quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Lévi-Strauss: a memória de São Paulo

Na seção que focaliza fotógrafos, consagrados ou não, que usaram suas máquinas para deixar as manifestações sambísticas registradas, um antropólogo famosíssimo. Belga, nascido em 1908, Claude Lévi-Strauss chegou ao Brasil em 1935, aos 27 anos com o objetivo de dar aulas na USP, em São Paulo.


Mas ele não se ateve à capital paulista. Até 1939 foi responsável por organizar diversas missões etnográficas por estados como Mato Grosso e Amazonas. Apesar do seu imenso esforço em entender as diversas faces do Brasil, foram os cliques dados na Pauliceia que se tornaram um referencial em memória histórica.



O IMS detém 44 negativos originais produzidos entre 1935 e 1937, em que se pode ver uma cidade muito diferente do que aparece nos noticiários de hoje. Vacas ao lado de bondes, arranha-céus (como o edifício Martinelli) e um desfile de blocos de carnaval de 1937.


À época, o pessoal seguia um extenso circuito. "...Partia da região de Campos Elíseos, seguindo pelas avenidas Angélica, Paulista e Brigadeiro Luís Antônio, até a região central, quando percorria então a avenida São João até retornar ao ponto inicial. Os bairros da Barra Funda e Campos Elíseos foram berço de sociedades como o Grupo Carnavalesco Barra Funda, que originou a Camisa Verde e Branco, e o Grupo Carnavalesco Campos Elíseos", conta o site IMS que detém os direitos de imagem.

Todas estas fotos, que podem ser vistas aqui, foram publicadas apenas sessenta anos mais tarde, no livro "Saudades de São Paulo".

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