sábado, 13 de outubro de 2007

Evolução nota 0

Antigamente a escola de samba era feita exclusivamente pelo povo e para o povo, mas a escola foi se profissionalizando aos poucos contratando gente para fazer samba enredo ao invés de usar o seu pessoal, contratando carnavalescos e etc. A situação chegou a tal ponto que hoje em dia existe uma Associação dos Carnavalescos de Escolas de Samba e até há alguns anos atrás eles cogitavam em cobrar direitos autorais sobre o enredo que eles produziam, o carnavalesco agora é um sujeito com formação acadêmica, quase como um autor de uma peça ou um espetáculo. Isso é consequencia do fato de que as escolas de samba, sob o comando dos novos ricos se transformaram em mais um ponto turístico do Brasil, agora o carnaval não é nem feito pelo povo e tampouco para ele e aos poucos e cada vez mais vai perdendo sua identidade, principalmente no RJ. Há um samba chamado Avenida Fechada (Élton Medeiros / Antônio Valente / Cristóvão Bastos - 1973) que diz: "Não me leve a mal mais muito luxo pode atrapalhar /Alegria ninguém pode fabricar / Um bom carnaval se faz com gente feliz a cantar / Pelas ruas um samba bem popular". Em resposta a esse fenômeno Candeia e outros sambistas descontentes com o rumo que a situação ia tomando fundaram o Grêmio Recreativo de Arte Negra e Escola de Samba Quilombo, uma espécie de resistência carnavalesca que detalharei mais pra frente.


Coma este amendoim

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