
C
Não só no que é explícito, como a história do compositor, a freqüente venda de sambas e os exageros com bebida e cigarro de Noel, mas também em detalhes, como no momento em que o ator Rafael Raposo vai beber sopa e o faz tal qual um glutão (explicado pelo fato de que Noel tinha dificuldades para comer por conta do problema no seu queixo). Outro importante detalhe é a relação de amizade entre Noel e Aracy de Almeida, que acabou sendo sua principal intérprete.
As músicas escolhidas também são bem significativas. Desde com “Com que roupa”, o primeiro grande sucesso de Noel Rosa cantando sem o Bando de Tangarás ( grupo com o qual fazia apresentações sem cobrar por cachê) até o “Último desejo”, canção composta à beira da morte para seu grande amor Ceci (muito bem feita por Camila Pitanga).
Com figurino de época, e objetos que mostram como era a década de 20, o filme só peca em um detalhe. Deixa de lado a síncope da música de Noel, que mudou o conceito de se cantar samba. Em lugar da forma que o Poeta cantava, atrasando uma sílaba ou à revelia da melodia, que acompanha a voz causando uma sensação totalmente nova na época.
As interpretações empoladas de Chico Alves e a bela voz da jovem “Araca” são mais valorizadas e raramente se vê Noel cantando. As poucas vezes são no embate musical entre Noel e Wilson Batista, que rendeu uma seqüência de belos sambas.
Mesmo assim o filme vale, pela história, pela bela cena de sexo entre Noel e Ceci, pelo samba que se sai da sala cantando e as cervejas que dá vontade de tomar, ouvindo, é claro o Poeta de Vila Isabel.
Um comentário:
Assisti ao filme ontem! É realmente muito bom!!!
Baixei o disco aqui tb!
Postar um comentário