quarta-feira, 17 de outubro de 2007

Laiá Laiá Laiá Laiá


Em tempos de acústico mtv Paulinho da Viola vale a pena relembrar como Paulinho compôs o que talvez seja seu maior sucesso, o samba "Foi um rio que passou em minha vida" (Paulinho da Viola - 1970).
Lá pelos idos de 1969 Paulinho (portelense) musicou a letra "Sei lá, Mangueira" de Hermínio Bello de Carvalho, que diz:
Vista assim do alto
Mais parece um céu no chão
Sei lá,
Em Mangueira a poesia fez um mar, se alastrou
E a beleza do lugar, pra se entender
Tem que se achar
Que a vida não é só isso que se vê
É um pouco mais
Que os olhos não conseguem perceber
E as mãos não ousam tocar
E os pés recusam pisar
Sei lá não sei...
Sei lá não sei...
Não sei se toda beleza de que lhes falo
Sai tão somente do meu coração
Em Mangueira a poesia
Num sobe e desce constante
Anda descalça ensinando
Um modo novo da gente viver
De sonhar, de pensar e sofrer
Sei lá não sei, sei lá não sei não
A Mangueira é tão grande
Que nem cabe explicação

Acontece que depois da homenagem, o clima na Portela não ficou dos melhores pro Paulinho, que para reparar a situação compôs "Foi um rio que passou em minha vida":

Se um dia meu coração for consultado
Para saber se andou errado
Será difícil negar
Meu coração tem mania de amor
Amor não é fácil de achar
A marca dos meus desenganos ficou, ficou
Só um amor pode apagar
Porém (ai, porém)
Há um caso diferente que marcou num breve tempo
Meu coração para sempre
Era dia de carnaval
Carregava uma tristeza
Não pensava em outro amor
Quando alguém que não me lembro anunciou:
Portela! Portela!
O samba trazendo alvorada
Meu coração conquistou
Ai, minha Portela, quando vi você passar
Senti o meu coração apressado
Todo o meu corpo tomado
Minha alegria voltar
Não posso definir aquele azul
Não era do céu; nem era do mar
Foi um rio que passou em minha vida
E meu coração se deixou levar


2 comentários:

Beziaco disse...

Ficou mto bom o novo visual do blog.
Parabéns meninos.

Sds.

Juliano Coelho disse...

i Um Rio Que Passou Em Minha vida é um dos melhores do Paulinho, ao meu ver. Junto com o Dança da Solidão. Eu gosto muito do último de inéditas também, o Bebadosamba.

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