quinta-feira, 15 de abril de 2010

Tradição X Classe

Há diversas provas de que um samba não precisa ser necessariamente acompanhado de pandeiro, cavaquinho e tamborim. Paulinho da Viola deu uma delas quando gravou o disco "A Toda Hora Rola Uma Estória", em 1982.



A faixa seis, intitulada "A Maldade Não Tem Fim", é um samba típico de terreiro composto por Armando Santos gravado originalmente no imperdível disco "Portela Passado de Glória", de 1970. Ei-la nesta primeira gravação:

A Maldade Não Tem Fim, por Armando Santos


Aí, Paulinho decidiu dar uma cara nova a este samba. Então, 12 anos depois da gravação original, despiu a música de todo seu arranjo e colocou um piano como pando de fundo. Ficou assim:

A Maldade Não Tem Fim, por Paulinho da Viola

E aí, qual sua preferida?

3 comentários:

Anônimo disse...

A versão do Paulinho (com piano) é bonita. Mas a versão original de Armando Santos (com a Velha Guarda) é a minha preferida. Nada substitui os batuques, ou parafraseando o próprio Paulinho "...não me altere o Samba tanto assim..."

Abraços,

Bruno Chagas

Fel Mendes disse...

Curioso que eu também pensei nesse verso quando ouvi a versão do Paulinho...

Artur de Bem disse...

É é...
hahaha...

Talvez, se não soubéssemos que é um samba de terreiro, ou se ele não fosse um samba de terreiro, até ficaria legal, pq o tema da música é meio lamentoso, reclamando das falsidades da vida.

Mas é um samba de terreiro. Tem que ter aquela batucada e tudo mais.

Me lembrei também da péssima gravação de "Vivia isolado do mundo", da Alcione, no álbum de 20 anos da morte de Candeia. Só com piano...

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