segunda-feira, 30 de novembro de 2009
Carmem Miranda e a geladeira
Órgão, Sax e Sexy
Este é um disco pra criar clima. Mesmo com sua estética antiga (afinal de contas é de 1964), tocando baixinho, num jantar intimista, à meia luz...não tem como não agradar. O nome já diz muita coisa: "Órgão, Sax e Sexy - Walter Wanderley e Portinho".

Walter foi um importante organista brasileiro. Recifense por natureza, Walter mudou-se para os Estados Unidos em 1966, onde morou até sua morte 20 anos depois. Seu primeiro single "Samba de Verão" vendeu mais de um milhão de cópias. Ele também foi casado com a cantora Isaurinha Garcia.
Voltando ao disco, destacarei a linda versão de "Por causa de você", de Tom e Dolores Duran. Escutem no player abaixo, para sacar o climinha de jantar à numa varanda à beira-mar do disco:
Por causa de você
01 - Eu Sei Que Vou Te Amar (Tom Jobim / Vinicius de Moraes)
02 - Castigo (Dolores Duran)
03 - Fale Baixinho (Portinho / Heitor Carillo)
04 - A Noite do Meu Bem (Dolores Duran)
05 - Por Causa de Você (Tom Jobim / Dolores Duran)
06 - Meu Sonho É Você (Altamiro Carrilho / Átila Nunes)
07 - Suas Mãos (Pernambuco / Antônio Maria)
08 - Ouça (Maysa)
09 - Contando Estrelas (Alfredo Borba / Édson Borges)
10 - Canção de Amor (Elano de Paula / Chocolate)
11 - Ninguém Me Ama (Antônio Maria / Fernando Lobo)
12 - Risque (Ary Barroso)
Baixe esse disco no Loronix
sexta-feira, 27 de novembro de 2009
Carlão do Peruche no Anhangüera
Mais informações aqui.
quinta-feira, 26 de novembro de 2009
Samba da dor
Samba da dor (Antonio Gomes)
A tristeza dói
Dói a felicidade
O amor dói
Também dói a solidão
É dor e fere
É dor e cura
A dor que mora no coração
Não tem consolo
Não tem idade
Na noite escura
De uma paixão
É no compasso
Da saudade
Que a tristeza dói
Também dói a felicidade
No teu olhar a liberdade
Nesse desejo, minha prisão
Não tem mistério, na verdade
Na tristeza que dói
Também dói a felicidade
quarta-feira, 25 de novembro de 2009
A falta que ele faz
A mais recente, porém, me apareceu na voz do pernambucano Otto. Ele acaba de lançar o ótimo disco "Certa noite acordei de sonhos intranquilos" e na faixa 8 está esta belíssima obra de Sérgio Bittencourt.

Reconheceu o sobrenome do compositor? Pois é ele mesmo, o filho de Jacob Bittencourt, o Jacob do Bandolim. Não é difícil sacar que o homenageado é o próprio Jacob, mas a música pode emocionar qualquer um que sente a falta de alguém na mesa.
A primeira versão é a do Otto. Confira:
"Naquela Mesa" por Nelson Gonçalves e Raphael Rabello
Agora, com a Divina, nos estúdios da Record
Para encerrar, o link para um texto feito pelo próprio Sérgio Bittencourt, que foi publicado no jornal Última Hora no dia em que Jacob faria 60 anos se estivesse vivo.
A Humanidade
"Quem tem muito quer ter mais
Quem não tem resta sonhar
Quem não estudou é escravo
De quem pôde estudar
Os direitos humanos são iguais
Mas existem as classes sociais"
Não precisa dizer mais nada. Aumentem o volume e mostrem aos amigos.
