Este é talvez um dos discos que aparecem apenas nas notas de rodapé de Enciclopédias de Música Brasileira. Gravado em 1983, com composições de Fernando Pellon e interpretações de Cristina Buarque, Nadinho da Ilha, Synval Silva e outras feras, o disco foi censurado e demorou a ser comercializado. O disco tinha tudo para cair nas redes dos censores.

Eis um trecho do texto da contracapa: "Artificialmente limpa pelo processo Olivetti de tecladismo estéril, a MPB ultimamente não tem correspondido à violência do país que a produz. (...) Fernando Pellon vai chocar essa hipocrisia generalizada vendida com rótulo de bom gosto e status. 'Nunca gostei de eufemismo', vai logo cantando ele. E dá nome às doenças, como fazia Augusto dos Anjos, com um requinte de morbidez que ainda perde, no entanto, para a crueldade exibida diariamente por nossas autoridades mais altas. Quem quiser se assuste com Pellon, que também recobra tradições estabelecidas por arautos das campas tão divergentes quanto Nelson Cavaquinho e Vicente Celestino. Para isso, basta ouvir 'Flores de plástico ao amanhecer'. Já o nosso recente Aldir Blanc também poderia ter assinado algo tão flagrante como 'Carne no Jantar'. E por aí afora, só para que não se pense que Fernando Pellon é um estranho no ninho, ou alienista fugaz"
Porta Afora
Todas músicas podem ser ouvidas no Myspace do próprio Pellon, mas se você quiser baixar a obra, vá ao Um que Tenha.
Informações retiradas do genial e extinto blog Botequim do Bruno
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