
Mas não foi assim. Silvio Caldas, o caboclinho querido, deu-lhe notas e um novo nome, sugerido pelo poeta e amigo Guilherme de Almeida, em 1935. “Chão de Estrelas” exerceria fascínio, quando explodiu, cerca de quinze anos após ser feita, na década de 50.
O próprio Guilherme de Almeida diria em uma crônica que consta no livro que leva o mesmo nome da música, de Orestes Barbosa: “Nem de nome eu conhecia o autor. Mas o que então dele pensei e disse, hoje o repito: uma só dessas duas imagens - o varal das roupas coloridas e as estrelas no chão (... ) - é quanto basta para que ainda haja um poeta sobre a terra”.
E nada melhor do que um dos seus feitores para passar todo o sentimento da obra. Como Orestes Barbosa só se aventurou como cantor em 1931, gravando “Nega, meu bem”, de Heitor dos Prazeres e em 1933, com uma marcha sua com Nássara, “As Lavadeiras”, a interpretação fica por conta de Silvio, que lhe garante toda a dramaticidade necessária. O vídeo é de 1978, em um programa da TV Cultura.
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