A Humanidade (Aluísio Machado)
A versão disponibilizada acima se encontra no disco "Império Serrano - Um show de Velha Guarda"
segunda-feira, 23 de novembro de 2009
Música a 16 mãos
Disco da semana: Claridade - Clara Nunes

Um disco que mostra Clara Nunes em ótima forma. Na retaguarda, compositores do calibre, Walter Rosa, Candeia, Alberto Lonato, Monarco, Ismael Silva, Paulo César Pinheiro, Éden Silva, Aníbal da Silva e outros. Ou seja, juntou uma cantora extraordinária com alguns dos melhores compositores de samba da época. O resultado é um disco extraordinário.
Destaco dois sambas da Mangueira. Em "Juízo final", Clara mostra toda sua potência vocal. Outro samba que chamo a atenção é "Que sejas bem feliz", um dos sambas mais bonitos do Mestre Cartola.
Músicas:
1 O Mar Serenou (Candeia)
2 Sofrimento De Quem Ama (Alberto Lonato)
3 A Deusa Dos Orixás (Romildo & Toninho)
4 Juizo Final (Nelson Cavaquinho & Élcio Soares)
5 Tudo É Ilusão (Tufic Lauar, Eden Silva & Aníbal Da Silva)
6 Valso De Realejo (Paulo César Pinheiro & Guinga)
7 Bafo De Boca (João Nogueira & Paulo César Pinheiro)
8 O Último Bloco (Candeia)
9 Ninguém Tem Que Achar Ruim (Ismael Silva)
10 Ás Vezes Faz Bem Chorar (Ivor Lancellotti)
11 Vai Amor (Monarco & W. Rosa)
12 Que Seja Bem Feliz (Cartola)
Baixe esse disco no Prato e Faca.
sexta-feira, 20 de novembro de 2009
Negra consciência
quinta-feira, 19 de novembro de 2009
Toda a obra de Villa

Baixem
quarta-feira, 18 de novembro de 2009
50 anos sem Villa-Lobos
Confesso, conheço muito pouco da obra do Maestro. No entanto, destacarei aqui dois vídeos com músicas que gosto bastante. A primeira é a famosa "Trenzinho caipira" que imita o andar de um trem.
Também peguei o vídeo do violonista Turibio Santos interpretando o "Choro nº 1"
segunda-feira, 16 de novembro de 2009
Salve o Almirante Negro!
A censura estava pegando geral no Brasil. Qualquer palavrinha mais torta, insinuação à desordem, ao comunismo ou a qualquer coisa que não estivesse dentro da linha dos militares ou era proibido ou tinha que mudar. Isso aconteceu com o samba "Mestre sala dos mares", de João Bosco e Aldir Blanc.
O samba exalta a figura de João Cândido Felisberto, o "Almirante Negro", um dos líderes da Revolta da Chibata, em 1910 (entenda a Revolta da Chibata). Acontece que, por ser negro e ter comandado uma revolta contra os castigos corporais que eram aplicados aos subordinados de um navio, sua exaltação incomodava (e muito) os milicos.
Em uma ocasião, Aldir Blanc contou: "Tivemos diversos problemas com a censura. Ouvimos ameaças veladas de que a Marinha não toleraria loas e um marinheiro que quebrou a hierarquia e matou oficiais, etc. Fomos várias vezes censurados, apesar das mudanças que fazíamos, tentando não mutilar o que considerávamos as idéias principais da letra. Minha última ida ao Departamento de Censura, então funcionando no Palácio do Catete, me marcou profundamente. Um sujeito, bancando o durão, (...) mãos na cintura, eu sentado numa cadeira e ele de pé, com a coronha da arma no coldre há uns três centímetros do meu nariz. Aí, um outro, bancando o "bonzinho", disse mais ou menos o seguinte:
-Vocês não então entendendo... Estão trocando as palavras como revolta, sangue, etc. e não é aí que a coisa tá pegando...
-Eu, claro, perguntei educadamente se ele poderia me esclarecer melhor. E, como se tivesse levado um "telefone" nos tímpanos, ouvi, estarrecido a resposta, em voz mais baixa, gutural, cheia de mistério, como quem dá uma dica perigosa:
- O problema é essa história de negro, negro, negro..."
O samba foi mudado e a história é pouco conhecida. Veja a comparação entre a letra original e a alterada.
