quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Apagão não, Blecaute!

O assunto no país inteiro é o mesmo: o apagão que deixou inúmeros brasileiros às escuras na noite de ontem. E aqui não poderia ser diferente. Falemos de Black-out, ou melhor do Blecaute!


Nasceu na cidade paulista de Espirito Santo do Pinhal em 1919, chamado Otávio Henrique de Oliveira. Em 1941, começou sua vida artística na Rádio Difusora e mudou-se para o Rio no ano seguinte. Ficou famoso por gravar algumas marchinhas de grande sucesso, como "O pedreiro Valdemar", de Wilson Batista e Roberto Martins. Gravada em outubro de 1948 com acompanhamento de Severino Araújo e Orquestra Tabajara, a música estourou no carnaval do ano seguinte.

Considerada desde logo uma música de forte conotação social, lembra bastante uma música que também estouraria 30 anos depois. "Cidadão", de Zé Geraldo, é um dos ícones musicais da Teologia da Libertação e tem os seguintes versos:

"Tá vendo aquele edifício moço?
Ajudei a levantar
Foi um tempo de aflição
Eram quatro condução
Duas pra ir, duas pra voltar
Hoje depois dele pronto
Olho pra cima e fico tonto
Mas me chega um cidadão
E me diz desconfiado, tu tá aí admirado
Ou tá querendo roubar?"

Já a música cantada por Blecaute é bem mais simples, mas no final das contas tem o mesmo significado:
"O Valdemar, que é mestre no ofício,
Constrói um edifício e depois não pode entrar"

Pedreiro Valdemar


Com um carisma irretocável, Blecaute foi uma figura conhecidíssima entre os anos 1960 e 1980. Chegou a incorporar a figura de "General da Banda", fantasia que ele impunhava e com a qual percorria desfiles e bailes de carnaval.

General da Banda


Blecaute morreu em 1983.

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