada em 1949 e que consagrou a expressão “brotinho” na música popular brasileira, não é à toa. Foi Wilson que propôs a Nássara fazerem uma música que homenageasse a mulher mais velha.

O samba fez bastante sucesso, inclusive entre os franceses, que ficaram conhecendo uma versão um pouco diferente, gravada na França: “Pas de tredron, non, non/ pas de tendron...”.

Um comentário:

Anônimo disse...

Minha mulher nem mais balzaca é. Assim como eu, já passou da idade da loba. Mas está cada vez melhor. Hahaha.

Abraços, pessoal do vermute!

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...