O Mestre sala dos mares
Sem censura
O Mestre Sala dos Mares
Há muito tempo nas águas da Guanabara
O dragão do mar reapareceu
Na figura de um bravo marinheiro
A quem a história não esqueceu
Conhecido como o almirante negro
Tinha a dignidade de um mestre sala
E ao navegar pelo mar com seu bloco de fragatas
Foi saudado no porto pelas mocinhas francesas
Jovens polacas e por batalhões de mulatas
Rubras cascatas jorravam das costas
dos negros pelas pontas das chibatas
Inundando o coração de toda tripulação
Que a exemplo do marinheiro gritava então
Glória aos piratas, às mulatas, às sereias
Glória à farofa, à cachaça, às baleias
Glória a todas as lutas inglórias
Que através da nossa história
Não esquecemos jamais
Salve o almirante negro
Que tem por monumento
As pedras pisadas do cais
Mas faz muito tempo
Letra Censurada
O Mestre Sala dos Mares
Há muito tempo nas águas da Guanabara
O dragão do mar reapareceu
Na figura de um bravo feiticeiro
A quem a história não esqueceu
Conhecido como o navegante negro
Tinha a dignidade de um mestre sala
E ao acenar pelo mar na alegria das regatas
Foi saudado no porto pelas mocinhas francesas
Jovens polacas e por batalhões de mulatas
Rubras cascatas jorravam das costas
dos santos entre cantos e chibatas
Inundando o coração do pessoal do porão
Que a exemplo do feiticeiro gritava então
Glória aos piratas, às mulatas, às sereias
Glória à farofa, à cachaça, às baleias
Glória a todas as lutas inglórias
Que através da nossa história
Não esquecemos jamais
Salve o navegante negro
Que tem por monumento
As pedras pisadas do cais
Mas faz muito tempo
Disco da semana: Tendinha - Martinho da Vila

- Tem alguma ideia aí?
- De disco?
- É.
- Tendinha?!
A conversa acima aconteceu algumas dezenas de vezes, entre eu e o Fel. E eis que chegou a hora.
Há quem diga que este é ultimo grande disco da carreira de Martinho da Vila. Sinceramente, me falta conhecimento para assinar em baixo essa afirmação. O disco é realmente muito bom, e nele Martinho já começa a flertar com a galera do Cacique de Ramos. A prova disso é que participa do LP, Almir Guineto e Neoci. O disco conquistou até quem não é lá muito ligado ao samba. Ed Motta disse que "[...] o disco Tendinha, do Martinho da Vila, de 1978, quando chegou lá em casa, quase furou de tanto tocar".
01 - Minha comadre
(Martinho da Vila)
• Garçon
(Cabana)
02 - Zé Ferreira
(Neoci - Jorge Aragão)
• Trepa no coqueiro
(Martinho da Vila - Tião Graúna)
• Poeira do caminho
(Mário Pereira)
• Chora viola, chora
(Carlito Cavalcanti - Nilton Santa Branca)
Participação: Neoci
03 - Mulata faceira
(Martinho da Vila)
Participação: Almir Guineto
04 - Amor não é brinquedo
(Candeia - Martinho da Vila)
05 - Que pena, que pena
(Gracia do Salgueiro - Martinho da Vila)
• Deixa serenar
(Sidney da Conceição - Castelo)
• Nem a lua
(Martinho da Vila - Noca - Charlote)
• O pior é saber
(Valter Rosa)
• Se eu errei
(Tolito)
06 - Deixa a Maria sambar
(Paulo Brazão)
Baixe esse disco no Samberéba.
sexta-feira, 13 de novembro de 2009
Fim de semana explosivo em SP
Sexta
Carmen Queiroz no Ó do Borogodó
Rua Horácio Lane, 21 - Pinheiros
22h30
R$ 20,00
3814-4087
Sábado
Moacyr Luz no Bar Samba
Rua Fidalga, 308 - Vila Madalena
22h
R$ 15,00
3819-4619
Terreiro Grande no Bar do Alemão
Rua Jarinú, 591 - Tatuapé - Próximo à Pça Sílvio Romero
16h
Projeto Nosso Samba de Osasco no Ação Educativa
Além da roda, acontecerá também a exibição do documentário "Samba no Terreiro, Dez anos de história", que conta a história do Projeto Nosso Samba.
