quinta-feira, 21 de maio de 2009

Um livro excitante demais


Terminei há pouco de ler o livro “Carnaval no fogo – Crônica de uma cidade excitante demais”, do Ruy Castro. Parte de uma coleção que já publicou livros sobre Sydney, Paris e Florença, o livro aborda de maneira descontraída as mais variadas facetas que a Cidade Maravilhosa assumia desde os tempos imperiais até os anos 2000. Além disso, Ruy também explica como o comportamento do carioca foi se moldando ao longo dos anos. Tudo muito bem, tudo muito bom, mas que raio este livro faz aqui? Num espaço invariavelmente musical? Explico:

Seria impossível explicar a formação do comportamento e da sociedade carioca sem esbarrar no cenário musical da época. Com histórias dos primeiros carnavais, o livro passeia pelo surgimento das escolas de samba e sua ascenção, a evolução do ritmo (que era amaxixado e ganhou nova roupagem com o pessoal do Estácio), a ascenção e o monopólio exercido pelas marchinhas nos carnavais e outros costumes ligados - ou não - , aos festejos de momo.

O livro é daqueles que te prende e, se bobear, vai em uma tacada só. Ruy Castro tinha uma tarefa difícil, que era a de “explicar” o Rio de Janeiro. Aliás, convenhamos, uma tarefa impossível. Como explicar o espírito do carioca, que não leva nada muito a sério nem tudo na brincadeira? Quando se pensa que uma das cidades mais importantes do Brasil tem como hino oficial a marchinha “Cidade Maravilhosa”, aí começa-se a entender o Rio.

Carnaval no fogo - Crônica de uma cidade excitante demais. (2003)
Ruy Castro
Companhia das Letras
R$ 44,50
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