Rua General Jardim,660 - Vila Buarque
16h
8546-8492
Sábado e domingo
Paulo Vanzolini relança "Tempos de Cabo" no FECAP
O evento trará a cantora Ana Bernardo cantando as músicas de Vanzolini e o próprio recitando trechos do livro.
Avenida Liberdade, 532 - Liberdade - Próximo ao Metrô Liberdade
Sábado - 21h
Domingo - 19h
R$ 20,00
2626-0929
Domingo
Gafieira na Casa e Barão do Pandeiro no Miscelânea Cultural
Rua Álvaro Nunes, 91 - Pinheiros
20h
R$ 10,00
Projeto Samba de Terreiro de Mauá - Última roda do ano!
Rua San Juan, 121 - Parque das Américas - Mauá - Próximo à Estação Guapituba da CPTM
15h
Curtam sem moderação!
quinta-feira, 12 de novembro de 2009
Pet, o ídolo do Mais Querido
E não foi que hoje, no blog Ancelmo.com, do O Globo, ouvi um samba feito para o ídolo do Mengão, Pet!
Feito por Alvaro Gribel, o som exalta o caminho de glórias trilhado pelo atual camisa 43. O samba, que já foi ouvido por mais de 25 mil pessoas, não é um primor. É bom e associado a paixão dos rubro-negros certamente é mais emocionante.
quarta-feira, 11 de novembro de 2009
Apagão não, Blecaute!

Nasceu na cidade paulista de Espirito Santo do Pinhal em 1919, chamado Otávio Henrique de Oliveira. Em 1941, começou sua vida artística na Rádio Difusora e mudou-se para o Rio no ano seguinte. Ficou famoso por gravar algumas marchinhas de grande sucesso, como "O pedreiro Valdemar", de Wilson Batista e Roberto Martins. Gravada em outubro de 1948 com acompanhamento de Severino Araújo e Orquestra Tabajara, a música estourou no carnaval do ano seguinte.
Considerada desde logo uma música de forte conotação social, lembra bastante uma música que também estouraria 30 anos depois. "Cidadão", de Zé Geraldo, é um dos ícones musicais da Teologia da Libertação e tem os seguintes versos:
"Tá vendo aquele edifício moço?
Ajudei a levantar
Foi um tempo de aflição
Eram quatro condução
Duas pra ir, duas pra voltar
Hoje depois dele pronto
Olho pra cima e fico tonto
Mas me chega um cidadão
E me diz desconfiado, tu tá aí admirado
Ou tá querendo roubar?"
Já a música cantada por Blecaute é bem mais simples, mas no final das contas tem o mesmo significado:
"O Valdemar, que é mestre no ofício,
Constrói um edifício e depois não pode entrar"
Pedreiro Valdemar
Com um carisma irretocável, Blecaute foi uma figura conhecidíssima entre os anos 1960 e 1980. Chegou a incorporar a figura de "General da Banda", fantasia que ele impunhava e com a qual percorria desfiles e bailes de carnaval.
General da Banda
Blecaute morreu em 1983.
terça-feira, 10 de novembro de 2009
Quando a Turma caiu no samba

Não sei se para vocês foi assim, mas a Turma da Mônica fez grande parte da minha infância. Quando chegavam os gibis novos em casa, não sossegávamos enquanto todos não fossem devorados. Pois bem, em 1978, o pessoal do bairro do Limoeiro levou para o teatro uma adaptação de "Romeu & Julieta", de Shakespeare. "Mônica e Cebolinha – No Mundo de Romeu e Julieta" também ganhou uma adaptação em quadrinhos e um LP. O grande sucesso ainda fez com que a peça ganhasse uma versão em filme, rodada na cidade de Ouro Preto. Entre as músicas da peça, havia dois sambas bacanas. Um com uma levada de enredo que abria a peça.
Sambão de Romeu e Julieta (Marcio A. Sousa / Yara Maura)
O outro é um samba com uma levada mais devagar. Faz menção ao fato das famílias dos amantes serem inimigas e também à gula de Magali. A melodia é bem feita e melhor do que muita coisa que a gente ouve por aí hoje em dia.
Samba do fruto proibido (Marcio A. Sousa / Yara Maura)
segunda-feira, 9 de novembro de 2009
Preconceito ou ignorância?
Foi isso o que aconteceu com o ótimo animador Alex Budovsky. Em 2004, usando a música "Aquarela do Brasil", do mestre Ary Barroso, este russo demonstrou que tem muita capacidade com os softwares, mas lhe sobra etnocentrismo. Posso estar variando, mas ao colocar um macaquinho de shorts e chapéu palhinha cantando esta obra prima do nosso cancioneiro, Alex cometeu uma imensa falha.
Para quem quiser falar com o fulano, o twitter dele é: http://twitter.com/budovskiy
sexta-feira, 6 de novembro de 2009
Ney entre os gigantes

Assim como em "Inclassificáveis" (2008), o repertório deste disco é impecável e a potência com que Ney interpreta cada uma das 14 faixas é impressionante. Destas, quero destacar três músicas: "Segredo", composta por Herivelto Martins à época da sua famosa briga com Dalva de Oliveira, "Doce de Coco" choro de Jacob do Bandolim letrado pelo poeta Hermínio Bello de Carvalho, e "Fascinação", de Dante Marchetti e Maurice de Feraudy, que foi imortalizada na voz da Pimentinha Elis Regina. Bom, vamos à elas:
Segredo
Doce de Coco
Fascinação
Para minha felicidade, conversei com este mestre há algum tempo e coloquei a entrevista no Blog da Sexy.
Seu Libório
A primeira interpretação que eu e o Fel tivemos foi que Seu Libório era um gay feliz que andava para lá e para cá com as moçoilas. Porém, em conversa com o grande amigo Alexandre Agabiti, surgiu a versão que muito provavelmente é a chave da questão: Seu Libório é um aliciador de moças. É ele que controla a Manon, Margot e Fru-fru. E aí, qual vocês acham melhor?
Seu Libório (Alberto Ribeiro e João de Barro)
Seu Libório tem três vizinhas
Manon, Margot e Fru-fru
Saem todas as tardinhas
Carregando o seu Lulu
Ninguém sabe o que elas fazem
Porém todo mundo diz
Que Seu Líbório é quem manda
Ah!,Como o Libório é feliz
A Manon é mais lourinha
Que boneca de Paris
A Margot é queimadinha
Pelo sol do meu país
A Fru-fru tem um sinalzinho
Na pontinha do nariz
O Seu Libório é quem manda
Ai, Como o Libório é feliz
Seu Libório tem três vizinhas
Manon, Margot e Fru-fru
Saem todas as tardinhas
Carregando o seu Lulu
Ninguém sabe o que elas fazem
Porém todo mundo diz
Que Seu Líbório é quem manda
Ai, Como o Libório é feliz
Usam todas um V-8
Que lhes deu um coronel
Têm vestidos de altos preços
E perfumes a granel
Vivem assim felizes contentes
Com o que o destino lhes deu
O Seu íbório é quem manda
Ai, o Seu Libório sou eu
quarta-feira, 4 de novembro de 2009
Foi ele o presidente mais popular
Em 1956, a Mangueira desfilou com um belo samba de Padeirinho, chamado "O Grande Presidente". Nem mesmo o pouco tempo transcorrido anos após o suicídio de Getúlio foi suficiente para dar o título à Mangueira, que ficou em terceiro lugar.
O Grande Presidente
Também Noel Rosa de Oliveira, em 1952, compôs para a Unidos do Salgueiro o samba-enredo "Homenagem a Getúlio Vargas".A verdade é que existem mais algumas gravações sobre Getúlio Vargas. Entre elas a marcha-rancho Gegê, feita em 1931 por Getúlio Marinho e Eduardo Souto.
Na década de 1930, também foi feita "A menina presidência", por Cristóvão de Alencar e Nássara, que cantava a possível permanência de seu Gegê em 1937, época em que foi decretado o Estado Novo. A música começa citando a cantiga de roda "Terezinha de Jesus". Para ouvi-la, basta clicar aqui.
terça-feira, 3 de novembro de 2009
Para embalar a galera
E minhas desculpas vêm com uma indicação de disco que precisa ser escutada por qualquer pessoa que pretenda embalar a galera em uma festinha. Trata-se do disco "Lord Astor e seu conjunto - É dança!", lançado em 1961.

Agora é cinza
Nas músicas, grandes sucessos como "Agora é Cinza"(que você ouve acima), "Copacabana", "Fita Amarela", "Feitiço da Vila" e "Eu sei que vou te amar". Isso sem falar nos clássicos gringos, como o sucesso de Paul Anka, "Oh Carol".
Fita Amarela
Para baixar esta beleza, visite o Loronix
segunda-feira, 2 de novembro de 2009
Disco da semana: Flauta Maravilhosa - Altamiro Carrilho

Este é, sem dúvida, um dos grandes discos de choro. Em 1997, ganhou o Prêmio Sharp como melhor disco instrumental. Talvez, este seja o melhor registro de choro lançado nos últimos dez anos. Nele, o virtuoso Altamiro Carrilho mostra que nem só de samba e choro é feita a sua música. Prova disso são as músicas “Frevinho Carioca”, que como o próprio nome diz, vem carregada de elementos típicos do ritmo pernambucano. Um pouco menos evidente é a presença do forró na música “Forró n°1”.
Mas Altamiro não busca inspirações somente em ritmos populares. Com ele até grandes nomes da música clássica caem no choro. É mais ou menos o que acontece com a música “O Eterno Jovem Bach”, cuja história bastante curiosa eu peguei do site Brasileirinho: "Num bar da Alemanha, Altamiro Carrilho e Johann Sebastian Bach estão sentados a uma mesa, cada um com seu canecão de cerveja, conversando animadamente. Certa hora, o flautista brasileiro resolve falar ao mestre alemão sobre o choro, que, em suas palavras, deu origem aos demais “42 ritmos genuinamente brasileiros registrados pelo maestro Guerra Peixe, fora os 25 que os baianos inventam todo dia”. Bach mostrou-se vivamente impressionado com tudo isso, e quando Altamiro lhe revelou sua intenção de aproveitar fragmentos de músicas de Bach em uma composição, o mestre não se fez de rogado:
- Está tuto muito bem, pode usar meus músicas no seu chorrô!
É assim que Altamiro explica o nascimento de sua composição “O Eterno Jovem Bach”, a partir dessa autorização obtida em sonho."
O Eterno Jovem Bach
Músicas:
Agarradinho (Altamiro Carrilho)
01- O Eterno Jovem Bach (Altamiro Carrilho)
02- Prelúdio Pro Voltaire (Altamiro Carrilho)
03- Chorinho do Rodrigo (Altamiro Carrilho)
04- As Andorinhas de Campinas (Altamiro Carrilho)
05- Contatos Imediatos (Altamiro Carrilho)
06- João Teimoso (Altamiro Carrilho)
07- Bem-Te-Vi Tristonho (Altamiro Carrilho)
08- Frevinho Carioca (Altamiro Carrilho)
09- Forró N°1 (Altamiro Carrilho)
10- Batuque N°1 (Altamiro Carrilho)
11- Momento Musical N°1 (Altamiro Carrilho)
12- Flauta Chorona (Altamiro Carrilho)
13- Momento Musical N°2 (Altamiro Carrilho)
Baixe esse disco no Cajibrina.